O pulverizador costal manual é um equipamento muito empregado por pequenos, médios e grandes produtores dependendo da necessidade na propriedade, devido a seu baixo custo, versatilidade de uso, permitindo a aplicação de diferentes produtos e culturas, áreas em reboleira e infestações localizadas (FREITAS, 2006).
Um dos grandes problemas da utilização deste equipamento é o esforço físico repetitivo e o despreparo dos operadores para calibrá-los. Além disso, vale lembrar, que por ser um equipamento manual, dificilmente se consegue trabalhar mantendo constante a pressão de trabalho.
Nos últimos anos, tem-se observado o surgimento de equipamentos costais elétricos (Bell’s, MTS, SuperHerbi, PULVIMAT), visando aumentar o conforto do operador, incorporar tecnologia nas técnicas de pulverização costal, maior controle da pressão de trabalho e do volume de aplicação, utilizando a automatização dos pulverizadores.
Os alunos de pós-graduação do Laboratório de Aplicação de Defensivos Agrícolas da Universidade Federal de Viçosa avaliaram um pulverizador costal elétrico da marca MTS, modelo Spritz 18, quanto a duração da bateria, e qualidade da pulverização, principalmente, quanto ao controle da pressão de trabalho e da vazão de líquido, além do nível de ruído.
O equipamento apresenta na lateral do depósito um painel, contendo um botão para o ajuste da pressão (três níveis), indicadores luminosos na cor vermelha e verde para indicar o estado de carga da bateria, chave liga/desliga, e entrada para o carregador de bateria (Figura 1). O pulverizador possui uma bomba de diafragma, um sensor para controle da pressão e uma bateria de 12 V, com capacidade de carga de 9AH.
Durante os ensaios foi testado a duração da carga da bateria, utilizando quatro vazões. Observou-se que à medida que se aumentou a vazão houve um aumento na demanda de potência da bomba, reduzindo, o tempo de duração da bateria. Os resultados demonstraram-se satisfatórios (Tabela 1).
Além de proporcionar excelente autonomia, o pulverizador apresentou boa qualidade, quanto aos parâmetros técnicos da pulverização. Todos os ensaios foram realizados a pressão de 300 kPa, Verificou-se que o pulverizador proporcionou uma baixa variação da pressão e da vazão, durante os ensaios, indicando que independente do nível de carga da bateria, o pulverizador proporcionou pressões e vazões constantes (Figura 2).
Durante a pulverização a campo, a pressão durante a aplicação deve ser constante, pois está diretamente relacionada ao tamanho e população de gotas, vazão, uniformidade de distribuição do líquido e, consequentemente, à qualidade da pulverização.
Em relação aos níveis de ruído, é importante determiná-los, pois estão diretamente relacionados a problemas de segurança laboral, principalmente, relacionados com a audição, não sendo raros os distúrbios emocionais, cardiovasculares, fadiga e de estresse.
O presente equipamento apresentou níveis de ruídos satisfatórios, e permaneceu abaixo do estabelecido na NR 15. O limite de tolerância para ruído continuo ou intermitente é de 85 dB para uma jornada de 8 horas (BRASIL, 2011). À medida que se aumentou a vazão demandou-se mais potência da bomba, aumentando-se assim a rotação no eixo da bomba, e consequentemente se elevou o nível de ruído. No entanto, o nível máximo de ruído, para as diferentes vazões testadas, foi de 77 dB, na vazão de 1,97 L min-1, (Figura 3).
Robson Shigueaki Sasaki;
Mauri Martins Teixeira;
Cleyton Batista de Alvarenga;
Luis Eduardo Nogueira
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