Agentes da cadeia produtiva do mamão se reúnem no Papaya Brasil 2011

01.11.2011 | 21:59 (UTC -3)
Alessandra Vale

A abertura do Papaya Brasil 2011: V Simpósio do Papaya Brasileiro nesta segunda-feira (31), à noite, contou com a participação do secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia, Eduardo Salles, representando o governador Jaques Wagner, e do prefeito de Porto Seguro, Gilberto Abad. Ambos ressaltaram a importância da cultura e o fato de Porto Seguro, cidade anfitriã do evento, ser o maior município produtor de mamão do mundo. Principal fórum de integração dos agentes da cadeia produtiva do mamão, o simpósio, organizado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) em parceria com diversas instituições, reúne, até o dia 4 de novembro, pesquisadores, professores, extensionistas, produtores e estudantes no Náutico Praia Hotel & Convention Center para trocarem experiências e informações científico-tecnológicas, sob o tema “Inovação e Sustentabilidade”.

“Hoje a cadeia produtiva do mamão passa por dificuldades, mas nessas ocasiões em que nos reunimos para discutir os problemas é que conseguimos buscar soluções, condições melhores. Este evento representa um grande momento de discussão. Esperamos que os resultados alcançados aqui sejam levados para o governador e que sejam apontados novos caminhos, como, por exemplo, o da exportação, apesar das dificuldades”, disse Salles.

Também compuseram a mesa de abertura o chefe geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Domingo Haroldo Reinhardt, o presidente da comissão organizadora do evento, o pesquisador Jorge Loyola, o presidente da Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF), Abel Rebouças, o pró-reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Raimundo Bonfim, e o diretor geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Torres.

A solenidade começou com a apresentação da Orquestra Sinfônica do Descobrimento. Após os pronunciamentos oficiais, foi feita uma homenagem ao produtor Edison Lepore, da Fazenda Palmares, parceiro de longa data da Embrapa. Logo em seguida, Abel Rebouças, que também é da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), fez a conferência de abertura sobre “A situação atual e perspectivas do mamão no mundo”. O simpósio conta com a apresentação de 65 pôsteres de trabalhos técnico-científicos.

São sete painéis, abrangendo 27 palestras, sendo três palestrantes internacionais, que tratam de melhoramento genético, do mercado internacional e das perspectivas do processamento de mamão em âmbito mundial. No estande da Embrapa, os participantes obtêm informações sobre tecnologias relacionadas ao controle monitorado de pragas do mamoeiro, desenvolvidas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), e do coqueiro, desenvolvidas pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE). Têm acesso ainda a publicações da Embrapa Informação Tecnológica (Brasília, DF). Há também os estandes de parceiros (Syngenta, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae e Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia – Seagri).

Outro aspecto inovador são as clínicas de fitossanidade. Há a interação direta dos agentes da cadeia produtiva com pesquisadores, em termos de discussão de pragas e doenças. Além disso, os interessados podem participar de cursos sobre manejo de pragas e doenças, nutrição, irrigação e fertirrigação do mamoeiro e elaboração de projetos de implantação de pomar de mamão. Todas as informações estão disponíveis no site do evento www.papayabrasileiro.com.br

No último dia (4), para fechar as atividades, é oferecida aos participantes uma excursão técnica à Fazenda Primavera, propriedade que cultiva mamão, localizada em Vera Cruz, distrito de Porto Seguro (fica a 500 metros das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia – UnisulBahia) — a adesão é feita durante o evento. Será observado o plantio de variedade do grupo Solo denominada ‘Golden’. Serão duas estações: uma sobre fertirrigação, outra sobre manejo do solo.

– A expectativa, de acordo com Loyola, é que não seja mais um evento de Papaya Brasil. “Esperamos que os gargalos da cadeia produtiva sejam elucidados. São três basicamente os desafios hoje: o pequeno número de variedades utilizadas no sistema de produção; a parte fitossanitária, relacionada ao problema muito sério de doenças fúngicas e viróticas; e as questões de mercado, relacionadas às elevadas exigências do mercado internacional”, completa.

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