De que modo soluções em tecnologia de informação como plataformas digitais para manejo de doenças, geração de modelos agronômicos, detecção automatizada de pragas, otimizaçã
15.05.2019 | 20:59 (UTC -3)
O agronegócio brasileiro, que representa, aproximadamente, 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e 50% das exportações do país, vem se destacando no cenário internacional por ter uma série de fatores que fazem do país um lugar propício para todos os negócios relacionados à agropecuária e suas cadeias produtivas. Os 388 milhões de hectares de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade, o clima diversificado, as chuvas regulares, a energia solar abundante e quase 13% de toda a água doce do planeta tornam o Brasil um dos líderes mundiais na produção e exportação agrícola. E esse cenário atual coloca o Brasil como potencialmente o maior país agrícola do mundo nos próximos dez anos.
Atualmente, o agronegócio é a principal locomotiva da economia brasileira. Tanto por esses fatores anteriormente citados, quanto pela elevada tecnologia utilizada no campo, que fazem dele um setor moderno, eficiente e competitivo a nível mundial.
A internet, as redes sociais, os dispositivos móveis, entre tantas outras ferramentas de comunicação instantânea são indícios do quanto a tecnologia avançou nos últimos anos. E cada vez mais o uso dessas novas tecnologias se torna importante para o aumento da produtividade no campo e, em consequência, para a rentabilidade dos produtores agrícolas.
O avanço das tecnologias, o acesso à internet e o progressivo uso de redes sociais pelos consumidores brasileiros são fatores que influenciam o uso de tecnologia no setor, e estão mudando a forma como os players do mercado se relacionam. Segundo levantamento divulgado em 2017 pela Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), 67% das propriedades agrícolas no país já utilizam algum tipo de inovação tecnológica em seus processos produtivos, dentro ou fora do campo. E isso revela como, no atual cenário do nosso país, a transformação digital pode ser a resposta aos diversos desafios do agronegócio.
No Brasil, há vários desafios a serem superados para que o agro possa crescer e ocupar novos patamares na era digital. Destaca-se a crescente demanda por alimentos devido ao aumento da população mundial, que tem gerado uma corrida na busca pelo aumento da produção, e a busca pelo DNA perfeito na pecuária, por meio de estudos detalhados de genética do rebanho e das raças. De um lado, há a busca por melhoramento genético, que tem agitado o setor de pesquisas. Do outro, a procura por uma melhor gestão das atividades no campo, desde o plano de plantio até a gestão da produtividade por área plantada. E isso passa por investimentos em maquinários sofisticados, estudos de variabilidade do solo, qualificação profissional, dentre outros. Desafios como mudanças climáticas e restrições de recursos naturais, aumento de produtividade agropecuária sem expansão da área de produção e a introdução da agricultura familiar na era da tecnologia, também precisam ser levados em consideração nesta era de transformação digital.
Pensando nesses desafios, diversos aplicativos e plataformas online surgiram para democratizar o agro no Brasil e no mundo. Estas ferramentas oferecem um espaço que agiliza a comercialização, aumentam a eficiência das empresas, melhoram a tomada de decisão e diminuem os seus custos. Na prática, o que está ocorrendo é uma enxurrada de inovações tecnológicas que possibilitam e promovem uma verdadeira revolução no mundo dos negócios e na vida das pessoas. Novas tecnologias são apresentadas a todo momento para o mundo do agronegócio, dentro e fora do campo, acompanhando as tendências de consumo e produção.
A tecnologia aumenta o resultado das safras, pois gera praticidade, facilita a execução de tarefas na rotina diária do campo e também auxilia os produtores rurais na realização de um melhor planejamento, mensuração e utilização de informações e dados que otimizam a produção e reduzem as perdas. A atual junção das tecnologias físicas, digitais e biológicas vem ressignificando a forma como fazemos negócios, interagimos e, evidentemente, produzimos. E é nesse contexto que, impulsionado por recursos tecnológicos como inteligência artificial, realidade aumentada e computação cognitiva, o agronegócio brasileiro vem adaptando sua estrutura no intuito de fortalecer sua competitividade no mercado internacional e tornar a produção mais sustentável.
