Mosca-da-haste-da-soja:Avanço detectado
Presente no Brasil a mais tempo do que se supunha a mosca-da-haste da soja Melanagromyza sojae acaba de ser identificada também no Cerrado brasileiro
A Série H, formada pelos modelos H 125 e H 145 da LS Tractor traz os maiores tratores da marca que além de maior potência, apresentam design arrojado e tecnologia avançada
A LS Tractor do Brasil lançou recentemente na Agrishow, em Ribeirão Preto, a nova série H com os tratores de maior porte da marca. Entre o lançamento e a entrada em linha de produção, prevista para setembro, a empresa concluiu vários testes de campo e de validação, colocando à disposição de agricultores selecionados pela empresa, entre clientes de seus concessionários, um lote de seis unidades para testes de campo e demonstração do produto.
Esta linha, que não é comercializada na Coreia do Sul, foi desenvolvida especificamente para o mercado brasileiro e outros países que a LS brasileira fornece equipamentos, por seu acordo com a matriz, como países da América do Sul, Central, Caribe, México, Filipinas e Africa. Inclusive, técnicos de países africanos como Nigéria e Angola já estão visitando o Brasil para ver estes modelos em funcionamento.
A Série H será inicialmente formada por dois modelos, o H 125, de 128cv, e o H 145, de 145cv, utilizando o mesmo motor, com diferentes configurações do sistema de injeção.
Este trator é montado integralmente na unidade da LS do Brasil a partir de um módulo proveniente da Coreia, composto pela transmissão de potência, incluindo-se nesta a caixa de câmbio, o eixo traseiro e os componentes do sistema hidráulico, com exceção dos braços de levante, que são adicionados aqui. O motor nacional é recebido pela fábrica em Garuva (SC) e montado neste conjunto coreano, assim como todos os demais componentes.
Nota-se de imediato que o fabricante, nesta nova série, apresentou um novo visual, bastante moderno e arrojado, tanto na parte frontal como na traseira, com amplos faróis e iluminação de trabalho e espelhos laterais. Realmente, em uma vista distante, o modelo parece bem maior do que os demais tratores do mercado. Esta impressão também é facilitada pela presença de uma elevada tomada de ar para o motor, sobre a cabine, no lado esquerdo e uma saída do escapamento de gases também alta no lado direito. Este posicionamento, de um lado facilita em muito a entrada de ar limpo para a admissão, com menos concentração de pó em suspensão, e de outro a saída de gases em posição superior a todas as entradas da cabine, respectivamente, resguardando a qualidade do ar interno da cabine.
Como a cor padrão da marca é azul, o fabricante escolheu a cor preta para os demais componentes como pesos e suportes, espelhos, tubo de escape, tomada de ar e parte traseira, mantendo-se os rodados na cor branca.
O capô é escamoteável, como é normal nesta gama de potência, facilitando o acesso aos componentes do motor, que necessitem acesso para a manutenção periódica e corretiva.
TESTE
Depois de conhecer as particularidades do novo modelo, novidade para nós até então, passamos a reconhecer as características que o diferenciavam dos modelos da LS já testados pela equipe da Cultivar Máquinas em edições anteriores. No trabalho com os implementos, tivemos o auxílio do técnico em agropecuária, Francisco Antônio Alves de Lima, que auxilia no trabalho mecanizado na propriedade onde realizamos o teste.
Também tratamos de reconhecer a forma de utilização deste trator pelo produtor rural onde os testes estavam sendo realizados. Primeiramente, verificamos que uma das operações da época era a distribuição de esterco líquido, feita com um equipamento fabricado pela Ipacol, com capacidade de seis mil litros.
Após testarmos com o distribuidor, recorremos ao equipamento mais pesado existente na propriedade e em utilização na época, que era uma grade intermediária, utilizada para incorporar as sementes de aveia e azevém todo o ano e para incorporar o esterco líquido após a aplicação com o distribuidor. A grade que utilizamos era da marca Tatu Marchesan de 42 discos de 26 polegadas.
Com os dois equipamentos fizemos algumas parcelas, em terreno levemente ondulado e sobre uma superfície de resíduos de culturas de verão, com pisoteio do gado. Tanto em um como em outro equipamento o trator mostrou-se muito eficiente. Reconhecemos como as maiores qualidades deste trator a facilidade de manobras, a qualidade da cabine e sua vedação, assim como a facilidade em acessar os comandos, principalmente o dispositivo de reversão. Neste reversor, a velocidade de reação e a suavidade no controle foram os destaques.
