Caracteriza-se pelo rápido e localizado colapso do tecido vegetal ao redor do sítio de infecção, compreendendo a formação de lesões em volta do local da infecção ocasionada pela morte celular programada (PCD). São estas lesões que impossibilitam a propagação do patógeno para outros tecidos da planta, parando, assim, a manifestação da doença.
A HR é o primeiro passo no mecanismo de defesa da planta, sendo seguida de diversas outras alterações, quer seja no sítio de infecção ou em toda a planta. Dentre as principais alterações decorrentes da HR está a indução da produção de um grande número de proteínas solúveis, que são conhecidas como proteínas relacionadas à patogênese ou, simplesmente, PR-Proteínas, destacando-se as peroxidases, quitinases e -1,3-glucanases. Outras respostas paralelas à infecção são o aumento da expressão de fenilalanina amônia liase (PAL) e deposição de lignina e aumento dos níveis de ácido salicílico. A HR envolve uma cascata de eventos e sinais que compreendem desde o reconhecimento entre o patógeno e o hospedeiro até o colapso celular vegetal localizado. Além disso, a indução de uma série de modificações no metabolismo da planta é observado. Tais alterações podem determinar o sucesso da resistência da planta ao ataque do fitopatógeno.
O papel da HR em interações com patógenos biotróficos obrigatórios, os quais formam associações haustoriais íntimas com as células hospedeiras, causando a morte celular no sítio de infecção, pode impedir que estes tenham acesso a nutrientes, o que os levaria à morte. Nas interações envolvendo patógenos hemibiotróficos ou necrotróficos, o papel da HR ainda não está totalmente esclarecido, visto que estes patógenos podem obter nutrientes a partir de células mortas.
Desta forma, estudos complementares com modelos de interação envolvendo estes patógenos versus plantas resistentes e suscetíveis poderão contribuir para a elucidação dos mecanismos bioquímicos e moleculares envolvidos na resposta das plantas contra o ataque de fitopatógenos. A Embrapa Rondônia está iniciando pesquisas utilizando diferentes culturas, como, por exemplo, banana e café, usando como modelos experimentais genótipos resistentes e suscetíveis à diferentes patógenos. Estes estudos visam identificar as bases da resistência e/ou suscetibilidade a estes patógenos, visando subsidiar futuros programas de melhoramento destas culturas.
Pesquisador Embrapa Rondônia
sac@cpafro.embrapa.br
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