AgBiTech amplia distribuição de bioinseticidas e chega à região Sul

Distribuidora sediada na paranaense Londrina, com 43 pontos de venda, 5 mil clientes em 200 municípios e faturamento de R$ 1,6 bilhão, passa a comercializar o portfólio de lagarticidas

04.12.2019 | 20:59 (UTC -3)
Fernanda Campos

A australo-americana AgBiTech entra na safra 2019-20 com a perspectiva de atingir 2 milhões de hectares de lavouras tratados com sua linha de lagarticidas. A empresa investiu fortemente na área de Pesquisa & Desenvolvimento, intensificou sua presença na fronteira agrícola do Cerrado e nesta semana deu um passo importante para expandir negócios na região Sul, por meio de um acordo comercial selado com a distribuidora Agro 100.

Parte de um grupo formado por 20 empresas, com movimentação anual de aproximadamente R$ 4 bilhões no agronegócio, a Agro 100 foi fundada em 1996, em Londrina. Em 2017, recebeu investimento do fundo Aqua Capital. A distribuidora registra vendas anuais da ordem de R$ 1,6 bilhão, além de contar com 170 agrônomos em 43 pontos de venda que cobrem 200 municípios, do Paraná ao sul do Mato Grosso do Sul.

Diretor-presidente da Agro 100, o engenheiro agrônomo Renato Seraphim afirma que a parceria comercial com a AgBiTech está ancorada na inovação proposta pela empresa australo-americana, e também no elevado potencial de crescimento do controle biológico dentro do manejo de pragas do produtor. “Nos antecipamos para ajudar ao produtor a fazer controle mais eficaz de lagartas e entendemos que a união entre a tecnologia dos químicos e a dos biológicos permitirá elevar a rentabilidade do campo”, resume Seraphim.

Conforme o executivo, o aparecimento de lagartas já no início do plantio, em regiões de soja com escassez de chuvas, pode se repetir no Sul do País em algum momento. Por isso, acrescenta ele, por meio de uma plataforma de inovação denominada Tech 100, a Agro 100 realiza avançados estudos, envolvendo o manejo de lagartas por baculovírus, nos ambientes agrícolas onde a distribuidora atua.

Para Seraphim, a quebra da resistência da soja Intacta ou Bt constitui outro aspecto que deverá contribuir ao crescimento do mercado de baculovírus. “Chegamos quase ao limite do conhecimento em relação aos químicos. Estes exigem altos custos em pesquisa e a obtenção de registros demora, particularmente no Brasil. Novas soluções virão da genética, da nutrição e do controle biológico”, avalia ele. “Não temos dúvidas de que o mercado de baculovírus terá crescimento significativo e crescente. Tais produtos tendem a ser integrados de vez ao manejo de lagartas do produtor.” 

O levantamento BIP – Business Inteligence Panel -, da consultoria Spark Inteligência Estratégica, confirma a expectativa do executivo. O estudo demonstra que na sojicultura os biológicos movimentaram US$ 100 milhões na safra 2018-19, com alta de 45%. Já a área tratada com insumos do gênero na soja subiu para 7,8 milhões de hectares, uma elevação de 152% ante o ciclo anterior.

O diretor comercial da AgBiTech Brasil, engenheiro agrônomo Marcelo Giuliano, destaca que o acordo celebrado com a Agro 100 agrega valor ao portfólio da empresa, formado pelos lagarticidas Armigen, Cartugen, Chrysogen, Lepigen, Surtivo Soja, Surtivo Plus, e Surtivo Ultra.

“Essa parceria certamente impulsionará o negócio da AgBiTech Brasil ao mesmo tempo que levará inovação e novas práticas de manejo para transferir mais rentabilidade ao cliente da Agro 100”, reforça Adriano Vilas Boas, diretor geral da AgBiTech na América Latina.

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