As novas tecnologias, que não só permitem ganhos de produtividade como também ajudam a reduzir o impacto ao meio ambiente, já são aplicadas em diversos cenários do agronegócio, tais como: planejamento da produção, manejo, colheita, acesso a mercado, comercialização e transporte. Tanto que, atualmente, existem diversas soluções no mercado para a gestão, com algoritmos desenvolvidos especificamente para atender as demandas do setor, favorecendo o agro na medida em que se consegue atingir objetivos operacionais, aumentar a produtividade nas propriedades, além de diminuir os custos.
A agricultura de precisão, prática na qual utiliza-se tecnologia de informação baseada no princípio da variabilidade do solo e clima, entrega mais eficiência ao campo e diminui as perdas. Os agricultores contam atualmente com soluções avançadas de controle das máquinas com auxílio de GPS, sistemas de mapeamento da colheita, além de softwares de gestão de toda a cadeia produtiva, que oferecem suporte agronômico e maior assertividade nas informações, além de conseguir corrigir efeitos nutricionais do solo, utilizando mais ou menos quantidade de insumos.
Seguindo essa ideia, vieram outras formas inovadoras como a digitalização, com a possibilidade de monitoramento do clima e definição do melhor momento para realizar a plantação, otimizando a irrigação. A internet das coisas, que permite acessar informações geradas pelas máquinas e que ficam armazenadas na nuvem para poder acompanhar as condições de plantio e corrigir problemas durante a própria safra, sem ter que esperar o próximo ano. Os robôs, que substituem várias operações manuais por máquinas que são comandadas à distância, garantindo assim mais eficiência, menos uso de insumos e menos impacto ambiental.
Além disso, também apareceram os drones, que são veículos aéreos não tripulados, com os quais é possível monitorar o desenvolvimento da plantação e agir mais rapidamente caso ocorra algum imprevisto. E a inteligência artificial (AI), que são máquinas e sistemas inteligentes capazes de raciocinar, aprender, tomar decisões e resolver problemas, programados para fazerem aplicações de insumos ou a irrigação sem a necessidade de um profissional disponível para isso.
Ainda, nessa mesma linha de inovação, a mobilidade também aparece como um fator essencial para a evolução do agro, já que a utilização de dispositivos móveis integrados a plataformas tecnológicas possibilita um maior conhecimento do processo de gestão das propriedades rurais.
As novas tecnologias digitais no campo vão ser determinantes para o aumento da produtividade em pastos e lavouras em todo o mundo. Uma publicação da Liga Ventures, divulgada em abril de 2019, apontou que o número de startups no Brasil ligadas ao agro já é de 307 empresas. Isso é reflexo de que o agronegócio tem impulsionado a economia e é natural que os atuais players do setor, assim como novas empresas da área de tecnologia (startups), estejam atentos a oportunidades no segmento, a fim de se destacarem nesse competitivo mercado. As chamadas "agritechs" ou “agtechs”, startups de tecnologia voltadas para o agronegócio, são responsáveis por uma parte relevante das conquistas da produção agrícola brasileira nos últimos anos. Elas promoveram uma revolução no campo, com ganhos de produtividade, qualidade e renda aos produtores.
A integração e conexão das fazendas através de softwares, sistemas e equipamentos tecnológicos se tornaram a solução para otimizar as produções do agro em todas as suas etapas. Essas fazendas, que produzem de forma inteligente, implementam tecnologias que permitem atuar com mínimos detalhes em cada semente, animal, insumos, micronutrientes vegetais e animais e trabalham com a ideia de agricultura de precisão, são conhecidas como fazendas inteligentes. E a digitalização no campo é uma das etapas iniciais para a construção desse tipo de fazendas.
A mudança é inevitável e necessária para a sobrevivência de qualquer negócio, e no agro não é diferente. A grande maioria dos produtores já enfrentou "choques de realidade" que fizeram com que parassem para repensar suas atividades com mais profissionalismo. Isso é evidenciado fortemente desde a aquisição de máquinas e equipamentos cada vez mais modernos e também na adoção de serviços e processos operacionais muito tecnificados.
Aliás, um ponto de atenção que os produtores precisam ter ao tentarem tornar suas fazendas mais inteligentes é a implementação de sistemas de gestão digitalizada, que se dá pela interpretação de uma vasta quantidade de dados gerados a partir de Big Datas, captados por dispositivos loT, sensores, drones, entre outras tecnologias já citadas.
