Anticarsia gemmatalis

06.01.2025 | 15:35 (UTC -3)

Anticarsia gemmatalis (lagarta-da-soja) é uma praga de grande relevância para a agricultura, principalmente no cultivo da soja. O inseto é responsável por altos níveis de desfolha e pode comprometer significativamente a produtividade, especialmente em altas populações.

Nomes comuns

Anticarsia gemmatalis é conhecida principalmente como lagarta-da-soja. Mas também pode ser referida como lagarta-da-folha, devido à sua capacidade de causar danos severos às folhas das plantas hospedeiras.

Culturas atacadas

Embora seja predominante na soja, Anticarsia gemmatalis pode atacar outras culturas, especialmente leguminosas.

Os danos são mais expressivos em áreas com monocultivo de soja, onde a disponibilidade de alimento é constante.

Biologia

Na fase larval, a lagarta passa por seis ínstares.

As lagartas pequenas apresentam cor verde e quatro pares de pernas abdominais, sendo duas vestigiais, o que lhes confere um movimento característico de medição de palmos.

Já as lagartas maiores, com mais de 15 mm, podem ser verdes ou escuras, com três linhas longitudinais brancas no dorso.

Os adultos são mariposas que apresentam coloração variável, do cinza-claro ao marrom-escuro, com uma linha diagonal marrom-avermelhada no primeiro par de asas.

As fêmeas depositam ovos de cor verde-claro, geralmente na face inferior das folhas, pecíolos e ramos. A eclosão ocorre em três dias, e as lagartas iniciam a alimentação logo em seguida.

Ecologia

A praga é favorecida por condições de clima quente e úmido, comuns nas regiões produtoras de soja do Brasil. Ciclos sucessivos de plantio e manejo inadequado favorecem o aumento populacional da lagarta, especialmente em sistemas agrícolas com baixa diversidade biológica.

Danos

Os danos ocorrem principalmente do terceiro ao sexto ínstar larval.

Inicialmente, as lagartas perfuram as folhas, preservando as nervuras. A partir do quarto estádio, elas consomem mais de 95% do total foliar consumido por ciclo, o que equivale a até 120 cm² por lagarta.

Em altas densidades populacionais, podem causar desfolhas superiores a 30%, comprometendo o desenvolvimento das plantas e resultando em perdas de produtividade.

Controle

O manejo de Anticarsia gemmatalis deve ser integrado, envolvendo práticas culturais, biológicas e químicas:

  • Controle biológico: uso de inimigos naturais, como parasitóides e predadores, é uma estratégia eficiente. Bioinseticidas à base de Bacillus thuringiensis são amplamente recomendados.
  • Monitoramento: a inspeção periódica das lavouras é essencial para identificar o nível de infestação e determinar o momento adequado para intervenção.
  • Controle químico: o uso de inseticidas deve ser feito com critério, considerando o nível de dano econômico e visando evitar a resistência da praga.
  • Práticas culturais: o manejo adequado da lavoura, incluindo a rotação de culturas e a manutenção da diversidade vegetal, contribui para a redução da pressão da praga.

Para saber mais sobre Anticarsia gemmatalis, clique em:

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