Spyrale
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. São Paulo/SP
Fungicida
Fenpropidina (Piperidina) (375 g/L) + difenoconazol (triazol) (100 g/L)
Informações
Número de Registro
31625
Marca Comercial
Spyrale
Formulação
EC - Concentrado Emulsionável
Ingrediente Ativo
Fenpropidina (Piperidina) (375 g/L) + difenoconazol (triazol) (100 g/L)
Titular de Registro
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. São Paulo/SP
Classe
Fungicida
Modo de Ação
Classe Toxicológica
Categoria 4 Produto Pouco Tóxico
Classe Ambiental
Produto Muito Perigoso ao Meio Ambiente
Registrado para
Cultura
Nome Científico
Nome Comum
Algodão
Ramularia areola
Falso-oídio; Ramulária
Soja
Microsphaera diffusa
Oídio
Soja
Phakopsora pachyrhizi
Ferrugem da soja; ferrugem asiática
Conteúdo da Bula
SPYRALE
Bula Completa – 19/09/2025
Logotipo Syngenta Logomarca do produto
SPYRALE
Registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária sob o nº 31625
COMPOSIÇÃO:
1-[(RS)-3-(4-tert-butylphenyl)-2-methylpropyl]piperidine
(FENPROPIDINA)……………………............................................….…375 g/L (37,5% m/v)
cis-trans-3-chloro-4-[4-methyl-2-(1H-1,2,4-triazol-1-ylmethyl)-1,3-dioxolan-2yl]phenyl 4-
chlorophenyl ether (DIFENOCONAZOL)…………………….........……...100 g/L (10,0% m/v)
Solvent Naphta (petroleum), heavy arom.
(NAFTA DE PETRÓLEO)....................................................................353,0 g/L (35,3% m/v)
Outros Ingredientes:............................................................................520 g/L (52,0% m/v)
GRUPO G2 FUNGICIDA
GRUPO G1 FUNGICIDA
CONTEÚDO: VIDE RÓTULO
CLASSE: FUNGICIDA SISTÊMICO
GRUPO QUÍMICO: FENPROPIDINA (PIPERIDINA), DIFENOCONAZOL (TRIAZOL) e
NAFTA DE PETRÓLEO (UVCB (SUBSTÂNCIAS DE COMPOSIÇÃO DESCONHECIDA OU
VARIÁVEL, PRODUTOS DE REAÇÕES COMPLEXAS OU MATERIAIS BIOLÓGICOS))
TIPO DE FORMULAÇÃO: CONCENTRADO EMULSIONÁVEL (EC)
TITULAR DO REGISTRO (*):
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda - Rua Doutor Rubens Gomes Bueno, 691, 11º e 13º
andares, Torre Sigma, Bairro Várzea de Baixo, CEP: 04730-000, São Paulo/SP, Fone: (11)
5643-2322, CNPJ: 60.744.463/0001-90 - Cadastro na SAA/CDA/SP sob nº 001.
(*) IMPORTADOR DO PRODUTO FORMULADO
FABRICANTE DO PRODUTO TÉCNICO:
FENPROPIDIN TÉCNICO – Registro MAPA nº TC08825:
DSM Nutritional Products AG - Lalden, Visp, Canton Valais – CH-3931 – Suíça.
BASF SE - Carl-Bosch-Str.38, 67056 Ludwigshafen, Alemanha.
SCORE TÉCNICO – Registro MAPA nº 02594:
Syngenta Crop Protection AG - Rue de I'lle-au-Bois - CH-1870 - Monthey – Suíça.
Deccan Fine Chemicals (Índia) Private Limited - Kesavaram, Venkatanagaram Post,
Payakaraopeta Mandal, Visakhapatnam District, Andhra Pradesh, 531 127, Índia.
Youjia Crop Protection Co. Ltd. - Fifth TongHai Road, Rudong Coastal Economic
Development Zone, Nantong, Jiangsu, China, 226407.
DIFENOCONAZOL TÉCNICO ADAMA – Registro MAPA nº TC05620:
Tagros Chemicals India Private Limited - A-4/1 & A-4/2, SIPCOT Industrial Complex,
Pachayankuppam Tamil Nadu, 607 005 – Índia.
DIFENOCONAZOL TÉCNICO ADAMA BR – Registro MAPA nº 14819:
Jiangsu Sevencontinent Green Chemical CO., Ltd. - Unit II - North Area of Dongsha
Chem-Zone Zhangjiagang, 215600 – China.
SPYRALE
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DIFENOCONAZOLE JS TÉCNICO HELM – Registro MAPA nº 0219:
Jiangsu Sevencontinent Green Chemical Co., Ltd. (Unit II) - North Area of Dongsha
Chem-Zone 215600 Zhangjiagang, Jiangsu, China.
Jiangsu Chengyang Crop Science Co, Ltd. - No. 83 Guan Qu Nan Lu, Jiangbei New
District, Nanjing, Jiangsu, China.
FORMULADOR:
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – Rodovia Professor Zeferino Vaz, SP 332, s/nº, km
127,5, Bairro Santa Terezinha, CEP: 13148-915, Paulínia/SP – Brasil, CNPJ:
60.744.463/0010-80 – Cadastro SAA/CDA/SP sob nº 453.
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – Rua Bonifácio Rosso Ros, 260, Bairro: Cruz Alta,
CEP: 13348-790, Indaiatuba/SP – CNPJ: 60.744.463/0096-50 – Cadastro da empresa no
Estado (CDA) nº 4476.
Syngenta S.A. – Carretera Via Mamonal km 6, Cartagena – Colômbia.
Chemark Zrt. – 06/75 hrsz. Berhida, Peremarton gyártelep, 8182, Hungria.
Syngenta Chemicals B.V. – Rue de Tyberchamps, 37, 7180 Seneffe – Bélgica.
“O nome do produto e o logo Syngenta são marcas de uma companhia do grupo Syngenta.”
Nº do Lote ou da Partida:
Data de Fabricação VIDE EMBALAGEM
Data de Vencimento
ANTES DE USAR O PRODUTO LEIA O RÓTULO, A BULA E A RECEITA
AGRONÔMICA E
CONSERVE-OS EM SEU PODER.
É OBRIGATÓRIO O USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
PROTEJA-SE.
É OBRIGATÓRIA A DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA.
AGITE ANTES DE USAR
Indústria Brasileira (Dispor este termo quando houver processo fabril no Brasil,
conforme previsto no Art. 4º do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010)
CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA – CATEGORIA 4 - PRODUTO POUCO
TÓXICO.
CLASSIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE PERICULOSIDADE AMBIENTAL: CLASSE II -
PRODUTO MUITO PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE.
Cor da faixa: Azul PMS Blue 293 C
SPYRALE
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INSTRUÇÕES DE USO:
DOENÇAS DOSES
NÚMERO
NOME COMUM VOLUME ÉPOCA, NÚMERO E INTERVALO DE
CULTURAS* MÁXIMO DE
mL DE CALDA APLICAÇÃO
NOME APLICAÇÕES
p.c./ha
CIENTÍFICO
ÉPOCA: Iniciar as aplicações preventivamente
ou no máximo no aparecimento dos primeiros
sintomas da doença. Se necessário reaplicar em
Aplicação intervalos de 7 até 14 dias. Realizar no máximo 2
Terrestre: aplicações por ciclo da cultura. Se forem
100 a 200 necessárias mais aplicações, complementar com
Ramularia L/ha fungicida(s) de outro(s) grupos químico(s).
