Controle químico contra cigarrinha do milho
Controle químico, via tratamento de sementes e aplicação de inseticidas, é uma das ferramentas recomendadas para o combate ao inseto
Cada tipo de pulverização exige um tamanho de gotas diferente que podem ser geradas pelos mais diversos modelos de bicos de pulverização.
A escolha do tamanho de gota adequado está em função do alvo a ser atingido, o tipo de produto a ser aplicado, a cultura e as condições meteorológicas presentes durante o processo. Porém é importante entender sobre o manejo adequado do tamanho de gotas durante uma jornada de aplicação, isto principalmente em aplicações onde se requerem de gotas finas a muito finas, como é o caso das aplicações de fungicida e inseticida no final de ciclo da soja.
No caso da aplicação de herbicidas para dessecação ou em pré-emergencia, a utilização de pontas com gotas Ultra Grossas é a melhor opção com a finalidade de obter um excelente desempenho e com ótimo controle de deriva. A ponta de pulverização TTI é a ponta com o maior tamanho de gota no mercado, tendo o melhor controle de deriva numa ampla faixa de pressão com um potencial de risco de deriva menor a 3%. Na figura 1 é observado o espectro de gotas da ponta TTI11002-VP a 3 bar de pressão na qual é possível observar as gotas ultra grossas e uniformes.
Para aplicações de herbicida de contato, onde a cobertura precisa ser maior, é recomendada a utilização de gotas grossas a medias, desta forma é possível ter a cobertura adequada com diminuição da deriva. Na figura 2 é possível observar o espectro de gotas da ponta de pulverização TTJ60-11002VP na pressão de 3 bar. Se trata de uma ponta de jato duplo turbo, com pré-orificio e formação de dois jatos por deflexão, característica da família Turbo, pontas patenteadas da TeeJet Technologies. No jato pulverizado é nítida a formação de ambos os jatos com um número de gotas muito alto o que garante ótimas coberturas. Um detalhe que não é possível observar em laboratórios e a campo é a formação de gotas de menor diâmetro no meio dos dois jatos, isto possibilita aumentar a cobertura em casos de aplicações onde existe efeito guarda-chuva ou a exigência de cobertura seja muito alta.
As aplicações de fungicidas e inseticidas no final de ciclo da soja são as mais exigentes em relação à utilização dos conceitos da tecnologia de aplicação. Isto é devido à necessidade das gotas chegarem ao terço inferior da planta num estádio fenológico no qual a planta de soja se encontra com um índice foliar muito alto, onde a barreira vegetal que as gotas deverão atravessas é bastante adensada dificultando a chegada ao alvo e exigindo o máximo da técnica de aplicação.
Um dos modelos mais utilizados para as aplicações de final de ciclo em soja ou em culturas adensadas, é a ponta de jato cônico vazio TXA, devido à mesma produzir gotas finas a muito finas com uma uniformidade muito alta, o que favorece à penetração no dossel da planta com alto potencial de cobertura no terço inferior. Na figura 3 é possível observar a ponta TXA8002VK na pressão de 3 bar. Algo nítido na imagem e que foi possível observar na dinâmica de gotas é que mesmo sendo uma ponta de jato cônico vazio existem gotas no interior do cone, isto acontece devido à turbulência formada no jato fazendo com que as gotas menores se concentrem dentro do cone, com isto o potencial de penetração e cobertura aumenta.
Quando se envolve o contexto da técnica de aplicação, seja em aplicações de herbicidas, inseticidas ou fungicidas é importante levar em consideração o monitoramento das condições climáticas devido ao efeito negativo que estas podem causar nas gotas e no seu processo de transporte da saída do bico até o alvo. O vento é um dos grandes problemas e causador de perdas nas aplicações. Quando a aplicação é realizada com gotas finas e o vento atinge a velocidade máxima e limite para aquele modelo de ponta e/ou tamanho de gotas, existem dois procedimentos para serem seguidos. O primeiro é parar a aplicação e aguardar até as condições melhorarem, fato que acontece em alguns países da América do sul principalmente pela técnica de aplicação escolhida que é a do baixo volume. O outro procedimento e dar continuidade à aplicação porem com alteração do tamanho de gota, esta alteração deverá ser realizada escolhendo um modelo de ponta com classificação de gotas como Medias, desta forma haverá redução das perdas e aumentará o potencial de chegada ao alvo. Um dos grandes erros que são observados a campo é não manejar o tamanho de gota adequadamente, ou seja, embora as condições climáticas estejam desfavoráveis, as aplicações continuam. Assim a porcentagem de perda aumenta de forma exponencial. Na figura 4 pode ser observada a ponta TXA8002 de gotas finas a muito finas na pressão de 3 bar sob o efeito do vento com velocidade de 10 a 11 km/h. É possível observar que aproximadamente 40% do produto está sendo arrastado e causando perdas e contaminação. Existem casos onde o produto pode ser depositado no mesmo talhão (endoderiva) ou fora do talhão (exoderiva) em ambos os casos a deposição do produto está fora de controle e não é correta.
Para casos onde a aplicação não pode parar e se opta por manejar o tamanho da gota, uma excelente opção é a utilização da ponta de pulverização TTJ60. Para aplicações de fungicida e inseticida em final de ciclo na cultura da soja, a recomendação é utilizar a ponta TTJ60 com pressões acima de 3 bar. Com isto é possível obter um espectro de gotas classificadas como medias com uma redução significativa do arrasto das gotas pelo vento e um alto potencial de penetração e chegada ao alvo. Na figura 5 pode ser observada a ponta TTJ60-11002VP na pressão de 3.5 bar na qual é possível observar o pequeno arrasto das gotas e alta concentração de gotas com chegada ao alvo devido ao alto número de gotas produzidas pelo jato duplo.
A ponta TTJ60 assim como a ponta TT, são modelos que proporcionam ao agricultor versatilidade nas aplicações devido à sua construção e tecnologia que permitem trabalhar numa ampla faixa de pressão com diferentes classificações de tamanho de gota num mesmo modelo. Porém é importante o agricultor entender que existem diversos modelos de pontas de pulverização que produzem tamanhos de gotas de acordo com as necessidades da cultura, do produto a ser aplicado e das condições meteorológicas, assim o entendimento do manejo de tamanho de gota e seleção adequada do modelo de ponta de pulverização para as diferentes aplicações, são fatores indispensáveis que irão contribuir de forma significativa para o sucesso das aplicações e posterior fitossanidade da lavoura.
Na última edição do Show Rural Coopavel a TeeJet Technologies proporcionou aos visitantes do seu estande a demonstração da dinâmica de gotas em tempo real com diversas condições de vento e manejo adequado da deriva em função do tamanho de gota. Esta dinâmica foi possível com a utilização do equipamento para leitura do espectro de gotas com uma lente de grande ângulo posicionada no canhão do laser com finalidade de emitir um feixe capaz de abranger todo o jato pulverizado, desta forma possibilitou a observação total das gotas, a formação do jato, das gotas e toda a dinâmica envolvida no processo de pulverização.
Rodrigo Alandia Roman, Teejet Technologies
Artigo publicado na edição 160 da Cultivar Máquinas.
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