Dicamba

26.11.2025 | 07:46 (UTC -3)

Dicamba é uma molécula amplamente utilizada como herbicida seletivo no controle de plantas daninhas de folhas largas em culturas como soja, milho e cereais.

Nome comum (ISO): Dicamba

Sinônimos: Velsicol 58-CS-11, SAN 837 (códigos de desenvolvimento); XtendicamAtectra (produtos comerciais)

Fórmula bruta: C8H6Cl2O3

Número CAS: 1918-00-9 (para a forma ácida; variações incluem sais como 1982-69-0 para o sal de sódio)

Classe química: herbicida do ácido benzoico (classificado como derivado clorado de ácido benzoico ou clorofenoxiacidado; pertence ao grupo dos auxínicos sintéticos, HRAC Grupo O ou 4).

Ano de lançamento: 1962

Histórico de desenvolvimento: dicamba foi descoberto em 1942 por Paul W. Zimmerman e Albert E. Hitchcock, que identificaram propriedades reguladoras de crescimento em derivados de ácidos benzoicos durante estudos sobre auxinas vegetais. Em 1958, a molécula foi descrita formalmente, e a Velsicol Chemical Corporation impulsionou seu desenvolvimento como herbicida. A patente original foi concedida em 1961, e o produto foi aprovado para uso agrícola em 1962, inicialmente para controle de ervas daninhas em pastagens e gramíneas. Seu uso expandiu-se nos anos 1960-1970 em formulações como Banvel. Na década de 2000, o lançamento de cultivos geneticamente modificados resistentes a dicamba revitalizou sua aplicação, elevando o consumo.

Modo de ação: dicamba atua como um auxínico sintético, mimetizando o hormônio vegetal ácido indolacético (auxina natural). Ela interfere na regulação do crescimento celular, promovendo elongação descontrolada de tecidos, divisão celular excessiva e, em doses adequadas, senescência (envelhecimento acelerado) e morte das plantas-alvo (principalmente dicotiledôneas de folhas largas). É sistêmico, absorvido por folhas e raízes, e translocado via xilema e floema. Não afeta gramíneas (monocotiledôneas) em doses seletivas, tornando-a ideal para culturas como milho e trigo. Seu mecanismo é específico para plantas, com baixa toxicidade a mamíferos, mas pode causar deriva volátil, afetando plantas sensíveis próximas.

Números de patentes: US 3,013,054 (patente original, concedida em 12 de dezembro de 1961, a Velsicol Chemical Corporation).

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