400 a
ALGODÃO 2 Utilizar as doses mais baixas sob condições de
Ramularia 1200
Aplicação menor pressão da doença e utilização de
areola
Aérea: variedades tolerantes. Já as doses maiores,
20 a 40 utilizar em situações de maiores pressões da
L/ha doença (utilização de variedades mais
suscetíveis e/ou histórico da doença na região),
associado a condições climáticas favoráveis ao
desenvolvimento do fungo.
ÉPOCA: Iniciar as aplicações a partir do
Oídio estádio fenológico R4 de forma preventiva e no
Microsphaera 400 a máximo no aparecimento dos primeiros sintomas
Aplicação
1200 da doença. Repetir as aplicações em intervalo de
diffusa Terrestre:
7 até 14 dias. Realizar no máximo 2 aplicações.
100 a 200
Se forem necessárias mais aplicações,
L/ha
complementar com fungicida(s) de outro(s)
grupo(s) químico(s).
2
Ferrugem- Utilizar as doses mais baixas sob condições de
asiática menor pressão da doença e utilização de
Aplicação
SOJA 400 a variedades tolerantes. Já as doses maiores,
Phakopsora Aérea:
1200 utilizar em situações de maiores pressões da
20 a 40
doença (utilização de variedades mais
pachyrhizi L/ha
suscetíveis e/ou histórico da doença na região),
associado a condições climáticas favoráveis ao
desenvolvimento do fungo.
Para a cultura da soja:
- Realizar as aplicações somente após o período de florescimento (a partir de R4).
- Notificar os apicultores vizinhos antes das aplicações.
- Não permitir que a deriva de pulverização atinja áreas de vegetação natural ou outras culturas floríferas nas
proximidades.
*Taxa máxima de aplicação: 2 x 450 g fenpropidina/ha, intervalo de 7 dias.
MODO DE APLICAÇÃO:
SPYRALE deve ser aplicado nas dosagens recomendadas, diluído em água, para as
culturas registradas.
A boa cobertura de todos os tecidos da parte aérea das plantas é fundamental para o
sucesso de controle das doenças, independente do equipamento utilizado (terrestre ou
aéreo). Desta forma o tipo e calibração do equipamento, estágio de desenvolvimento da
cultura, bem como as condições ambientais em que a aplicação é conduzida, devem balizar
o volume de calda, pressão de trabalho e diâmetro de gotas, a ser utilizado.
SPYRALE
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Aplicação foliar:
A pulverização deve ser realizada, a fim de assegurar uma boa cobertura foliar da cultura.
O equipamento de pulverização deverá ser adequado para a cultura, de acordo com a forma
de cultivo e a topografia do terreno, podendo ser costal manual ou motorizado ou tratorizado
com barra ou auto-propelido. Os tipos de bicos podem ser de jato cônico vazio ou jato plano
(leque), que proporcionem um tamanho de gota com DMV (diâmetro mediano volumétrico)
entre 150 a 400 µm (micrômetro) e uma densidade de gotas mínima de 20 gotas/cm 2. A
velocidade do trator deverá ser de acordo com a topografia do terreno. A pressão de
trabalho deve estar de acordo com as recomendações do fabricante do bico utilizado,
variando entre 100 a 1000 kpa (= 15 a 150 PSI).
O equipamento de aplicação deverá apresentar uma cobertura uniforme na parte tratada.
Se utilizar outro tipo de equipamento, procurar obter uma cobertura uniforme na parte aérea
da cultura.
Recomenda-se aplicar com temperatura inferior a 30°C, com umidade relativa acima de
50% e ventos de 3 a 15 km/hora.
Aplicação aérea:
A pulverização deve ser realizada a fim de assegurar uma boa cobertura foliar das culturas
citadas na bula.
Utilizar barra com um volume de 20 a 40 litros de calda por ha. Usar bicos apropriados para
esse tipo de aplicação, como por exemplo, hidráulicos ou atomizadores que gerem gotas
finas a médias.
É recomendado que os demais parâmetros operacionais, isto é, velocidade, largura de
faixa, etc., também sejam escolhidos visando à geração de gotas finas a médias.
O diâmetro de gotas deve ser ajustado para cada volume de aplicação em litros por ha,
para proporcionar a cobertura adequada e a densidade de gotas desejada.
Observar ventos em velocidade média de 3 a 10 km/hora, temperatura inferior a 30°C,
umidade relativa superior a 50%, visando reduzir ao mínimo as perdas por deriva ou
evaporação. Não aplicar em alturas menores do que 2 metros ou maiores do que 5 metros.
O equipamento de aplicação deverá apresentar uma cobertura uniforme na parte tratada.
Se utilizar outro tipo de equipamento, procurar obter uma cobertura uniforme na parte aérea
da cultura.
A critério do Engenheiro Agrônomo Responsável, as condições de aplicação podem ser
flexibilizadas.
Obs.: Dentre os fatores climáticos, a umidade relativa do ar é o mais limitante, portanto
deverá ser constantemente monitorada com termo higrômetro.
Quando utilizar aplicações por via aérea deverá obedecer às normas técnicas de operação
previstas nas portarias do Decreto Lei 86.765 do Ministério da Agricultura.
Aplicação via drones agrícolas:
O produto SPYRALE pode ser aplicado através de drones agrícolas em todas as culturas
recomendadas, devendo este ser adequado para cada tipo de cultura e alvo, provido de
pontas, com espaçamento, vazão, pressão de trabalho corretamente calibrados e que
proporcionem uma vazão adequada para se obter uma boa cobertura das plantas. O
equipamento de aplicação deve estar em perfeitas condições de funcionamento, isento de
desgaste e vazamentos, seguindo todas as orientações e normativas do MAPA e ANAC.
A altura de voo deverá ser de acordo com o tipo de drone utilizado, procurando manter
média de 2 metros acima do topo da planta, ou menor quando possível. A largura da faixa
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de deposição efetiva varia principalmente com a altura de voo, porte da aeronave e diâmetro
das gotas. Esta deve ser determinada mediante testes de deposição com equipamentos
que serão empregados na aplicação, sendo recomendado o uso de gotas com diâmetro
fino a médio. Utilizar volume ou taxa de aplicação mínima de 20 L/ha.
Quando utilizar aplicações via drones agrícolas obedecer às normas técnicas de operação
previstas na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) pelo regulamento brasileiro de
aviação civil especial (RBAC) nº 94 e pelas diretrizes e orientações do Ministério da
Agricultura (MAPA).
Utilizar técnicas de redução de deriva, tais como:
- Adotar condições operacionais que possibilitem redução de deriva (menor velocidade e
altura da pulverização com média de 2 metros, adequadas ao equipamento em uso);
- Planejar a calda de aplicação para que esta não ofereça maior risco de deriva;
- Adequar a distância entre a aplicação e as áreas que precisam ser protegidas, de acordo
com a técnica utilizada e as condições climáticas vigentes;
- Respeitar as faixas de segurança, de acordo com a legislação vigente.
MODO DE PREPARO DE CALDA:
1. Agitar vigorosamente o produto antes da diluição, ainda na embalagem.
2. O abastecimento do tanque do pulverizador deve ser feito enchendo o tanque até a
metade da sua capacidade com água, mantendo o agitador ou retorno em
funcionamento, então adicionar a quantidade recomendada do fungicida e em
seguida adicionar o adjuvante recomendado pelo fabricante, caso necessário. Após
isso, proceder a homogeneização e completar o volume do tanque com água. A
agitação deve ser constante durante a preparação e aplicação do produto.
3. Preparar apenas a quantidade necessária de calda para uma aplicação,
pulverizando logo após a sua preparação.
4. Caso aconteça algum imprevisto que interrompa a agitação do produto
possibilitando a formação de depósitos no fundo do tanque do pulverizador, agitar
vigorosamente a calda antes de reiniciar a operação.