A transmissão Power Shuttle realmente deverá ser um dos grandes atrativos deste trator, além, é claro, do apelo positivo que é a utilização de um motor consagrado como o que é opção do fabricante. A expectativa de manutenção fácil e simples, mesmo nesta versão com injeção eletrônica, será um benefício a mais para o consumidor.
MOTOR
Há uma novidade na motorização destes dois modelos. O motor será da marca Perkins, modelo 1104D-E44TA, de quatro cilindros, 4.400cm3, 16 válvulas, com turbo intercooler. O fabricante informa que a potência máxima do modelo H 125 é de 128cv a 2.200rpm e a reserva de torque é de 37%, o que se pode calcular que o torque máximo a 1.400rpm é de 560Nm. A novidade fica por conta da marca e do modelo do motor, que é de fabricação nacional e atende às normativas de emissões de poluentes do Proconve MAR-1. A marca Perkins é mundial e os motores são e foram utilizados por muitas marcas de tratores por anos seguidos. Pertence ao grupo da Catterpillar e tem unidade de produção no Brasil.
O depósito de combustível diesel está colocado na parte inferior da cabine, com o bocal de abastecimento no lado esquerdo e capacidade de 300 litros, o que favorece a autonomia para um motor com esta capacidade volumétrica e consumo de combustível.
TRANSMISSÃO
A embreagem deste modelo é do tipo seco, com disco de diâmetro de 348mm, revestido com pastilhas cerometálicas, com acionamento mecânico por pedal.
O modelo H 125 é disponibilizado aos clientes com dois tipos de transmissão, uma sincronizada, padrão, denominada Synchro Shuttle de 12 velocidades para frente e à ré, com possibilidade de incrementá-la, com adição de uma super-redução, Creeper, passando a 20 marchas para frente e à ré. A alternativa de transmissão, oferecida como opcional é a Power Shuttle, com inversor de acionamento hidráulico com 24 marchas à frente e 24 à ré, que igualmente poderá ser acrescida do super-redutor, para 40 velocidades à frente e 40 à ré. O fabricante estima que pela qualidade da versão Power Shuttle esta será demandada pela maioria dos clientes.
Neste modelo de trator, a LS oferece - e deverá ser muito utilizado - o sistema Cruise Control, que possibilita que o operador do trator selecione uma velocidade-alvo através de um interruptor e a rotação do motor será mantida, sem que seja necessário fazer ajuste durante o trabalho. Nas manobras, a velocidade poderá ser reduzida e ao voltar ao trabalho, um simples toque no interruptor fará o trator recuperar a velocidade previamente estabelecida. É um sistema interessante para trabalhos em que seja importante manter a constância no deslocamento.
A transmissão do movimento à Tomada de Potência (TDP) tem acionamento independente por meio de um dispositivo eletro-hidráulico, mediante um interruptor no console. As velocidades angulares de 540rpm, 750rpm e 1.000rpm estão à disposição do usuário, sendo que às duas consideradas padrão (540rpm e 1.000rpm) se adiciona a de 750rpm, que normalmente se recomenda utilizar como uma TDP econômica, pois se a de 540rpm funciona com motor em 2.052rpm e a de 1.000rpm a 2.130rpm, esta de 750rpm funciona com o motor levemente desacelerado em relação à rotação de potência máxima, 2.092rpm. O eixo da TDP é protegido por um escudo que dificulta o contato com o usuário, para evitar acidentes.
Na parte superior, próximo às válvulas VCRs há uma tomada elétrica de seis pinos para uso com reboques e outros equipamentos que necessitem de iluminação e sinalização.
O eixo traseiro é bastante reforçado e usa uma redução final, colocada nos semieixos traseiros, com engrenagens epicicloidais, com um mecanismo de acionamento do bloqueio do diferencial também eletro-hidráulico. Estes mecanismos que utilizam estes dispositivos possibilitam que o acionamento deixe de ser feito por alavanca e sejam por interruptores, trazendo conforto ao operador.
