Aphis gossypii

16.01.2025 | 09:10 (UTC -3)
<i>Aphis gossypii</i>&nbsp;- Foto: Sebastião Araújo
Aphis gossypii - Foto: Sebastião Araújo

Aphis gossypii é conhecido como pulgão-do-algodoeiro. Também é chamado de pulgão-verde devido à sua coloração variável, que pode ser verde-escura ou amarela.

Culturas atacadas

Esse inseto é polífago: ataca diversas culturas agrícolas.

Além do algodão, infesta plantas como melão, abóbora, pimentão, pepino e algumas espécies silvestres.

Biologia

Aphis gossypii mede de 1 a 1,5 mm e possui corpo em formato de pera, antenas curtas, olhos avermelhados e sifúnculos escuros.

A reprodução ocorre principalmente por partenogênese telítoca, ou seja, as fêmeas geram novas fêmeas sem necessidade de acasalamento. Essa capacidade favorece a rápida expansão populacional.

Há formas aladas e ápteras, sendo as aladas produzidas quando há escassez de recursos.

Seu ciclo de vida é influenciado por condições climáticas, como calor e umidade.

Ecologia e características

Os pulgões colonizam principalmente as faces inferiores das folhas e brotos novos, onde sugam continuamente a seiva das plantas.

Produzem uma substância adocicada chamada "mela", que atrai formigas e favorece o crescimento de fungos como a fumagina.

A presença de inimigos naturais pode ser reduzida pelo uso de inseticidas não seletivos, enquanto chuvas fortes ajudam a controlar fisicamente as populações.

<i>Aphis gossypii</i> visto de cima - Foto: Sebastião Araújo
Aphis gossypii visto de cima - Foto: Sebastião Araújo

Danos

Aphis gossypii causa danos diretos e indiretos.

Os danos diretos incluem deformações nas folhas e brotos, comprometendo o desenvolvimento da planta.

Indiretamente, transmitem doenças como o mosaico-das-nervuras, que afeta o algodão, reduzindo o crescimento e a produtividade.

Controle

O manejo do Aphis gossypii envolve estratégias culturais, biológicas e químicas:

  • Cultural: utilização de variedades resistentes que toleram maiores populações do pulgão.
  • Biológico: preservação de inimigos naturais como joaninhas (Cycloneda sanguinea), larvas de crisopídeos (Chrysoperla externa) e parasitoides, como Aphelinus gossypii.
  • Químico: aplicação de inseticidas sistêmicos em casos de altas infestações. Produtos seletivos e botânicos têm se mostrado eficientes.
  • Outros métodos: práticas de manejo integrado que combinam diferentes técnicas são recomendadas para reduzir a dependência de produtos químicos e preservar o equilíbrio ecológico.

Para saber mais sobre Aphis gossypii, clique em:

Para saber quais pesticidas estão registrados para controle, clique em:

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

Capas - 2025