INTERVALO DE SEGURANÇA:
Cultura Dias
Algodão 30
Soja 14
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS:
Não permitir o ingresso dos trabalhadores à área tratada antes da secagem do produto na
cultura, que em geral, em condições normais de temperatura, ocorre em um período de 24
horas. Caso seja necessário o ingresso antes deste período, deve-se utilizar equipamento
de proteção individual padrão recomendados em rotulagem para a atividade de aplicação.
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LIMITAÇÕES DE USO:
Não utilizar outros produtos à base de fenpropidina na mesma área e safra em que o
SPYRALE for ser utilizado.
Em aplicações aéreas utilizar tamanho mínimo de gotas conforme segue:
Algodão e soja Dv0,5 ≥ 179.58 µm (gota fina)
Utilize este produto de acordo com as recomendações em rótulo e bula. Esta é uma ação
importante para obter resíduos dentro dos limites permitidos no Brasil (referência:
monografia da ANVISA). No caso de o produto ser utilizado em uma cultura de exportação,
verifique, antes de usar, os níveis máximos de resíduos aceitos no país de destino para as
culturas tratadas com este produto, uma vez que eles podem ser diferentes dos valores
permitidos no Brasil ou não terem sido estabelecidos. Em caso de dúvida, consulte o seu
exportador e/ou importador.
É importante incluir medidas de redução de escoamento superficial e erosão após a
aplicação do produto. Assim, deve-se evitar aplicar o produto em áreas sem adoção de
técnicas de conservação do solo, tais como:
• Utilização de curvas de nível (especialmente em áreas com declividade maior que
15%).
• Uso do sistema de plantio direto ou de cultivo mínimo de solo.
Evitar aplicações quando houver previsão de chuvas pesadas, especialmente em locais
que estejam com solos saturados devido à chuvas recentes.
Respeite as leis federais, estaduais e o Código Florestal, em especial a delimitação de Área
de Preservação Permanente, observando as distâncias mínimas por eles definidas. Nunca
aplique este produto em distâncias inferiores a 30 metros de corpos d’água em caso de
aplicação terrestre, e 250 metros em caso de aplicação aérea. E utilize-se sempre das Boas
Práticas Agrícolas para a conservação do solo, entre elas a adoção de curva de nível em
locais de declive e o plantio direto.
Observar as Normas e Legislações complementares sobre segurança no trabalho.
Fitotoxicidade para as culturas indicadas:
Quando utilizado de acordo com as recomendações da bula, SPYRALE não causa
fitotoxicidade às culturas indicadas.
INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL A SEREM
UTILIZADOS:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DA SAÚDE HUMANA.
INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO A SEREM USADOS:
VIDE “MODO DE APLICAÇÃO”.
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DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE TRÍPLICE LAVAGEM DA EMBALAGEM OU
TECNOLOGIA EQUIVALENTE:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE.
INFORMAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA A DEVOLUÇÃO, DESTINAÇÃO,
TRANSPORTE, RECICLAGEM, REUTILIZAÇÃO E INUTILIZAÇÃO DAS EMBALAGENS
VAZIAS: VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE.
INFORMAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA A DEVOLUÇÃO E
DESTINAÇÃO DE PRODUTOS IMPRÓPRIOS PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE.
RECOMENDAÇÕES PARA O MANEJO DA RESISTÊNCIA A FUNGICIDAS:
O uso sucessivo de fungicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo
alvo pode contribuir para o aumento da população de fungos causadores de doenças
resistentes a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e
consequente prejuízo.
Como prática de manejo de resistência e para evitar os problemas com a resistência dos
fungicidas, seguem algumas recomendações:
• Alternância de fungicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo G2 e do Grupo
G1 para o controle do mesmo alvo, sempre que possível;
• Adotar outras práticas de redução da população de patógenos, seguindo as boas
práticas agrícolas, tais como rotação de culturas, controles culturais, cultivares com
gene de resistência quando disponíveis, etc;
• Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do
produto;
• Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais
estratégias regionais sobre orientação técnica de tecnologia de aplicação e
manutenção da eficácia dos fungicidas;
• Informações sobre possíveis casos de resistência em fungicidas no controle de
fungos patogênicos devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira
de Fitopatologia (SBF: www.sbfito.com.br), Comitê de Ação à Resistência de
Fungicidas (FRAC-BR: www.frac-br.org), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA:
www.agricultura.gov.br).
GRUPO G2 FUNGICIDA
GRUPO G1 FUNGICIDA
O produto fungicida SPYRALE é composto por fenpropidina e difenoconazol, que
apresentam mecanismos de ação no sítio Δ14-redutase e Δ8 -> Δ7 - isomerase na
biossíntese de esterol (erg24, erg2) e no sítio C14- desmetilase na biossíntese de esterol
(erg11/cyp51), pertencentes aos Grupo G2 e G1, segundo classificação internacional do
FRAC (Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas), respectivamente.
SPYRALE
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RECOMENDAÇÕES PARA O MANEJO DE RESISTÊNCIA A FUNGICIDAS PARA A
FERRUGEM-DA-SOJA
O uso sucessivo de fungicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo
alvo pode contribuir para o aumento da população de fungos causadores de doenças
resistentes a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e
consequente prejuízo.
Como prática para retardar a queda de eficácia dos fungicidas ao fungo causador da
ferrugem-asiática-da-soja, seguem algumas recomendações:
• Aplicação alternada de fungicidas formulados em mistura rotacionando os
mecanismos de ação distintos do Grupo G2 e do Grupo G1 sempre que possível; Se
o produto tiver apenas um mecanismo de ação, nunca utilizá-lo isoladamente;
• Respeitar o vazio sanitário e eliminar plantas de soja voluntária;
• Semear cultivares de soja precoce, concentrando a semeadura no início da época
recomendada para cada região (adotar estratégia de escape);
• Jamais cultivar a soja safrinha (segunda época);
• Utilizar cultivares com gene de resistência incorporado, quando disponíveis;
• Semear a soja com a densidade de plantas que permita bom arejamento foliar, o que
permitirá maior penetração e melhor cobertura do fungicida;
• Adotar outras práticas de redução da população de patógenos, seguindo as boas
práticas agrícolas, tais como rotação de culturas, uso de sementes sadias, adubação
equilibrada, manejo da irrigação do sistema, outros controles culturais etc.
• Sempre que possível, realizar as aplicações direcionadas às fases mais suscetíveis
do agente causador de doenças a ser controlado;
• Utilizar o fungicida somente na época, na dose e nos intervalos de aplicação
recomendados;
• Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais
estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação
de fungicidas;
• Realizar o monitoramento da doença na cultura;
• Adotar estratégia de aplicação preventiva;
• Respeitar intervalo máximo de 14 dias de intervalos entre aplicações;
• Realizar, no máximo, o número de aplicações do produto conforme descrito em bula;
• Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais
estratégias regionais sobre orientação técnica de tecnologia de aplicação e
manutenção da eficácia dos fungicidas;
• Informações sobre possíveis casos de resistência em fungicidas no controle de
fungos patogênicos devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira
de Fitopatologia (SBF: www.sbfito.com.br), Comitê de Ação à Resistência de
Fungicidas (FRAC-BR: www.frac-br.org), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA:
www.agricultura.gov.br.
SPYRALE
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GRUPO G2 FUNGICIDA
GRUPO G1 FUNGICIDA
O produto fungicida SPYRALE é composto por fenpropidina e difenoconazol, que
apresentam mecanismos de ação no sítio Δ14-redutase e Δ8 -> Δ7 - isomerase na
biossíntese de esterol (erg24, erg2) e no sítio C14- desmetilase na biossíntese de esterol
(erg11/cyp51), pertencentes aos Grupo G2 e G1, segundo classificação internacional do
FRAC (Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas), respectivamente.
