Spodoptera, a lagarta que ganhou presença nas lavouras de soja

Por Sérgio Catalano, Gerente de Portfólio de Inseticidas da FMC

27.10.2021 | 20:59 (UTC -3)

A safra de verão está começando e o momento pede manejos que possam auxiliar na proteção da  produtividade das plantas. Controlar a presença de insetos na lavoura é um deles. Entre todos os problemas que a plantação de soja enfrenta no que diz respeito às pragas, o agricultor acendeu o alerta vermelho para as lagartas do gênero Spodoptera na última safra. Um dado importante revelado pela pesquisa da Spark apontou um crescimento expressivo na área tratada para essa praga na safra 20/21.

A Spodoptera tem grande potencial de dano e vem se adaptando cada vez mais ao sistema produtivo e, portanto, precisa ter total atenção do produtor. Pode provocar desfolha, abortamento de flores e vagens e até danos diretos em grãos perfurando a vagem e alimentando-se desses. Estudos mostram que o dano pode chegar a 10% de perda de produtividade. Como qualquer outra praga, o momento de aplicação é crucial para o sucesso no combate e, dessa forma, evitar prejuízos com perdas de produtividade ao final da safra. 

Na soja, podemos encontrar  3 diferentes espécies de lagartas do gênero Spodoptera :

Spodoptera frugiperda;

Spodoptera eridania;

 • Spodoptera cosmioides.

Todas elas podem estar presentes na lavoura ao mesmo tempo e o manejo de combate precisa ser muito bem planejado. 

O MIP, manejo integrado de pragas, é a melhor opção para o controle mais efetivo de lagartas. Para isso, é importante em primeiro lugar monitorar a lavoura. Uma vez detectada a presença da praga, o produtor deve lançar mão de alternativas de controle químico ou biológico recomendadas por um Engenheiro Agrônomo. O uso de biotecnologias e alternativas de manejo também compõe o leque de opções para o controle dessas pragas.

A FMC possui inseticida Premio que pode ser utilizado desde a dessecação pré-plantio, onde protege o estabelecimento da lavoura, assim como durante a maior parte do ciclo da cultura, com longo período residual, proporcionando proteção das culturas por mais tempo, uma solução inteligente para o controle integrado de pragas, sendo mais uma opção para manejo de resistência, preservando a tecnologia Bt e que tem controle de amplo espectro, facilitando o manejo de lagartas. Controlando não só o complexo de Spodopteras mas também as principais espécies que atacam a cultura da soja. 

O tema é tão importante neste momento que a FMC vai dedicar uma semana inteira para debater o assunto. Na Semana Nacional de Combate a Spodoptera, que será de 25 a 29 de outubro, a FMC vai realizar várias ações junto aos produtores e, no dia 27 de outubro, vai reunir em uma live a consultora Jurema Rattes, professora e pesquisadora da Universidade de Rio Verde, em Goiás, especialista em entomologia agrícola com ênfase em bioecologia, com foco nas pragas existentes no cerrado e manejo de pragas de grandes culturas, como a soja, o gerente de R&D LATAM FMC - inseticidas, Fábio Silva e o Gerente de Planejamento Agrícola da Amaggi Agro, José João Gomes, para debater todas as questões que envolvem a Spodoptera com profundidade. Uma oportunidade para todos os produtores participarem tirando as dúvidas. 


Sérgio Catalano, Gerente de Portfólio de Inseticidas da FMC

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