Assim como em outros modelos da LS, este utiliza um sistema de reversão do movimento para a inversão do sentido do movimento, para frente ou para trás. Como destaque tecnológico, neste sistema é possível configurar a reação do trator no engate da reversão. O operador dispõe no painel de instrumentos um pequeno interruptor de forma que o operador pode variar o tempo de reação da reversão. Isto é útil, pois em diferentes operações, que exigem esforço ou velocidade de reação, é útil fazer este ajuste. Nas manobras mais rápidas e nas mais lentas o operador fará esta regulagem, de forma a otimizar o seu trabalho e aumentar a eficiência.
SISTEMAS COMPLEMENTARES
O sistema de direção na tração dianteira auxiliar (TDA) é do tipo hidrostático com auxílio de um eixo motriz, marca Carraro, com acionamento central, que pode ser acionado por meio de um interruptor, pois possui um sistema eletro-hidráulico. O sistema de freios traseiros utiliza discos umedecidos com óleo e o acionamento utiliza pistão hidráulico, o que diminui bastante o esforço de frenagem e aumenta a eficiência. O freio de estacionamento é acionado por meio de uma alavanca posicionada no piso à esquerda do assento do operador.
Os pneus que equipavam o trator de teste eram da especificação 18.4-26 na parte dianteira e 24.5-32 no eixo traseiro. No entanto, há mais opções que mantêm o bom desempenho do trator, com os pares possíveis de montar, entre as versões de pneus R1 e R2, assim como também para quando se estiver utilizando pneus duplados.
A distância entre eixos é de 2.650mm e o comprimento total é de 5.271mm. As alturas dependem da versão de pneus que o cliente escolher e as larguras dependem das bitolas escolhidas.
SISTEMA HIDRÁULICO
O sistema hidráulico de três pontos da categoria II utiliza uma bomba central de engrenagens com vazão de 112 litros por minuto e pressão máxima de 170bar. O sistema de funcionamento é o tradicional, com duas alavancas - uma de posição e outra de ajuste da profundidade -, que depois de reguladas, de acordo com o trabalho, poderá ser utilizado o comando de abaixamento e levantamento colocado no console central, com a configuração adequada e escolhida pelo operador. A capacidade máxima de levante dos braços inferiores do sistema hidráulico de três pontos é de 4.700kgf na rótula na versão standard e 5.500kgf como opcional. Notamos que o sistema de levantamento dos braços inferiores se dá por meio de dois enormes pistões laterais, com sistema de estabilização. Nesta versão, o acionamento do sistema hidráulico poderá ser feito diretamente nos para-lamas traseiros, evitando a proximidade do operador com os braços do hidráulico, como forma de prevenir acidentes.
Além do sistema hidráulico de três pontos, como é comum nos tratores atuais, este modelo dispõe de um sistema de válvulas de controle remoto independente, com três válvulas na versão standard e quatro como opcional e com previsão de válvulas para uso em semeadoras com fluxo de óleo para dispositivos de vácuo e pressão. A vazão máxima dos sistemas na versão standard é de 80 litros por minuto e 110 litros por minuto como opcional.
A lastragem por adição de peso da parte dianteira estava configurada com 16 placas de 40kg, sendo possível chegar até 22 placas de 4kg, mais um suporte fixo de 110kg. Na parte traseira, a lastragem era metálica, com três discos de 55kg em cada lado. Este trator de teste estava com 7.180kg, o que representava 56kg/cv e, segundo a equipe da LS que nos acompanhou, é possível manter distribuição ótima de peso, com a combinação que é ofertada, com os discos para as rodas traseiras e para as placas no suporte dianteiro. A referência é 60% do peso sobre o eixo traseiro e 40% sobre o eixo dianteiro em condições estáticas.
CABINE
Um dos pontos altos do nosso teste foi a excelente impressão que tivemos da amplitude da cabine, com grande área envidraçada e portas grandes e com boa abertura, nos dois lados, com fechadura externa e interna e pega-mãos para a subida e a descida do operador. A cabine é construída como uma peça única, sendo instalada sobre o trator sobre quatro pontos fixos dotados de amortecimento.