INFORMAÇÕES SOBRE MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS:
Recomenda-se, de maneira geral, o manejo integrado das doenças, envolvendo todos os
princípios e medidas disponíveis e viáveis de controle.
O uso de sementes sadias, variedades resistentes, rotação de culturas, época adequada
de semeadura, adubação equilibrada, fungicidas, manejo da irrigação e outros, visando o
melhor equilíbrio do sistema.
DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DA SAÚDE HUMANA:
ANTES DE USAR O PRODUTO, LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES DA BULA.
PRECAUÇÕES GERAIS:
• Produto para uso exclusivamente agrícola.
• O manuseio do produto deve ser realizado apenas por trabalhador capacitado.
• Não coma, não beba e não fume durante o manuseio e a aplicação do produto.
• Não transporte o produto juntamente com alimentos, medicamentos, rações, animais e
pessoas.
• Não manuseie ou aplique o produto sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
recomendados.
• Não utilize equipamentos com vazamentos ou defeitos e não desentupa bicos, orifícios
e válvulas com a boca.
• Não utilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI) danificados, úmidos, vencidos ou
com vida útil fora da especificação. Siga as recomendações determinadas pelo
fabricante.
• Não aplique o produto perto de escolas, residências e outros locais de permanência de
pessoas e de áreas de criação de animais. Siga as orientações técnicas específicas de
um profissional habilitado.
• Caso ocorra contato acidental da pessoa com o produto, siga as orientações descritas
em primeiros socorros e procure rapidamente um serviço médico de emergência.
• Mantenha o produto adequadamente fechado, em sua embalagem original, em local
trancado, longe do alcance de crianças e de animais.
• Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados devem ser vestidos na
seguinte ordem: Macacão com tratamento hidrorrepelente com mangas e calças
compridas, botas de borracha, avental impermeável, equipamento de proteção
respiratória com filtro mecânico classe P1 ou PFF1, óculos de segurança com proteção
lateral, touca árabe e luvas de proteção para produtos químicos.
• Seguir as recomendações do fabricante do Equipamento de Proteção Individual (EPI)
com relação à forma de limpeza, conservação e descarte do EPI danificado.
SPYRALE
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PRECAUÇÕES DURANTE A PREPARAÇÃO DA CALDA:
• Utilize equipamento de proteção individual (EPI): Macacão com tratamento
hidrorrepelente com mangas e calças compridas, botas de borracha, avental
impermeável, equipamento de proteção respiratória com filtro mecânico classe P1 ou
PFF1, óculos de segurança com proteção lateral, touca árabe e luvas de proteção para
produtos químicos.
• Manuseie o produto em local aberto e ventilado, utilizando os Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) recomendados.
• Ao abrir a embalagem, faça-o de modo a evitar respingos.
Além disso, recomendações adicionais de segurança podem ser adotadas pelo técnico
responsável pela preparação da calda, em função do método utilizado ou da adoção de
medidas coletivas de segurança.
PRECAUÇÕES DURANTE A APLICAÇÃO DO PRODUTO:
• Evite ao máximo possível o contato com a área tratada.
• Aplique o produto somente nas doses recomendadas e observe o intervalo de segurança
(intervalo de tempo entre a última aplicação e a colheita).
• Não permita que animais, crianças ou qualquer pessoa não autorizada entrem na área
em que estiver sendo aplicado o produto.
• Não aplique o produto na presença de ventos fortes e nas horas mais quentes do dia,
respeitando as melhores condições climáticas para cada região.
• Verifique a direção do vento e aplique de modo a não entrar em contato, ou permitir que
outras pessoas também entrem em contato, com a névoa do produto.
• Utilize equipamento de proteção individual (EPI): Macacão com tratamento
hidrorrepelente com mangas e calças compridas, botas de borracha, equipamento de
proteção respiratória com filtro mecânico classe P1 ou PFF1, óculos de segurança com
proteção lateral, touca árabe e luvas de proteção para produtos químicos.
Recomendações adicionais de segurança podem ser adotadas pelo técnico responsável
pela aplicação em função do método utilizado ou da adoção de medidas coletivas de
segurança.
PRECAUÇÕES APÓS A APLICAÇÃO DO PRODUTO:
• Sinalizar a área tratada com os dizeres: “PROIBIDA A ENTRADA. ÁREA TRATADA” e
manter os avisos até o final do período de reentrada.
• Evite ao máximo possível o contato com a área tratada. Caso necessite entrar na área
tratada com o produto antes do término do intervalo de reentrada, utilize os
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados para o uso durante a
aplicação.
• Não permita que animais, crianças ou qualquer pessoa não autorizada entrem em áreas
tratadas logo após a aplicação.
• Aplique o produto somente nas doses recomendadas e observe o intervalo de segurança
(intervalo de tempo entre a última aplicação e a colheita).
• Antes de retirar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), sempre lave as luvas
ainda vestidas para evitar contaminação.
• Mantenha o restante do produto adequadamente fechado em sua embalagem original,
em local trancado, longe do alcance de crianças e animais.
• Tome banho imediatamente após a aplicação do produto e troque as roupas.
• Lave as roupas e os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) separados das demais
roupas da família. Ao lavar as roupas, utilizar luvas e avental impermeáveis.
SPYRALE
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• Após cada aplicação do produto faça a manutenção e a lavagem dos equipamentos de
aplicação.
• Não reutilizar a embalagem vazia.
• No descarte de embalagens, utilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI):
macacão com tratamento hidrorrepelente com mangas e calças compridas, luvas de
proteção para produtos químicos e botas de borracha.
• Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados devem ser retirados na
seguinte ordem: touca árabe, óculos de segurança com proteção lateral, botas de
borracha, macacão com tratamento hidrorrepelente com mangas e calças compridas,
luvas de proteção para produtos químicos e equipamento de proteção respiratória com
filtro mecânico classe P1 ou PFF1.
• A manutenção e a limpeza do EPI devem ser realizadas por pessoa treinada e
devidamente protegida.
Recomendações adicionais de segurança podem ser adotadas pelo técnico responsável
pela aplicação em função do método utilizado ou da adoção de medidas coletivas de
segurança.
Nocivo se ingerido
Provoca lesões oculares graves
Provoca irritação à pele
PERIGO Pode provocar reações alérgicas na pele
PRIMEIROS SOCORROS: Procure imediatamente um serviço médico de emergência
levando a embalagem, rótulo, bula, folheto informativo e/ou receituário agronômico do
produto.
Ingestão: Se engolir o produto, não provoque vômito, exceto quando houver indicação
médica. Caso o vômito ocorra naturalmente, deite a pessoa de lado. Não dê nada para
beber ou comer.
Olhos: ATENÇÃO: O PRODUTO PROVOCA LESÕES OCULARES GRAVES. Em caso
de contato, lave com muita água corrente, durante pelo menos 15 minutos. Evite que a
água de lavagem entre no outro olho. Caso utilize lente de contato, deve-se retirá-la.
Pele: O PRODUTO PROVOCA IRRITAÇÃO À PELE. PODE PROVOCAR REAÇÕES
ALÉRGICAS NA PELE. Em caso de contato, tire toda a roupa e acessórios (cinto,
pulseiras, óculos, relógio, anéis etc.) contaminados e lave a pele com muita água
corrente e sabão neutro, por pelo menos 15 minutos.
Inalação: Se o produto for inalado (“respirado”), leve a pessoa para um local aberto e
ventilado.
A pessoa que ajudar deve se proteger da contaminação, usando luvas e avental
impermeáveis, por exemplo.
