Depois de uma safra considerada excelente, em termos de produção e bom em relação ao preço pago ao produtor, vai acontecer no Rio Grande do Sul no dia 26 de janeiro, às 11hs, em Giruá, município da região noroeste do RS, mais uma festa da Abertura da Colheita do Milho, numa promoção da Associação dos Produtores de Milho do Estado (Apromilho), da Associação Brasileira dos Produtores de Milho, (Abramilho) e da Prefeitura de Giruá. O evento conta com a presença do Governador José Ivo Sartori e demais autoridades.
A Abertura Oficial tem um evento no dia 25, às 21hs no Hotel Colinas. O presidente da Abramilho, Alysson Paolinelli, fará uma palestra sobre Perspectivas do Milho no Brasil. A solenidade de colheita acontece na Agropecuária Ouro Verde, a partir das 9hs e as colheitadeiras acionam seus motores às 11hs. Para o presidente da Apromilho, Ricardo Meneghetti, a safra 2017/18 deve ser 20% menor que a 2016/17, apesar da Conab informar números diferentes. “Informalmente fiz uma pesquisa sobre o mercado de venda de sementes e pude perceber que houve uma queda na aquisição deste insumo”, salienta Meneghetti. “Não bastasse isto, os preços não estão em patamares interessantes para o produtor”, afirma.
Meneghetti diz que pretende entregar ao Governador, um documento no qual solicita a criação de uma política de Estado, para o setor com o apoio dos bancos oficiais, Banrisul e Badesul, com o auxílio da Secretaria da Agricultura. “Penso num plano que difunda para os produtores as vantagens da venda antecipada, dentro de um patamar que permita à ele cumprir com os primeiros compromissos da lavoura”, explica o presidente. Ele acrescenta que é para dar segurança e garantia ao negócio que os bancos oficiais do Estado entrariam no negócio. “É uma forma de evitar vender a produção em momentos de baixa de preço e permitir uma gestão da safra mais favorável ao produtor, o que por consequência lhe aumenta a renda”, finaliza Meneghetti.
Para o presidente da Abramilho, Alysson Paolinelli, esta Abertura da Colheita tem um destaque especial, já que o Rio Grande do Sul foi pioneiro no plantio do milho e ainda é o terceiro maior produtor do Brasil. “E muito em breve, com a adoção da irrigação que está se alastrando no Estado, pode subir posições. Tudo isso porque terá condições de ter mais safras ao ano”, afirma. Paolinelli diz que o mercado se encontra positivo para o milho e que os produtores devem persistir no plantio visto que os compradores externos estão ávidos pelo produto brasileiro. “Não podemos perder o espaço conquistado. Temos como avançar ainda mais na venda do nosso milho para o exterior”, finaliza.