Afinal, a tecnologia que chega hoje no campo não é a mesma que vimos anos atrás. Se antes a maior tecnologia estava em uma máquina mais potente e versátil ou dentro de uma semente geneticamente melhorada, atualmente vemos que as principais tecnologias capazes de mudar o agro são digitais. Softwares que analisam qual a condição ideal para a irrigação, agricultura de precisão mais assertiva e detalhada e, claro, os softwares de gestão agrícola. A Indústria 4.0 aplicada a agricultura está criando novas oportunidades que irão elevar o patamar de eficiência produtiva.
Neste contexto é possível citar algumas soluções que trazem praticidade para o agronegócio e que já se encontram disponíveis no mercado, tais como: DigiFarmz, Agrosmart, Tarvos, SprayX, Aegro e AgriHome.
A DigiFarmz foi desenvolvida focada na cultura da soja, que já totaliza mais de 36 milhões de hectares cultivados por ano no Brasil, e mais de 127 milhões de hectares no mundo, e que continua sofrendo pela ocorrência de diversas doenças que comprometem a produção de grãos e geração de riqueza para toda a cadeia do agronegócio. Essas doenças da soja geram perdas de até 40% da produção do grão a cada ano, mesmo com a utilização de fungicidas. Dentre as principais doenças que impactam a cultura da soja estão a ferrugem, antracnose, cercospora, mancha alvo e oídio. Além das doenças, o manejo da soja é complexo, principalmente pelas muitas variáveis que estão relacionadas. Dentre estas variáveis estão a genética das cultivares, o local, histórico de controle e presença de inóculo, clima, precipitação, época de semeadura. Diante disso, dois agrônomos do Rio Grande do Sul, estado com forte vocação agrícola e terceiro maior produtor de soja, criaram uma startup especializada em auxiliar produtores e técnicos no manejo de doenças do grão. Através da plataforma DigiFarmz, desenvolvida desde 2016 e lançada em 2018, o agricultor tem acesso a parâmetros em tempo real e recomendações técnicas para a cultura da soja.
Essencialmente, a plataforma DigiFarmz utiliza algoritmos integrados a uma base de dados de mais de uma década de pesquisas, anualmente ampliadas e validadas, além de informações de cada fazenda e talhão. Ao todo são 18 variáveis bióticas e abióticas que garantem precisão nos parâmetros da DigiFarmz e que permitem levar a revolução no manejo de doenças, a cada agrônomo, técnico e produtor, no campo, fornecendo informações que os ajudem a planejar e decidir quais fungicidas utilizar, qual melhor data para cada pulverização, quantas pulverizações realizar, qual a melhor cultivar, dentre outra série de decisões que prometem auxiliar no manejo anti-resistência e, principalmente, focar na otimização dos insumos e aumento da produtividade. E tudo isso com a vantagem de ser uma ferramenta online simples de utilizar e que tem a viabilidade de ser utilizada sem sensores a campo, conseguindo assim trabalhar em diferentes áreas em todo o país, inclusive com áreas menores.
Um ponto importante reside no fato de que, atualmente, ainda são realizadas recomendações de fungicidas e doses de forma generalista, sem considerar as especificidades e realidades das diferentes regiões e cultivares. É uma prática pouco efetiva quando se sabe que o Brasil é um país continental, com diversas condições e ambientes distintos. Além disto, é imperativo atentar para o efeito que cada aplicação possui no controle das doenças em todo o ciclo da cultura. Igualmente importante, é preciso considerar a ocorrência de resistência dos fungos (patógenos) aos fungicidas, gerados muitas vezes por equívocos nas decisões de manejo. Por esta razão, a DigiFarmz traz também um pilar de educação, através de alertas que apresentam informações relacionadas às melhores práticas agronômicas, com objetivo de maiores produtividades e menor pressão de resistência dos patógenos aos fungicidas.