SPYRALE
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INTOXICAÇÕES POR SPYRALE
INFORMAÇÕES MÉDICAS
Grupo químico Fenpropidina: Piperidina
Difenoconazol: Triazol
Nafta de Petróleo (solvente aromático): UVCB (substâncias de composição
desconhecida ou variável, produtos de reações complexas ou materiais
biológicos).
Classe
Categoria 4: Pouco tóxico.
toxicológica
Vias de exposição
Oral, inalatória, ocular e dérmica. As exposições inalatória e dérmica são
consideradas as mais relevantes.
Toxicocinética Fenpropidin: A absorção de fenpropidin após administração oral a ratos foi
rápida, com picos plasmáticos atingidos em 0,5 h (baixa dose: 0,5 mg/kg p.c.) e
1-2 h (alta dose: 100 mg/kg p.c.). Os tempos de meia-vida no sangue de cerca
de 1 h (dose baixa) e 11-12,5 h (dose alta) indicam rápida excreção, o que foi
confirmado pela maior parte dela ter se dado já nas primeiras 24 h (92-93% e
77-97% das doses baixa e alta, respectivamente). A excreção total ocorreu
dentro de 168 h, principalmente via urina (57-93%) e, em menor extensão, via
fezes (8-40%). A excreção fecal derivou principalmente do fenpropidin absorvido
e consequente excreção pela bile (12% em fêmeas da menor dose). A absorção
após administração oral foi de cerca de 90% nos animais com ducto biliar
canulado (ambos os sexos). A depleção dos tecidos foi rápida, com tempos de
meia-vida tecidual de 3-18 h (dose baixa) e 9-22 h (dose alta). Não houve
indicação de bioacumulação. O total de resíduos teciduais foi de 0,4-1,7% da
dose em 168 h para ambos os níveis de dose/sexo. O fenpropidin foi
extensivamente metabolizado após administração oral, não sendo o composto
parental detectado na urina, fezes ou bile. A principal via metabólica foi a
oxidação de um dos grupos metil na fração metil terciária ao metabólito hidroxil
CGA289268 e a oxidação adicional ao derivado de ácido propiônico CGA289267
(metabólito principal, representando 45-78% da dose aplicada).
Difenoconazol: No rato, a absorção oral de difenoconazol foi dose-dependente
e correspondeu a cerca de 40-60% (300 mg/kg p.c.) a 80-90% (0,5 mg/kg p.c.)
da dose administrada. O difenoconazol foi rapidamente distribuído
principalmente pelo trato gastrointestinal, fígado, rins, tecido adiposo, glândula
harderiana, glândulas adrenais e pâncreas. Os resíduos teciduais foram muito
baixos, indicando ausência de bioacumulação. O difenoconazol é
extensivamente metabolizado, com diferentes metabólitos encontrados nas
fezes, urina e fígado. A eliminação se deu predominantemente pela bile (73-76%
a 0,5 mg/kg p.c. e 39-56% a 300 mg/kg p.c.), com evidência de circulação entero-
hepática na menor dose, e, em menor proporção, pela urina (8-22%). A meia-
vida variou de 20 a 48 horas.
Nafta de Petróleo (solvente aromático): Não há estudos de toxicocinética
sobre este solvente propriamente dito, no entanto, estudos com os constituintes
da gasolina podem ser utilizados para a compreensão da toxicocinética do nafta.
Em roedores, a principal via de exposição utilizada é a inalatória; por ela, os
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Toxicocinética constituintes de maior peso molecular são mais eficientemente absorvidos. Após
administração oral, é possível supor que aproximadamente 100% do nafta de
petróleo ingerido seria absorvido devido à alta absorção da maioria de seus
constituintes pelo trato gastrointestinal. Independentemente da via de absorção,
os constituintes são rapidamente metabolizados e eliminados. Por ser
hidrofóbico, o nafta possui maior afinidade pelo tecido adiposo, no entanto,
nenhum dos componentes apresenta potencial de bioacumulação. Os
constituintes de baixo peso molecular do nafta são excretados, principalmente,
pelo ar exalado e, em menor proporção, pela urina, com meia-vida na ordem de,
aproximadamente, 3-12 horas. A excreção pela urina é mais expressiva para os
constituintes de alto peso molecular.
Toxicodinâmica Fenpropidin: Inibidor da biossíntese de ergosterol, componente da membrana
plasmática de fungos, pela inibição das enzimas delta esterol-14-redutase e delta
esterol isomerase d8-d7. Essas enzimas também estão presentes em
mamíferos, sendo parte da via metabólica que leva à biossíntese do colesterol.
Assim, este modo de ação se conserva para humanos.
Difenoconazol: Atua como inibidor da desmetilação da enzima esterol 14α-
desmetilase (CYP51, pertencente à superfamília citocromo P450), responsável
pela biossíntese do ergosterol em fungos. Tal inibição afeta a integridade das
membranas celulares, acarretando em morte fúngica. Este modo de ação é
conservado para seres humanos, uma vez que estes também possuem a enzima
CYP51, envolvida na síntese de esteróis importantes como o colesterol. O
colesterol está envolvido na estruturação das membranas celulares e síntese de
hormônios sexuais; no entanto, não há na literatura dados que comprovem a
inibição da síntese de colesterol em humanos em decorrência da exposição ao
ciproconazol ou difenoconazol.
Nafta de Petróleo (solvente aromático): A narcose (tontura, sonolência e
depressão do sistema nervoso central), induzida por exposição aguda a
solventes orgânicos, como o nafta de petróleo, sugere mecanismo comum de
interação entre os seus constituintes e as células sensíveis do sistema nervoso
de humanos. A nível celular, os efeitos narcóticos são associados à redução na
excitabilidade neuronal causada por mudanças na estrutura e função da
membrana. No entanto, o exato mecanismo de ação associado a este efeito
ainda é amplamente desconhecido.
Sintomas e sinais Fenpropidin: Não há na literatura dados de intoxicação por fenpropidin em
clínicos humanos.
Difenoconazol: Não há na literatura dados de intoxicação por difenoconazol em
humanos.
Nafta de Petróleo (solvente aromático): A ingestão de hidrocarbonetos pode
provocar efeitos no sistema nervoso central (cefaleia, tontura, sonolência, falta
de concentração, náuseas e vômitos), disritmias e distúrbios gastrointestinais. A
inalação desses compostos pode causar danos pulmonares, depressão ou
excitação transitória do SNC e efeitos secundários de hipóxia, infecção,
formação de pneumatocele e disfunção pulmonar crônica. Irritação ocular leve
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Sintomas e sinais a moderada e lesão ocular reversível podem ocorrer após contato com a maioria
clínicos dos hidrocarbonetos.
As informações detalhadas abaixo foram obtidas de estudos agudos com
animais de experimentação tratados com formulação à base de fenpropidin,
difenoconazol, nafta de petróleo e demais componentes do SPYRALE:
Exposição oral: Foram conduzidos dois estudos de toxicidade aguda oral em
ratos com formulação de variante similar ao do SPYRALE®. Em um deles, foi
observada mortalidade (3/5 animais) na dose de 2000 mg/kg p.c. e sinais clínicos
como atividade motora reduzida, marcha instável, postura curvada ou lateral,
pilreção, ptose, diarreia e dificuldade respiratória. Um novo estudo foi conduzido
como complementação com doses de 1000 e 1500 mg/kg p.c. Em ambas as
doses testadas houve diminuição da atividade motora, alterações de postura,
piloereção, ptose e dificuldades respiratórias em todos os animais testados.
