
Florpirauxifeno benzílico (florpyrauxifen-benzyl) é um herbicida sintético auxin, utilizado principalmente para o controle seletivo de plantas daninhas de folha larga em culturas como arroz, beterraba açucareira e árvores frutíferas. É absorvido sistemicamente pelas plantas, atuando de forma pós-emergente e promovendo o controle eficiente de espécies suscetíveis, com baixa dose de aplicação e seletividade para certas culturas.
Nome comum (ISO): Florpyrauxifen-benzyl
Sinônimos: XDE-848; XR-848; XDE-848 BE (códigos de desenvolvimento); Rinskor active (marca comercial da molécula); Gapper, Loyant, Relicta (marcas de produtos comerciais)
Fórmula química bruta: C20H14Cl2F2N2O3
Número CAS: 1390661-72-9
Classe química: pertence à classe dos arilpicolinatos, um subgrupo de herbicidas sintéticos auxinas (ácidos carboxílicos de piridina). É classificado como herbicida de picolinato de piridina, grupo 4 da WSSA (Weed Science Society of America) e grupo O da HRAC (Herbicide Resistance Action Committee).
Histórico de desenvolvimento: o florpyrauxifen-benzyl foi desenvolvido pela Dow AgroSciences (atualmente parte da Corteva Agriscience) como parte de um programa de descoberta de novos herbicidas auxínicos para superar resistências emergentes em plantas daninhas. A pesquisa começou na década de 2000, focando em análogos de auxinas com maior seletividade e estabilidade ambiental. Em setembro de 2015, a Dow submeteu um pedido de registro à EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA), que aprovou incondicionalmente o ingrediente ativo em setembro de 2017. O produto foi introduzido inicialmente na Austrália e nos EUA para uso em arroz em 2018, expandindo-se para outras culturas como beterraba e controle aquático de plantas invasoras. Sua adoção rápida se deve à eficácia contra gramíneas resistentes, como o capim-arroz (Echinochloa spp.), e à baixa persistência no ambiente.
Modo de ação: atua como um mimético sintético do hormônio vegetal auxina (ácido indolacético), ligando-se seletivamente aos receptores de auxina nas células das plantas suscetíveis. Isso desregula o equilíbrio hormonal, levando à produção excessiva de etileno e ácido abscísico, causando alongamento celular descontrolado, deformações nos tecidos vasculares, interrupção do transporte de nutrientes e, eventualmente, a morte da planta em 7-21 dias. É sistêmico, absorvido por folhas e raízes, com translocação via xilema e floema, e é mais seletivo para dicotiledôneas (folha larga) do que para monocotiledôneas (gramíneas), embora eficaz em certas gramíneas em arroz. Não afeta diretamente a fotossíntese ou divisão celular, mas promove respostas de estresse hormonal irreversíveis.
Números de patentes: US 8.883.688 B2, US 2018/0162814 A1, WO 2011/056639 A3 e outras