No posto de operação está à disposição um painel digital, sobre a coluna de direção, com tacômetro, termômetro, medidor de combustível, horímetro, voltímetro e velocímetro. Na parte de baixo do painel há vários interruptores de controle de operação. Diretamente na coluna da direção está o destaque deste modelo, que é o reversor hidráulico, na forma de uma simples alavanca, acionável apenas por um dedo da mão esquerda, sem a necessidade de tirar o contato com o volante.
Na parte superior da cabine, o fabricante projetou uma escotilha, com teto solar e uma cortina de fechamento e proteção contra o sol. Como era de se esperar há um condicionador de ar, com ótima potência, que durante o teste, com a temperatura média que fazia, regulamos para a metade da capacidade, pois se exagerássemos, esfriaria demasiadamente o ambiente. Junto às saídas do condicionador de ar foi colocado um equipamento de sonorização, que verificamos ser muito utilizado pelo operador da máquina.
No para-brisas dianteiro foi instalado um para-sol, que pode ser abaixado ou levantado de acordo com a posição de incidência do sol. Na parte traseira da cabine foi colocada uma janela.
O assento do operador na versão standard é com amortecimento mecânico e, como opcional, de acordo com a escolha do cliente, pode ser pneumático. O assento do acompanhante é escamoteável, podendo ser rebatido quando não estiver sendo utilizado e dispõe de um cinto de segurança, como mandam as normas de segurança.
No lado esquerdo do operador há um conjunto de comandos formado pelas alavancas de troca do regime, baixo, médio e alto, freio de mão e acionamento da TDP. Em um plano mais elevado, o projeto contemplou um conjunto de nichos para guardar pertences do operador. No lado direito do assento, em posição inferior, está colocada a alavanca de troca de marchas (velocidades) e o controle do sistema hidráulico de três pontos, nivelamento e posição.
No console posicionado à direita do operador estão distribuídas as alavancas de controle do sistema hidráulico VCR, a alavanca de controle do acelerador e a tradicional alavanca da marca LS de programação de levantamento e abaixamento do equipamento engatado no sistema hidráulico de três pontos. Também no console estão colocados todos os interruptores de iluminação e demais.
O acesso à plataforma da cabine é feito por meio de duas escadas de três degraus, uma em cada lado do trator. A dimensão dos degraus é bastante adequada e todos têm proteção lateral e superfície antiderrapante.
TECNOLOGIA
De acordo com a vontade do cliente, estes dois modelos da série H podem vir equipados com as tecnologias de última geração, que são piloto automático hidráulico, o sistema de telemetria e o sistema de monitoramento do motor. Vale a pena explicar para os leitores que ainda não conhecem estes dois sistemas adotados pela LS nos seus modelos.
A telemetria adotada pela LS é um sistema denominado LS Tech Unit Control, de origem argentina, fabricado pela empresa Colven com quem a LS fez parceria para fornecimento aos seus clientes. O sistema, que está em contínuo desenvolvimento, proporciona o acesso a muitas informações de modo instantâneo sobre o posicionamento do veículo em operação, além de registrar e informar sobre a velocidade instantânea, horas de trator ligado, horas produtivas e possíveis problemas no motor e rotação em rpm da TDP. Durante e após o trabalho, o cliente poderá acessar a plataforma Gestya InfoWeb, de um computador pessoal ou celular e programar alertas ao operador da máquina.
O sistema de monitoramento do motor, que se chama LS Tech Engine Protection, serve para a proteção eletrônica, pois faz o registro e informa ao operador a temperatura do motor, a pressão de óleo e a tensão da bateria. Quando houver qualquer problema de funcionamento que possa provocar danos ao motor, o sistema emite um alerta sonoro e luminoso que mostra a falha e, se esta for grave, nos casos de diminuição brusca da pressão de óleo ou superaquecimento do motor, faz o desligamento automático do motor.
Estes dois sistemas estão sendo muito utilizados em diversos veículos e particularmente nos tratores LS e estão apresentando ótimo desempenho funcional, a ponto de que atualmente a maioria dos clientes de tratores de maior porte da linha tem adquirido estes equipamentos no momento da compra.
TRATORES LS
A LS tem fábrica no Brasil, na cidade de Garuva, Santa Catarina, desde 2013. São comercializadas atualmente seis séries: Série MT, Série G, Série R, Série U e Série Plus e Série H.