Houve 1 mortalidade entre os machos tratados com a dose de 1500 mg/kg p.c.
e 1 mortalidade entre as fêmeas tratadas com a dose de 1000 mg/kg p.c. Para
os animais sobreviventes, a reversão dos sinais clínicos se deu no terceiro dia
de estudo.
Exposição inalatória: Com base em cálculo por Estimativa da Toxicidade
Aguda (ATE), a CL50 estabelecida para o produto foi de 2,0 mg/L.
Exposição cutânea: Em estudo de toxicidade dérmica em ratos conduzido com
variante similar, não houve mortalidade ou sinais clínicos de toxicidade entre os
animais tratados com a dose de 4000 mg/kg p.c. Em estudo de irritação dérmica
em coelhos também conduzido com variante similar, foi observado eritema e
edema de leve a severo nas avaliações de 24, 48 e 72 horas, com reversão total
em 15 dias. Do dia 8 ao dia 15 também observou-se descamação severa em
dois animais. O produto foi considerado irritante para a pele de coelhos. Em
estudo de sensibilização in vivo conduzido em cobaias com variante similar, o
produto não foi considerado sensibilizante dérmico. No entanto, com base em
cálculos por Estimativa da Toxiciade Aguda (Acute Toxicity estimate – ATE) para
a formulação de interesse, SPYRALE®, o produto foi considerado sensibilizante
dérmico. Portanto, como medida conservadora, a classificação do produto
SPYRALE® quanto à sensibilizção dérmica foi baseada na classificação mais
restritiva definida pelo cálculo de ATE.
Exposição ocular: Em estudo irritação ocular em coelhos conduzido com
variante similar, foram observadas reações na córnea, irite, quemose e
vermelhidão na conjuntiva, com total reversão em 21 dias. O produto foi
considerado irritante ocular, categoria 2. No entanto, com base em cálculos por
Estimativa da Toxiciade Aguda (Acute Toxicity estimate – ATE) para a
formulação de interesse, SPYRALE®, o produto foi considerado irritante ocular,
categoria 1. Portanto, como medida conservadora, a classificação do produto
SPYRALE® quanto à irritação ocular foi baseada na categoria mais restritiva
definida pelo cálculo de ATE.
Exposição crônica: Os ingredientes ativos dessa formulação não foram
considerados mutagênicos, teratogênicos ou carcinogênicos para seres
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Sintomas e sinais humanos. À luz dos conhecimentos atuais, não são considerados
clínicos desreguladores endócrinos e não interferem com a reprodução. Vide item
“efeitos crônicos” abaixo.
Diagnóstico O diagnóstico deve ser estabelecido pela confirmação da exposição e pela
ocorrência dos sinais e sintomas clínicos compatíveis. Se for necessário, o
diagnóstico pode ser confirmado através da mensuração de piretroides ou seus
metabólitos na urina.
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Tratamento Tratamento geral: Tratamento sintomático e de suporte de acordo com o quadro
clínico para manutenção das funções vitais. Atenção especial deve ser dada ao
suporte respiratório.
Estabilização do paciente: Monitorar sinais vitais (pressão sanguínea,
frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura corporal). Estabelecer
via endovenosa. Atenção especial para parada cardiorrespiratória, hipotensão e
arritmias cardíacas. Avaliar estado de consciência do paciente.
Medidas de descontaminação: Realizar a descontaminação para limitar a
absorção e os efeitos locais.
Exposição oral: Em casos de ingestão de grandes quantidades do produto
proceder com:
- Carvão ativado: Na dose usual de 25-100 g em adultos e 25-50g em crianças
de 1-12 anos, e 1g/kg em menores de 1 ano, diluídos em água, na proporção de
30g de carvão ativado para 240 ml de água. É mais efetivo quando administrado
dentro de uma hora após a ingestão.
- Lavagem gástrica: Considere logo após a ingestão de uma grande quantidade
do produto (geralmente dentro de 1 hora), porém na maioria dos casos não é
necessária. Atentar para nível de consciência e proteger vias aéreas do risco de
aspiração com a disposição correta do tubo orogástrico (paciente em decúbito
lateral esquerdo) ou por intubação endotraqueal com cuff.
ATENÇÃO: Não provocar vômito. Na ingestão de altas doses do produto, podem
aparecer vômitos espontâneos, não devendo ser evitado. Deitar o paciente de
lado para evitar que aspire resíduos. Nunca dê algo por via oral para uma pessoa
inconsciente, vomitando, com dor abdominal severa ou dificuldade de deglutição.
Exposição Inalatória: Remover o paciente para um local seguro e arejado,
fornecer adequada ventilação e oxigenação. Monitorar atentamente a ocorrência
de insuficiência respiratória. Se necessário, administrar oxigênio e ventilação
mecânica.
Exposição dérmica: Remover roupas e acessórios, proceder a
descontaminação cuidadosa da pele (incluindo pregas, cavidades e orifícios) e
cabelos, com água fria abundante e sabão. Remover a vítima para local
ventilado. Se houver irritação ou dor o paciente deve ser encaminhado para
tratamento.
Exposição ocular: Se houver exposição ocular, irrigar abundantemente com
solução salina a 0,9% ou água, por no mínimo de 15 minutos, evitando contato
com a pele e mucosas. Caso a irritação, dor, lacrimejamento ou fotofobia
persistirem, encaminhar o paciente para tratamento específico.
Antídoto: Não há antídoto específico.
Cuidados para os prestadores de primeiros socorros: EVITAR aplicar
respiração boca a boca caso o paciente tenha ingerido o produto; utilizar um
equipamento intermediário de reanimação manual (Ambu) para realizar o
procedimento. A pessoa que presta atendimento ao intoxicado, especialmente
durante a adoção das medidas de descontaminação, deverá usar PROTEÇÃO,
como luvas, avental impermeável, óculos e máscaras, de forma a não se
contaminar com o agente tóxico.
SPYRALE
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Contraindicações A indução do vômito é contraindicada em razão do risco potencial de aspiração
e pneumonite química, porém, se ocorrer vômito espontâneo, manter a cabeça
abaixo do nível dos quadris ou em posição lateral, se o indivíduo estiver deitado,
para evitar aspiração do conteúdo gástrico.
Efeitos das Não foram relatados efeitos de interações químicas para fenpropidin,
interações difenoconazol e nafta de petróleo em humanos.
químicas
ATENÇÃO Para notificar o caso e obter informações especializadas sobre o diagnóstico e
tratamento, ligue para o Disque-Intoxicação: 0800 722 6001
Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica
(RENACIAT/ANVISA/MS)
As Intoxicações por Agrotóxicos e Afins estão incluídas entre as Doenças e
Agravos de Notificação Compulsória.
Notifique o caso no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN/MS)
Notifique no Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária (Notivisa)
Telefone de Emergência da empresa: 0800-704 4304 (24 horas)
Endereço Eletrônico da Empresa: https://www.syngenta.com.br
Correio Eletrônico da Empresa: faleconosco.casa@syngenta.com
Mecanismos de Ação, Absorção e Excreção para animais de laboratório:
Vide quadro anterior, itens “Toxicocinética” e “Toxicodinâmica”.
Efeitos agudos e crônicos para animais de laboratório:
Efeitos agudos:
DL50 oral em ratos: > 1500 e < 2000 mg/kg p.c.
DL50 dérmica em ratos: > 4000 mg/kg p.c.
CL50 inalatória em ratos: 2 mg/L
Corrosão/Irritação cutânea: Em estudo de irritação dérmica em coelhos também
conduzido com variante similar, foi observado eritema e edema leve a severo nas
avaliações de 24, 48 e 72 horas, com reversão total em 15 dias. Do dia 8 ao dia 15 também
observou-se descamação severa em dois animais. O produto foi considerado irritante para
a pele de coelhos.
