Como a nutrição pode ajudar no manejo de doenças de final de ciclo
Fertilizante associado a fungicidas convencionais apresenta alta sinergia e ajuda induzir a defesa natural das plantas de soja contra Doenças de Final de Ciclo
22.02.2021 | 20:59 (UTC -3)
Fertilizante associado a fungicidas convencionais apresenta alta sinergia, ajuda a induzir a defesa natural das plantas de soja contra Doenças de Final de Ciclo (DFCs) e resulta em grãos mais pesados. Diminuição da severidade de DFCs chega a 48,4%, enquanto o incremento produtivo alcança até seis sacas por hectare.
O Ultra K Max, associado a fungicidas convencionais, reduziu em 48,4% a severidade das doenças de final de ciclo e incrementou a produtividade da soja em seis sacas por hectare, em relação ao tratamento padrão. Após o aparecimento da ferrugem-asiática em 2001, várias doenças, entre elas as Doenças de Final de Ciclo (DFCs), deixaram de ser a principal preocupação dos agricultores. Porém, nas últimas safras, doenças como mancha alvo, antracnose, cercóspora e oídio, voltaram a aparecer com grande intensidade na maioria das lavouras. As DFCs têm causado perdas na produtividade de até 45%. O controle do complexo formado por essas doenças é dificultado pela capacidade desses patógenos sobreviverem em restos culturais e pela perda de eficiência dos principais defensivos utilizados no manejo. Como todos os métodos de controle apresentam limitações, é necessária a investigação de outras alternativas. Diante desse cenário, a Spraytec desenvolveu o Ultra K Max, que, em baixas doses, oferece nutrientes de alta solubilidade, absorção e translocação, além de apresentar excelente sinergia e compatibilidade físico-química com defensivos, sendo totalmente biodegradável. Os componentes essenciais contidos no produto exercem funções específicas na fisiologia da planta, como a máxima translocação de fotoassimilados das estruturas vegetativas para as reprodutivas por um período mais longo. Ultra K Max aplicado no final do ciclo interfere na rota da síntese de etileno, evitando a senescência precoce das folhas, mantendo a relação fonte-dreno ativa por mais tempo, garantindo uma melhor formação e enchimento de grãos. Além disso, aumenta a resistência natural das plantas ao ataque de patógenos, por ativar a síntese de metabólicos secundários. Outro aspecto de grande relevância agronômica para a utilização do Ultra K Max é sua atuação como mediador químico dos mecanismos de defesa da planta. A partir do momento em que houve ativação desses mecanismos, outros componentes do produto entram em cena, fazendo parte da composição de enzimas e proteínas que atuarão na defesa contra o agente causador da injúria. Os componentes presentes no Ultra K Max têm a função de aumentar a velocidade da reação de defesa e, ao mesmo tempo, torna o processo mais eficiente e com menos gastos energéticos, sendo um importante ativador enzimático. A utilização de cultivares de alto potencial genético, associada ao desenvolvimento sustentável, exige produtos inovadores como Ultra K Max.
Objetivo
Avaliar a eficiência do complexo nutricional bioativador Ultra K Max em associação com fungicidas convencionais no manejo de Doenças de Final de Ciclo em soja.
Material e métodos
O experimento foi conduzido na estação experimental da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), localizada no distrito de Entre-Rios, Colônia Vitória, município de Guarapuava, Paraná. No ensaio, foi utilizada a cultivar de soja BMX Apolo RR. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram em Testemunha (sem aplicação), Padrão Fapa (quatro aplicações de fungicidas: Nativo + Bravonil + Áureo, Elatus + Bravonil + Nimbus, Fox + Unizeb Gold + Áureo e Priori Xtra + Cypress + Nimbus) e Padrão Fapa + Spraytec (quatro aplicações de fungicidas associados ao Ultra K Max 0,20L/ha). As aplicações foram realizadas quando a cultura estava nos estádios R1, R3, R4 e R5.1, respectivamente. O volume de calda utilizado foi de 200L/ha. Foram realizadas avaliações da severidade das Doenças de Final de Ciclo e a produtividade da cultura. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (p < 0,05), através do software SASM Agri (Canteri et al., 2001).
Resultados
A associação de Ultra K Max aos fungicidas reduziu a severidade das Doenças de Final de Ciclo em 48,4%, em relação ao tratamento padrão. A severidade foi de 21,7%, 19,4% e 10% para a testemunha, tratamento padrão e tratamento padrão + Spraytec, respectivamente (Figura 1). A redução da severidade das DFCs é de extrema importância para que não haja perda do potencial produtivo da cultura. Nesse contexto, com relação à produtividade, a colheita na testemunha foi de 32,3, no padrão de 78,4 e no padrão mais Ultra K Max, de 84,4 sacas por hectare. A associação de Ultra K Max aos fungicidas promoveu um incremento médio de produtividade de seis sacas por hectare em relação ao tratamento padrão (Figura 2). Ultra K Max atua na fisiologia das plantas, melhorando sua defesa, promovendo maior síntese de lignina e fitoalexina, importantes compostos que atuam como barreiras físicas e químicas, respectivamente, contra a entrada de fungos nos tecidos vegetais, contribuindo para o manejo das DFCs. O aumento de produtividade pode ser explicado pela diminuição dos problemas com a desfolha causada por essas doenças e também pelo efeito do Ultra K Max no aumento do transporte de fotoassimilados das folhas para os grãos, aumentando o seu peso. Assim, observamos que a maioria dos fungicidas apresenta limitações, e a associação deles com Ultra K Max demonstrou ser uma ferramenta eficaz para garantir melhor manejo das Doenças de Final de Ciclo e promover maior produtividade da cultura da soja.
Conclusão
O Ultra K Max, além de nutrir as plantas para a máxima expressão de seu potencial produtivo, é uma alternativa promissora no manejo das Doenças de Final de Ciclo em soja por induzir os mecanismos de defesa das plantas, apresentando alto sinergismo com os fungicidas convencionais.
Heraldo R. Feksa, Fundação Agrária de Pesq. Agropecuária (Fapa)
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