A Série MT1, atualmente, é composta apenas pelo modelo MT1 25, que é um pequeno trator, voltado para jardinagem e pequenas operações agrícolas. Embora seja considerado um trator de jardim, possui em menor escala todos os dispositivos que se utilizam na agricultura, como arco de segurança, Tomada de Potência (TDP), controle remoto com duas válvulas e sistema de levante hidráulico de três pontos. Espera-se que este modelo tenha muita penetração como um dos menores tratores do mercado e atinja a expectativa que tem gerado nas feiras agrícolas onde tem sido mostrado.
A Série G possui apenas o modelo G40, de 40cv, motor três cilindros e injeção direta. Apresenta uma transmissão de 12 marchas à frente e 12 à ré, com reversor de sentido.
A Série R apresenta dois modelos, o R50, de 50cv, o R60, de 60cv, e o R65 de 65cv. Os motores são de quatro cilindros, tecnologia Tier III de controle de emissões. É possível adquiri-lo com super-redutor, podendo chegar a 32 marchas à frente e 16 marchas à ré, com reversor mecânico nas versões plataformada e cabinada.
O modelo U60 é o representante da série U. Tem motor com 65cv de potência máxima e uma transmissão de 16 marchas frente e ré, com reversor de movimento, também podendo vir equipado com super-redutor. Mais recentemente, a série U passou a contar também com o modelo U80 plataformado e cabinado.
A série Plus, que antes do lançamento da Série H era a gama de maior potência do fabricante, tem três modelos disponíveis com 80cv, 90cv e 100cv, respectivamente. Sendo os dois maiores com sistema de turbocompressor e o menor aspirado naturalmente. A transmissão é a tradicional, com reversor sendo comercializado nas versões plataformada ou cabinada.
A nova série de H, que testamos para este número da revista Cultivar Máquinas, tem dois modelos com potência de 128cv a 145cv, com transmissão 16Fx16R. Estes modelos foram apresentados na Expointer 2017 e lançados oficialmente na Agrishow 2018 e serão disponibilizados para entrega na safra de verão 2018.
CONFIRA OS BASTIDORES DO TEST DRIVE
LOCAL DO TESTE E CONCESSIONÁRIA PARCEIRA
Durante o teste, tivemos o apoio do pessoal da Concessionária LS Tractor, em Mafra (SC), a Yamagril, que nos acompanhou, juntamente com a equipe da LS Tractor. Estar no local de teste, para a equipe da Cultivar Máquinas, foi realmente um prazer. A Fazenda Agropecuária Dalmolin, na localidade de Avencal do Meio, na cidade de Mafra, é um ambiente muito bonito e aprazível. Um dos proprietários, o senhor Fernando Dalmolin, nos recebeu e nos concedeu seu dia de trabalho para acompanhar o teste e explicar todas as operações agrícolas utilizadas na propriedade da família. Na área de aproximadamente 190 hectares ou 80 alqueires paulistas, como usualmente se expressa a dimensão de área agrícola na região, a família produz soja, milho, leite e gado de corte. Mesmo com a intensidade de trabalho, principalmente em épocas de plantio, dois irmãos fazem todo o trabalho, com auxílio de apenas um funcionário.
A história da família Dalmolin é muito interessante, e ouvir de quem cresceu na área e desde jovem trabalhou a terra em família foi um prazer para a equipe que participou do teste. O pai do senhor Fernando, já falecido, migrou da região da Quarta Colônia de Imigração Italiana do Rio Grande do Sul para Mafra e Rio Negro, em 1980, encontrando no local algumas condições muito difíceis, que foram vencidas em família. O senhor Fernando sempre esteve acompanhando o dia a dia da propriedade, e com o falecimento dos pais assumiu a liderança do negócio, deixando de lado o curso de Medicina Veterinária que cursava, já na fase final. Hoje mora na área com sua família e já tem nos filhos a companhia em vários momentos da atividade.
Para as culturas de verão é utilizado o sistema de plantio direto. Nas áreas em que o gado fica boa parte do ano pastando sobre culturas de inverno, o produtor utiliza a operação de escarificação a cada dois ou três anos, seguida de uma gradagem para regularização da superfície. Nas áreas com pisoteio de gado, em que não se faz a escarificação, o produtor faz incorporação das sementes de culturas de inverno com uma gradagem superficial.
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