Corrosão/Irritação ocular em coelhos: Em estudo irritação ocular em coelhos conduzido
com variante similar, foram observadas reações na córnea, irite, quemose e vermelhidão
na conjuntiva, com total reversão em 21 dias. O produto foi considerado irritante ocular,
categoria 2. No entanto, com base em cálculos por Estimativa da Toxiciade Aguda (Acute
Toxicity estimate – ATE) para a formulação de interesse, SPYRALE®, o produto foi
considerado irritante ocular, categoria 1. Portanto, como medida conservadora, a
classificação do produto SPYRALE® quanto à irritação ocular foi baseada na categoria mais
restritiva definida pelo cálculo de ATE.
Sensibilização cutânea em cobaias: Em estudo de sensibilização in vivo conduzido em
cobaias com variante similar, o produto não foi considerado sensibilizante dérmico. No
entanto, com base em cálculos por Estimativa da Toxiciade Aguda (Acute Toxicity estimate
– ATE) para a formulação de interesse, SPYRALE®, o produto foi considerado sensibilizante
dérmico. Portanto, como medida conservadora, a classificação do produto SPYRALE®
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quanto à sensibilizção dérmica foi baseada na classificação mais restritiva definida pelo
cálculo de ATE.
Sensibilização respiratória: O produto não deve ser considerado sensibilizante para as
vias respiratórias.
Mutagenicidade: Não foi observado efeito mutagênico em teste in vitro de mutação genética
bacteriana ou ensaio do micronúcleo in vitro com células de linfócitos humanos.
Efeitos crônicos:
Fenpropidina: No estudo de toxicidade crônica/carcinogenicidade em ratos, a presença de
acentuada irritação cutânea e redução de peso corpóreo nas primeiras semanas no nível
máximo de dose (625 ppm) levaram à redução de todas as doses a partir das semanas 8 e
12. A irritação na pele ainda foi observada ocasionalmente ao longo do estudo no novo maior
nível de dose (250 ppm). A redução de peso corpóreo foi levemente mais evidente nas
fêmeas das maiores doses a partir da 12º semana (após redução da dose). O consumo de
ração esteve inicialmente diminuído na maior dose, mas não após a dose ter sido reduzida
da 12º semana em diante. Provavelmente relacionado ao menor ganho de peso corpóreo
inicial, a sobrevida foi maior entre os machos das maiores doses. Algumas variações nos
parâmetros bioquímicos sanguíneos, assim como variações nos pesos da hipófise, ovário
(fêmeas) e das glândulas adrenais (machos), foram consideradas sem relevância
toxicológica. A incidência ligeiramente mais alta de adenomas das ilhotas pancreáticas em
machos nas maiores doses estava dentro da faixa do controle histórico, não sendo, portanto,
relacionada ao tratamento (NOAEL: 2,3 mg/kg p.c./dia). No estudo de toxicidade
crônica/carcinogenicidade em camundongos, observou-se redução do peso corpóreo e do
consumo de ração na maior dose. Além disso, foi observada irritação na pele associada à
hiperplasia dos linfonodos mandibulares e irritação local (hiperqueratose) no trato
gastrointestinal nas doses média e alta. A irritação local pode ter estimulado o aparecimento
de lesões urogenitais e contribuído para a menor sobrevida dos machos nas maiores doses
(NOAEL local e sistêmico, respectivamente: 4,12 e 41,9 mg/kg p.c./dia). Não foi observado
efeito carcinogênico do fenpropidin em ratos e camundongos. Adicionalmente, ele não
apresenta potencial mutagênico em estudos de mutagenicidade in vivo e in vitro. Em um
estudo de toxicidade reprodutiva de duas gerações em ratos, foi observada redução do ganho
de peso corpóreo e, em menor grau, do consumo de ração nas maiores doses em ambas as
gerações. Alterações na gordura cortical foram observadas nas glândulas adrenais das
fêmeas nas duas maiores doses. Pesos alterados de vários órgãos, como coração, cérebro,
timo, ovários, fígado, baço e próstata, bem como redução da infiltração linfohistiocítica no
fígado e baço e redução da hemossiderose esplênica foram eventos secudários à redução
de peso corpóreo. Não houve efeito no desempenho reprodutivo. Nos filhotes, foi observada
redução de peso corpóreo durante a lactação nas duas maiores doses. Nessas doses,
também foram observados achados secundários ao menor peso corpóreo: maturação sexual
levemente retardada, alterações nos pesos de órgãos, como cérebro, fígado, baço e timo,
atrofia do timo, redução da deposição de glicogênio hepático e redução da hematopoiese
extramedular no fígado e baço (NOAEL parental e filhotes: 9,2 mg/kg p.c./dia; NOAEL
reprodução: 109 mg/kg p.c./dia). Em um estudo do desenvolvimento em ratos, observou-se
redução do ganho de peso corpóreo e do consumo de ração nas maiores doses. Não houve
efeitos fetais relevantes (NOAEL materno e filhotes, respectivamente: 90 e 60 mg/kg p.c./dia).
O fenpropidin não é considerado teratogênico para ratos. Em dois estudos do
desenvolvimento em coelhos, a toxicidade materna foi observada em níveis de dose mais
altos, indicados por redução do ganho de peso corpóreo e do consumo de ração. No primeiro
estudo, nenhum achado fetal relevante foi detectado. No segundo estudo, foram observadas
incidências aumentadas de duas malformações viscerais (em 3 fetos de 3 ninhadas, sem
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significância estatística) em relação aos controles, para os quais não foi excluída relação com
o tratamento: truncus arteriosus (dentro das faixas do controle histórico) e esternebra
severamente desalinhada (ligeiramente acima dos controles históricos). Como resultados
semelhantes não foram observados no 1º estudo com um nível de dose mais alto e, como no
teste preliminar do 2ª estudo não foram observados resultados semelhantes nos mesmos
níveis de dose, os resultados observados no 2º estudo não foram considerados indicativos
de potencial teratogênico e são provavelmente incidentais (NOAEL materno e
desenvolvimento, respectivamente: 10 e 30 mg/kg p.c./dia). Observou-se potencial
neurotóxico indireto (catarata e desmielinização do sistema nervoso periférico, principalmente
na medula espinhal) em cães (estudo de 1 ano) e em um único rato (estudo de 90 dias) após
exposição a níveis elevados de dose provavelmente devido à síntese in situ de colesterol
prejudicada nas lentes oculares e nas células de Schwann produtoras de mielina.
Difenoconazol: No estudo combinado de toxicidade crônica e carcinogenicidade em ratos,
o tratamento com difenoconazol resultou em redução do peso corpóreo, do ganho de peso
corpóreo e do consumo médio de ração em ambos os sexos; o aumento do peso do fígado
foi considerado processo adaptativo e não relacionado ao tratamento (doses machos: 24,1
e 124 mg/kg p.c./dia; doses fêmeas: 32,8 e 170 mg/kg p.c./dia; NOAEL: 1 mg/kg p.c./dia).
