Eucalyptus para as condições climáticas e de solo do Tocantins

Por Cristiano Bueno de Moraes, engenheiro florestal, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins

13.12.2022 | 09:57 (UTC -3)

O Campus de Gurupi da Universidade Federal do Tocantins-UFT possui, como parte de seu processo de ensino, pesquisa e extensão, uma Fazenda Experimental de Pesquisa com uma área de 130 hectares que agora conta com a implantação de um programa de melhoramento genético florestal para o gênero Eucalyptus que está sendo realizado com a participação de três instituições

Atualmente, o projeto cooperativo, além da UFT, tem a participação do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais – IPEF de Piracicaba-SP e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins-FAPT. Na UFT o destaque fica com a participação do curso de Engenharia Florestal e do programa de pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais-PPGCFA-UFT.

O trabalho de pesquisa envolve a instalação de experimentos da espécie Eucalyptus urophylla com materiais de várias localidades do país e do mundo para o estudo sobre as características silviculturais (altura de plantas, diâmetro do fuste das árvores e volume de madeira) de indivíduos que consigam sobreviver e crescer nas condições climáticas do estado de Tocantins (inverno seco com altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar).

Além das avaliações de desenvolvimento e crescimento, também estão sendo verificadas a presença das principais doenças e pragas presentes nessa cultura florestal no estado. O projeto tem como objetivo principal que, em um futuro próximo, auxiliar e disponibilizar sementes ou clones às empresas do setor florestal e aos produtores rurais com qualidade e produtividade, o que infelizmente ainda não existe para as condições da região.

Na condução do projeto, a equipe conta com a coordenação do Prof. Cristiano Moraes, professor adjunto na UFT curso de Eng. Florestal, Prof. Paulo Henrique Muller da Silva, Pesquisador do IPEF, e estudantes do grupo de pesquisa em Melhoramento Genético Florestal - UFT Maria Isabel Barreto, Thatiele Moraes, Carlos Dourado, Joene Sousa e das acadêmicas da pós-graduação (PPGCFA-UFT) Natalia Carvalho e Franciele Meneses.

Outro ponto importante a salientar sobre projeto é o suporte para os acadêmicos dos cursos das áreas de Ciências Agrárias e Biológicas (Engenharia Florestal, Agronomia e Biologia), que poderão utilizar a rede experimental que está sendo construída para desenvolvimento de iniciação científica, dissertações e teses. Ressalta-se também a importância que o contato entre alunos e pesquisadores de outras instituições auxiliará no aperfeiçoamento do conhecimento e desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa e extensão a serem realizados na UFT-Campus de Gurupi e região.

Por Cristiano Bueno de Moraes, engenheiro florestal, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins

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