É notório que um dos maiores problemas do sistema produtivo está relacionado à falta de informação para tomada de decisão na agricultura, já que grande parte das decisões do produtor rural são tomadas com base na intuição, resultando em desperdícios e altos custos. Com base nisso, a Agrosmart é outra startup que surgiu com o intuito de monitorar e integrar dados da lavoura, gerando modelos agronômicos com o objetivo de gerar recomendações e informações que auxiliam na tomada de decisões em relação à irrigação, pragas, doenças, plantio e colheita. Basicamente, apresenta soluções para otimização de processos de irrigação e geração de alertas contra riscos de pragas nas plantações e, dessa forma, o produtor consegue reduzir o consumo de água e o uso de defensivos, aumentando a eficiência da produção. E já que a agricultura moderna e sustentável está baseada no uso consciente de defensivos químicos e no uso alternativo de técnicas de proteção das lavouras, a alternância entre controle químico com inseticidas e controle biológico de insetos-praga está se tornando cada vez mais uma maneira interessante para a proteção de cultivos, ao diminuir a pressão ao meio ambiente e melhorando a qualidade de vida dos produtores agrícolas. Com o monitoramento automatizado de insetos considerados pragas na agricultura é possível coletar dados que embasam a elaboração de práticas de controle destas espécies.
Atualmente, os métodos tradicionais de monitoramento e acompanhamento destas populações nas lavouras demandam muito esforço laboral para inspecionar grandes áreas de produção. Assim, este acompanhamento de perto da produção é geralmente praticada apenas algumas vezes por semana, na melhor das hipóteses, ao contrário de tecnologias que empregam o monitoramento automatizado, que permitem o controle diário e até mesmo horário, de todas as áreas monitoradas da propriedade. As vantagens desta abordagem incluem melhor manejo de pragas e doenças e o prolongamento da resistência das pragas e doenças às tecnologias empregadas em defensivos químicos. Permitem ainda menor exposição a esses produtos pelos trabalhadores, redução de resíduos químicos em produtos agropecuários e, consequentemente, colaboram com a proteção do ecossistema natural da região.
E essa é justamente a proposta da Tarvos, uma startup que busca entregar soluções de detecção de pragas de maneira totalmente automatizada, a partir de dados coletados de armadilhas inteligentes instaladas nas lavouras e conectadas à internet, oferecendo análises preditivas de ataques de pragas e doenças para as principais culturas agrícolas brasileiras. A plataforma do sistema é uma ferramenta que permite aos produtores avaliarem e responderem às condições, pressão de insetos e doenças em tempo real. O sistema de monitoramento automatizado de pragas agrícolas fornece indicações de maneira diária da ocorrência de pragas na lavoura. A precisão fornecida pelos dados de monitoramento coletados diretamente do campo pelas armadilhas inteligentes adicionada ao processamento de dados meteorológicos em escala micro-regional aumentam exponencialmente a qualidade e a viabilidade da tomada de decisão dos produtores.
Outro problema do agro, identificado em Tecnologia de Aplicação, é a execução incorreta do que foi especificado pelos fabricantes, pelos consultores e pelos agrônomos. Pensando nisso, a SprayX, startup que foca em garantir os processos de uma das atividades mais críticas na agricultura: a aplicação de defensivos agrícolas, ensina e conduz o técnico agrícola no campo, passo a passo, auxiliando na execução correta das recomendações técnicas, tornando a aplicação de defensivos mais eficiente e segura. Faz isso através de um conjunto de hardware, software e exclusivos equipamentos interconectados que, automaticamente, coletam informações e interagem com o técnico de uma forma divertida e produtiva.
A gestão da fazenda também sempre foi uma questão no campo, mesmo que os produtores não estivessem totalmente conscientes disso. Por exemplo, se o momento de fazer a aplicação para uma praga for errado, o erro pode ter sido pela falta ou falhas no monitoramento, atraso na entrega do produto ou condições climáticas. Mas todos esses contratempos podem ser resolvidos por uma gestão eficiente: o monitoramento deve ser estruturado e as informações guardadas em local seguro e de fácil interpretação, o estoque de produtos deve ser controlado adequadamente para não faltar nem sobrar produtos e um cronograma flexível deve incluir contratempos de condições climáticas sem prejudicar o manejo. Ou seja, um simples erro envolve uma infinidade de informações, que passam por todos os processos da produção agrícola e do negócio rural. Por isso, a Aegro foi desenvolvida para possibilitar uma gestão eficiente e eficaz nas fazendas, auxiliando o produtor nas suas decisões e dando um panorama que antes não era possível visualizar. A startup busca resolver o problema de não saber ao certo o quanto se ganha, o quanto realmente foi gasto, quais são os gargalos da produção agrícola e do financeiro do negócio, o problema do controle de estoque e dos maquinários, além de muitos outros. Resumindo, o que a AgroSmart ajuda a esclarecer é a tomada de decisão do produtor e a felicidade dele no negócio.
