Abapa inicia auditoria em propriedades de algodão para certificação sustentável

Em relação à última safra 2017/2018, dez novas propriedades serão visitadas, expandindo em 37.149 mil hectares a área a ser avaliada para certificação

28.03.2019 | 20:59 (UTC -3)
Hebert Regis

Na última quinta-feira (21), as visitas da equipe de auditoria externa deram início ao processo de certificação das propriedades de algodão do Oeste da Bahia. Ao atuar em benchmarking com a entidade Better Cotton Iniciative (BCI), o programa Algodão Brasileiro Responsável, conduzido na Bahia pela área de sustentabilidade da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), deverá avaliar na safra 2018/2019 um total de 63 unidades produtivas, correspondente a uma área de 234.735 mil hectares, que deverão atestar que estão cumprindo os critérios de sustentabilidade a fim de obterem a certificação internacional. Em relação à última safra 2017/2018, dez novas propriedades serão visitadas, expandindo em 37.149 mil hectares a área a ser avaliada para certificação.    

A coordenadora de sustentabilidade da Abapa, Bárbara Bonfim, explica que a primeira etapa é desenvolvida pela equipe técnica da associação, que checa um total de 225 itens ligados ao respeito à legislação e critério sustentável na produção agrícola. “Na segunda etapa, iniciada agora, foi contratada uma auditoria externa independente para atestar se a propriedade está cumprindo todos os parâmetros para receber a certificação BCI/ABR”, afirma.

Na última safra, foi certificado um total de 191.586 mil hectares de área abrangendo 53 propriedades de agricultores que comprovaram excelência em parâmetros mundiais de boas práticas sociais e ambientais, com respeito aos trabalhadores no campo, a exemplo do cumprimento de normas de saúde e segurança; e da legislação trabalhista e de preservação de meio ambiente.

Para o presidente da Abapa, Júlio Busato, existe um interesse crescente dos cotonicultores baianos na obtenção da certificação sustentável ABR/BCI. “A Abapa vem incentivando a certificação entre os associados, que já se destacam no mercado com a incorporação de alta tecnologia e respeito à legislação ambiental e trabalhista. Ter essa comprovação para o mercado é importante para chancelar o excelente trabalho já desenvolvido pelos produtores de algodão”, afirma.

Desde o início dos trabalhos do ABR, em 2011, houve uma evolução considerável nos últimos sete anos, quando a certificação dos produtores baianos saiu de 21,1% para 75,69% do total da produção do algodão baiano. O ABR tem como alicerce o incremento progressivo das boas práticas sociais, ambientais e econômicas nas unidades produtivas de algodão na Bahia e em todo o Brasil, por meio das entidades ligadas à Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

LS Tractor Fevereiro