Leucoptera coffeella

09.01.2025 | 09:22 (UTC -3)

O bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) é uma das pragas mais significativas para a cultura do café, especialmente em regiões de clima quente e seco.

No Brasil, Leucoptera coffeella é comumente conhecido como bicho-mineiro-do-cafeeiro ou simplesmente bicho-mineiro.

Culturas atacadas

O bicho-mineiro é uma praga monófaga, ou seja, ataca exclusivamente plantas do gênero Coffea, afetando principalmente o cafeeiro.

Biologia

O ciclo de vida do bicho-mineiro inclui quatro estágios: ovo, larva, pupa e adulto.

  • Ovos: as fêmeas depositam cerca de 60 ovos na face superior das folhas do cafeeiro.
  • Larvas: ao eclodirem, as larvas penetram diretamente no mesofilo foliar, alimentando-se do parênquima e formando galerias conhecidas como "minas".
  • Pupas: após o desenvolvimento larval, as lagartas descem por fios de seda até folhas inferiores, onde constroem casulos em formato de "X" para empupar.
  • Adultos: são pequenas mariposas de coloração branco-prateada, com envergadura de aproximadamente 6,5 mm.

O ciclo completo varia de 19 a 87 dias, dependendo das condições ambientais, permitindo de 8 a 12 gerações por ano.

Ecologia

O bicho-mineiro é favorecido por condições de alta insolação e baixa umidade relativa do ar, comuns em regiões de clima quente e seco.

Sua incidência é maior em períodos de estiagem, especialmente entre março e setembro.

Fatores como espaçamentos amplos entre plantas, que aumentam a circulação de ar, e adubações desequilibradas podem intensificar a infestação.

Danos

As larvas causam danos ao se alimentarem do tecido foliar, formando minas que levam à necrose e queda das folhas.

Isso reduz a capacidade fotossintética da planta, comprometendo seu desenvolvimento e produtividade.

Em infestações severas, a desfolha pode atingir até 75% da planta, resultando em perdas de produtividade que podem chegar a 87%.

Controle

O manejo eficaz do bicho-mineiro envolve uma abordagem integrada, combinando diferentes métodos:

  • Monitoramento: acompanhamento regular da lavoura para identificar níveis de infestação e determinar o momento adequado para intervenções.
  • Controle cultural: práticas como adensamento do plantio para reduzir a insolação nas folhas e adubações equilibradas para fortalecer as plantas.
  • Controle biológico: utilização de inimigos naturais, como vespas predadoras, para reduzir a população da praga.
  • Controle químico: aplicação de inseticidas específicos, respeitando as orientações técnicas para evitar resistência e impactos ambientais.

A integração dessas estratégias, aliada ao conhecimento das condições locais e ao acompanhamento técnico, é fundamental para o controle eficiente do bicho-mineiro e a manutenção da produtividade das lavouras de café.

Para saber mais sobre Leucoptera coffeella, clique em:

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