Seminário vai apresentar ações para desenvolver a cadeia produtiva do arroz no Tocantins
Durante o evento, será assinado acordo que envolve mais de R$1 milhão
O 2º Tour da Soja movimentou a cadeia produtiva do grão na região de Rio Verde e Montividiu. Promovido pelo Instituto Goiano de Agricultura (IGA), o evento contou com a presença de produtores, representantes de empresas de tecnologia, de grupos agrícolas, acadêmicos, técnicos no campo e demais agentes do agro, todos interessados em conhecer as novidades em tecnologia de sementes, manejo e os resultados dos trabalhos realizados com a soja nos campos experimentais do IGA.
O destaque do evento ficou por conta da palestra “População de Plantas e Produtividade da Soja”, com o pesquisador da Embrapa, Roberto Kazuhiko Zito. A apresentação tratou do arranjo espacial da lavoura e como a quantidade de plantas interfere no manejo e na produtividade. “Uma vantagem é o maior controle cultural, que são as condições que a planta recebe para combater ervas daninha”, conta.
O pesquisador destacou que cada cultivar possui um arranjo espacial que maximiza suas potencialidades. “Um desajuste no número de plantas pode gerar problemas”, comenta. Uma boa relação espaço-população de plantas, diz, otimiza o uso de sementes e o ganho em produtividade da cultivar, entre outras variáveis.
O foco do Tour é atualizar AOS interessados com os resultados de testes de cultivares promissores do mercado, promovidos pelas diferentes empresas. Também, foi mostrado o potencial produtivo e de reação a pragas e doenças, além das reações de cada uma das cultivares que estão sendo apresentadas, com potencial de ajustes aos sistemas de produção regionais. O destaque ficou para o fechamento de ciclos precoces e mais tardios, visando diferentes cenários com relação aos climas possíveis na região Centro-Oeste.
Elio Rodríguez de la Torre é pesquisador e coordenador geral do IGA. Ele ressaltou que devido à distribuição e quantidade de chuvas, algumas cultivares precoces não conseguiram mostrar seu potencial, pelo déficit de água em uma fase de formação de grãos. De toda forma, há uma série de informações importantes sobre resistências ao estresse hídrico e térmico e à alta transpiração provocada pelos fortes ventos do mês de janeiro, que aumentaram a demanda de água da planta. Elio afirma que o Tour da Soja possibilita ao produtor ter acesso a informações importantes para os ciclos produtivos vindouros.
Produtor mais preparado para plantar
Para o presidente do Instituto Goiano de Agricultura (IGA), Carlos Alberto Moresco, o objetivo foi alcançado. “Chegamos à nossa lotação prevista e pudemos apresentar novidades de interesse direto do produtor. Agora ele tem mais informações para saber qual semente se encaixa melhor no seu período de plantio e nas condições fisiológicas e climáticas de sua microrregião”, comemora. Para Moresco, os ensaios estão bem implantados no campo e foi possível ver os materiais que se destacam em um regime de seca.
Já para o conselheiro fiscal Roland van De Groes, o evento foi bem organizado, e os “materiais foram apresentados em campo de forma bem conduzida”. Diretor executivo do instituto, Dulcimar Pessatto Filho acredita que os eventos realizados no IGA têm se tornado cada vez mais importantes para os agricultores da região, o que gera confiança no trabalho da equipe do IGA. O evento contou ainda com a presença do vice-presidente do IGA, Haroldo Rodrigues da Cunha.
Empresas apresentam suas novidades aos agricultores
Sete empresas participaram com suas cultivares do 2º Tour da Soja. A Agroamazônia Produtos Agropecuários Ltda, a Cereal Ouro Agrícola Ltda e a JG Representações Ltda têm experimentos com suas tecnologias no IGA. A Syngenta Sementes, juntamente com a Nidera Sementes Ltda, PL Pesquisa e produção de sementes Ltda e Seedcorp Produção e Comercialização de sementes Ltda completam o time de empresas expoentes.
Para o representante da Syngenta Sementes, Emilton Takato Guimarães, os produtores de soja estão colhendo a safra e decidindo qual semente vão usar na próxima safra, e o Tour da Soja auxilia o produtor nessa escolha.
Já para o representante da Agroamazônia Produtos Agropecuários, Thales Sperotto, o Tour da Soja foi importante para que o produtor da região pudesse conhecer a empresa, sua forma de trabalho e seus produtos, visto que este é o primeiro evento da empresa no Sudoeste Goiano. “A receptividade do público foi muito boa. Havia produtores importantes da região”, comenta.
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