A agricultura brasileira evoluiu muito nas duas últimas décadas, a produção e a produtividade dobraram desde o início dos anos oitenta, enquanto a área plantada é praticamente a mesma. Os números refletem mudanças bastante positivas para economia do País, porém os agricultores não melhoraram sua saúde financeira na mesma proporção, pois não basta apenas que se produza mais, é preciso que sobre dinheiro no bolso e o ambiente esteja preservado. Esta é a necessidade atual dos produtores e seu desafio: seguir aumentando a produção, obtendo lucros de forma sustentável. Para alcançar esse objetivo é imprescindível que se conheçam as áreas de plantio. A Agricultura de Precisão se insere nesse contexto como uma ferramenta de gerenciamento poderosa, a qual possibilita acompanhar minuciosamente as culturas, conhecendo e descobrindo detalhes das lavouras a cada ciclo de produção. O agricultor começa a mudar sua forma de pensar quanto à maneira de realizar os cultivos, referências que antes pareciam absolutas como médias de produção, hectares ou talhões passam a ter companhia de doses variadas, grides, mapas de colheita e de aplicação.
Os diferentes segmentos do agronegócio começam a usufruir dos benefícios da agricultura de precisão. No setor de máquinas agrícolas, os principais fabricantes de máquinas possuem alguma iniciativa nesse ramo. A AGCO está no campo com o programa Fieldstar, que caracteriza-se por buscar uma tecnologia útil, que seja aplicável, aberta e compatível aos mais diversos fabricantes envolvidos no processo, otimizando operações e aumentando a lucratividade da lavoura.
Dentro dessa linha de pensamento vem sendo desenvolvido o Implemento Virtual, que consiste em possuir um conjunto com o trator preparado para a Agricultura de Precisão e utilizar um implemento qualquer não monitorado. A variação do trabalho e o manejo específico para as diferentes áreas é controlado apenas pelo desempenho do trator e suas possibilidades de variações. O que é necessário para que o trator esteja preparado é um GPS ou DGPS, sensores no trator e um computador com terminal Datavision. Com essa configuração, pode-se realizar uma aplicação com base na variação da velocidade de deslocamento do conjunto trator-implemento, fazendo-se a ressalva que nesse exemplo o equipamento não deverá ser acionado por uma roda de terra. Para exemplificar o uso do implemento virtual foi acompanhado no campo o desempenho de um conjunto trator, MF5320 4x4, e distribuidor centrífugo de sólidos, Tornado 1300 da Starasfil, na aplicação a lanço de fertilizantes.
• Dados técnicos do trator MF 5320 usado no teste:
Motor
Marca: Perkins
No de cilindros: 6
Aspiração: Natural
Potência @ rotação nominal – 120 cv
Rotação nominal: 2200rpm
Caixa sincronizada com 12 velocidades à frente
Tomada de Potência
Rot. nominal TDP - 540 rpm para 1900 rpm no motor
Acionamento: Independente
• Dados técnicos do distribuidor centrífugo Tornado 1300 usado no teste:
Fabricante: StaraSfil.
Capacidade de carga: 1300 L / 1600 kg.
Largura de trabalho: 18 a 24 metros.
Engate: sistema hidráulico de três pontos categoria II.
Peso: 300 kg.
Sistema distribuidor: disco duplo.
Os trabalhos foram feitos por uma equipe de técnicos da AGCO do Brasil e do NEMA, da Universidade Federal de Santa Maria, sob a coordenação do professor Fernando Schlosser, em uma área de lavoura de soja, sob plantio direto, de propriedade do Sr. Rudi Gertz, na localidade de Senador Salgado Filho, no município de Santa Rosa, RS.
As avaliações feitas foram da qualidade e da quantidade da distribuição dos fertilizantes. Para isso, foram tomadas as medidas no trator de suas velocidades reais, nas diferentes marchas pré estabelecidas, conforme ilustra a tabela 2; no implemento, as vazões, em diferentes escalas pré selecionadas citadas na tabela 4, e as conseqüentes larguras de trabalho.
A largura de trabalho foi determinada por coletas de fertilizantes nos testes de campo em diferentes velocidades, com as quais determinou-se o valor de 20m.
Com base nos testes anteriores, foram definidos os parâmetros de trabalho do conjunto trator e implemento, que eram velocidades de deslocamento, vazão de produto e largura de trabalho, o que resultava conforme a variação
e
AGCO
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