Outra dessas soluções diz respeito à necessidade do produtor rural em adquirir insumos agrícolas para cada ciclo produtivo. E porque não fazer isso por meio de uma compra online? Muitas pessoas já estão acostumadas – e até preferem - comprar diversos produtos de forma online (internet), uma vez que, não há a necessidade de deslocamento até uma loja física, o que demanda tempo, além de correr o risco de não encontrar o produto que desejam ou mesmo receber um péssimo atendimento. Esse modelo de comercialização tem crescido muito nos últimos anos com o avanço de ferramentas digitais, o que tem proporcionado maior comodidade, praticidade e opção de escolha para o consumidor. Foi assim que surgiu a AgriHome, uma startup criada com o objetivo de utilizar ferramentas digitais de forma a simplificar e agilizar a aquisição de insumos agrícolas com a implementação de um novo modelo de comercialização que está de acordo com a legislação vigente de agroquímicos.
A AgriHome é pioneira ao oferecer uma plataforma online que reúne uma rede de consultores que são engenheiros agrônomos ou técnicos agrícolas e que tem autonomia, flexibilidade e segurança para realizar as suas recomendações de acordo com suas atribuições técnicas de maneira a satisfazer as necessidades do produtor rural. Cada consultor cadastrado na plataforma AgriHome pode recomendar um insumo agrícola de acordo com a necessidade do produtor rural. A partir disso, o consultor passa a ser responsável pela elaboração da receita agronômica com a qual o produtor poderá adquirir o produto via plataforma. E para cada recomendação técnica que é convertida em venda, o profissional recebe uma remuneração.
Na atualidade, essas startups citadas se encontram em diversos estágios de comercialização. A Agrosmart monitora mais de 210 mil hectares no Brasil em culturas como soja, milho, café, cana, frutas e outros. Dentre seus clientes, estão empresas como Café Orfeu, Obrigado, Junqueira Rodas e Raízen. A Aegro tem mais de 600 clientes por todo o país, especialmente na produção de grãos, e auxiliando na gestão de mais de um milhão de hectares. Por outro lado, a SprayX e a DigiFarmz, que, das citadas, são as mais recentes no mercado, já se encontram em um estágio de tração e estão comercializando suas primeiras unidades/safras e ampliando rapidamente uma base de clientes sólida. A DigiFarmz, inclusive, já está com demanda para a América Latina (Uruguai, Paraguai, Argentina e Bolívia) e em fase final de compilação dos dados para, em breve, realizar a ampliação para essas áreas. Já a Tarvos, se encontra em fase de finalização de testes pilotos com produtores de algodão dos estados de Mato Grosso e Goiás no monitoramento do bicudo-do-algodoeiro e no estado de São Paulo, com usinas testando a solução no monitoramento da broca-da-cana. O lançamento oficial da solução para produtores de algodão ocorreu na Agrishow 2019 e a previsão de oferta em escala comercial para todo o Brasil está prevista para ocorrer a partir do mês de setembro deste ano. A AgriHome por sua vez está tracionando as vendas, aumentando a base de consultores e distribuidores.
DigiFarmz, SprayX e AgriHome estão sendo aceleradas pela ACE Startups
O Agro é um setor muito dinâmico e as mudanças estão ocorrendo de forma cada vez mais acelerada. O produtor rural está conectado, e atento às novas tecnologias. Esse cenário de mudanças e transformações, onde a informação estará mais acessível e terá papel de grande destaque, está permitindo tomadas de decisões mais precisas em todos os momentos da produção agrícola. Com isso, permitindo menor desperdício de insumos, de tempo, de energia e uma agricultura mais assertiva, eficiente e sustentável.
E é diante de tantos dados, novos produtos e soluções que surgem diariamente com base na tecnologia, que se percebe como é fundamental encarar as inovações tecnológicas não mais como tendência, mas como realidade. Afinal, os ganhos de produção e produtividade podem ser ainda melhores com o uso de tecnologias emergentes que podem ser incorporadas desde pequenas até grandes propriedades.