Lançamento do “Boletim do Feijão” marca ação do CRIAR-NT no apoio técnico às principais culturas agrícolas do país
Na comunidade de São Martim, no município de Arroio dos Ratos, vivem os agricultores Vicente e Orlanda Bruniczak. Sozinhos, os dois administram uma propriedade de 38 hectares bastante diversificada, onde tudo o que é produzido é utilizado para a alimentação da família e o excedente, comercializado. Criação de vaca de leite, gado de corte, aves (galinha, ganso e marreco) e produção de hortaliças, frutas, milho, fumo e cana-de-açúcar são algumas das atividades do casal. Graças aos talentos culinários de dona Orlanda, tudo é aproveitado. “Compramos pouca coisa no mercado, aproveitamos tudo o que produzimos. Faço geleia, manteiga, queijo. A carne que comemos também é da propriedade, além das frutas e hortaliças”, explica.
Atualmente, a família está satisfeita com a qualidade de vida no meio rural. “Fui criado no interior, sabemos fazer tudo e temos tranquilidade. Não temos patrão, nem precisamos nos preocupar com horário”, revela Vicente.
Entretanto, a vida no campo nem sempre foi fácil para a família, tanto que eles estavam pensando em vender as suas terras e adquirir um local mais próximo da cidade devido, principalmente, a problemas com o abastecimento de água. Há cerca de três anos, os extensionistas da Emater/RS-Ascar iniciaram as visitas ao casal e ajudaram a resolver os problemas existentes. “O trabalho da Emater/RS-Ascar foi decisivo para a nossa decisão de ficar no campo. Hoje temos água de qualidade para a família e para os animais durante todo o ano, graças à proteção da nascente realizada pelos extensionistas. A propriedade tem gerador de luz, máquina de silagem, ordenhadeira, triturador e também uma produção diversificada”, revela.
Além da assistência técnica gratuita para as atividades desenvolvidas pelo casal, os técnicos também concretizaram um projeto de irrigação na lavoura de milho e reforma nos tanques de peixe. O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Arroio dos Ratos, Vitório José Maia, explica que, atualmente, o local é exemplo de sustentabilidade. “Até os insumos que eles utilizam são da propriedade. Todo o esterco recolhido nos estábulos e no galinheiro é usado na horta e na lavoura de milho. Eles também reduziram a área de plantio de fumo”, esclarece.
A extensionista de Bem-Estar Social da Emater/RS-Ascar, Gema D´Agostini, explica que também foram realizadas ações na área de saneamento básico, paisagismo, entre outras. “Hoje eles têm todos os direitos garantidos, são sindicalizados, possuem bloco do produtor, tiveram acesso ao Pronaf e conseguiram adquirir um gerador para assegurar a produção”, comenta.
A extensionista acredita que o motivo do sucesso da propriedade de Vicente e Orlanda é a força de vontade do casal e também o fato de eles sempre terem objetivos traçados. “Agora a Orlanda quer construir uma casa de estilo antigo, feita toda de pedras, como um castelo”, revela Gema.
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