Em estudo de 18 meses em camundongos, houve redução do peso corpóreo, aumento dos
níveis das enzimas hepáticas e do peso do fígado em doses iguais/superiores a 46,3 mg/kg
p.c./dia (machos) ou 57,8 mg/kg p.c./dia (fêmeas); adenoma e carcinoma hepatocelular
foram observados em níveis de dose de 2500 e 4500 ppm, níveis que excederam a dose
máxima tolerada. Além disso, demonstrou-se que o modo de ação do desenvolvimento dos
tumores hepáticos no camundongo é semelhante ao fenobarbital, que é considerado não
relevante para humanos (NOAEL: 4,7 mg/kg p.c./dia). Sendo assim, o difenoconazol não
foi considerado carcinogênico para seres humanos, além de não apresentar potencial
genotóxico pelos ensaios de genotoxicidade in vivo e in vitro. No estudo de duas gerações
em ratos, houve toxicidade parental na maior dose (178 mg/kg p.c.) caracterizada pela
redução do peso corpóreo, do ganho de peso corpóreo e do consumo de ração. Foi
observado apenas redução do peso corpóreo absoluto dos filhotes em ambas as gerações
na maior dose (NOAEL parental e filhotes: 16,8 mg/kg p.c./ dia). Nos estudos do
desenvolvimento em ratos e coelhos houve toxicidade materna caracterizada pela redução
do peso corpóreo, do ganho de peso corpóreo (apenas coelho) e do consumo de ração,
além de salivação excessiva (apenas rato) nas maiores doses (ratos: 100 e 200 mg/kg
p.c./dia; coelho: 75 mg/kg p.c./dia). Em coelhos, foi observada uma morte entre as mães
devido à anorexia relacionada ao tratamento e duas outras foram sacrificadas após aborto
nas maiores doses. Nenhum efeito adverso fetal foi observado em qualquer nível de dose
para coelhos (NOAEL materna e desenvolvimento: 25 mg/kg p.c./dia); em ratos, foram
observadas alterações esqueléticas fetais na maior dose (NOAEL materno: 20 mg/kg
p.c./dia; NOAEL fetal: 100 mg/kg p.c./dia. O difenoconazol não foi considerado teratogênico
ou tóxico para a reprodução pelos estudos acima descritos nas doses recomendadas para
aplicação no campo.
Nafta de Petróleo (solvente aromático): Estudos de toxicidade crônica e carcinogenicidade
indicam que a inalação de concentrações elevadas dos componentes do nafta de petróleo
pode produzir tumores renais em ratos machos devido à nefropatia induzida por alfa-2u-
globulina e tumores hepáticos em camundongos fêmeas por possível consequência de
desequilíbrio hormonal (NOAEL 10.000 mg/m3). Devido a não-relevância dos mecanismos
de ação associados à formação de tumores para humanos, os componentes do nafta petróleo
não são considerados carcinogênicos para o homem. Estudos de genotoxicidade in vivo e in
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vitro apontam que seus constituintes também não apresentam potencial mutagênico ou
genotóxico. Em estudos da reprodução de duas gerações em ratos, por via inalatória, e do
desenvolvimento, por via dérmica, parâmetros como fertilidade, desempenho reprodutivo,
frequência de malformações e mortalidade fetal não foram afetados pelo tratamento (NOAEL
toxicidade reprodutiva e desenvolvimento por via inalatória: > 20000 mg/m3; NOAEL de
desenvolvimento via dérmica: 500 mg/kg p.c./dia). Diante dos achados, os compostos do
nafta de petróleo não são considerados teratogênicos ou tóxicos para a reprodução em
humanos.
DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE
1. PRECAUÇÕES DE USO E ADVERTÊNCIAS QUANTO AOS CUIDADOS DE
PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE:
Este produto é:
- Altamente Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE I).
X - Muito Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE II).
- Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE III).
- Pouco Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE IV).
• Este produto é ALTAMENTE PERSISTENTE no meio ambiente;
• Este produto é ALTAMENTE TÓXICO para organismos aquáticos (algas).
• Não execute aplicação aérea de agrotóxicos em áreas situadas a uma distância inferior
a 500 (quinhentos) metros de povoação e de mananciais de captação de água para
abastecimento público e de 250 (duzentos e cinquenta) metros de mananciais de água,
moradias isoladas, agrupamentos de animais e vegetação suscetível a danos.
• Observe as disposições constantes na legislação estadual e municipal, concernentes
às atividades aeroagrícolas.
• Evite a contaminação ambiental - Preserve a Natureza.
• Não utilize equipamento com vazamentos.
• Não aplique o produto com ventos fortes ou nas horas mais quentes.
• Aplique somente as doses recomendadas.
• Não lave embalagens ou equipamento aplicador em lagos, fontes, rios e demais corpos
d’água. Evite a contaminação da água.
• A destinação inadequada de embalagens ou restos de produtos ocasiona
contaminação do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, a flora e a saúde das
pessoas.
1.1 INSTRUÇÕES DE MITIGAÇÃO PARA:
- Polinizadores
- Na cultura da Soja: Realizar as aplicações somente após o período de florescimento (a
partir de R4);
- Notificar os apicultores vizinhos antes das aplicações.
- Não permitir que a deriva de pulverização atinja áreas de vegetação natural ou outras
culturas floríferas nas proximidades.
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2. INSTRUÇÕES DE ARMAZENAMENTO DO PRODUTO, VISANDO SUA
CONSERVAÇÃO E PREVENÇÃO CONTRA ACIDENTES:
• Mantenha o produto em sua embalagem original sempre fechada.
• O local deve ser exclusivo para produtos tóxicos, devendo ser isolado de alimentos,
bebidas, rações ou outros materiais.
• A construção deve ser de alvenaria ou de material não combustível.
• O local deve ser ventilado, coberto e ter piso impermeável.
• Coloque placa de advertência com os dizeres: CUIDADO, VENENO.
• Tranque o local, evitando o acesso de pessoas não autorizadas, principalmente
crianças.
• Deve haver sempre embalagens adequadas disponíveis para envolver embalagens
rompidas ou para o recolhimento de produtos vazados.
• Em caso de armazéns, devem ser seguidas as instruções constantes na NBR 9843 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
• Observe as disposições constantes da legislação estadual e municipal.
3. INSTRUÇÕES EM CASO DE ACIDENTES:
• Isole e sinalize a área contaminada.
• Contate as autoridades locais competentes e a empresa SYNGENTA PROTEÇÃO DE
CULTIVOS LTDA.
• Telefone da empresa: 0800 704 4304.
• Utilize o equipamento de proteção individual (EPI) (macacão impermeável, luvas e
botas de borracha, óculos protetor e máscara com filtros).
• Em caso de derrame, estanque o escoamento, não permitindo que o produto entre em
bueiros, drenos ou corpos d’água. Siga as instruções a seguir:
• Piso pavimentado: absorva o produto com serragem ou areia, recolha o material com
o auxílio de uma pá e coloque em recipiente lacrado e identificado devidamente. O
produto derramado não deve ser mais utilizado. Neste caso, consulte o registrante pelo
telefone indicado no rótulo, para sua devolução e destinação final.
• Solo: retire as camadas de terra contaminada até atingir o solo não contaminado,
recolha esse material e coloque em recipiente lacrado e devidamente identificado.
Contate a empresa registrante conforme indicado.
• Corpos d’água: interrompa imediatamente a captação para o consumo humano ou
animal, contate o órgão ambiental mais próximo e o centro de emergência da empresa,
visto que as medidas a serem adotadas dependem das proporções do acidente, das
características do corpo hídrico em questão e da quantidade do produto envolvido. Em
caso de incêndio, use extintores de água em forma de neblina, de CO2 ou pó
químico, ficando a favor do vento, para evitar intoxicação.
4. PROCEDIMENTOS DE LAVAGEM, ARMAZENAMENTO, DEVOLUÇÃO,
TRANSPORTE E DESTINAÇÃO DE EMBALAGENS VAZIAS E RESTOS DE PRODUTOS
IMPRÓPRIOS PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO:
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Bula Completa – 19/09/2025
EMBALAGEM RÍGIDA LAVÁVEL
LAVAGEM DA EMBALAGEM:
Durante o procedimento de lavagem, o operador deve estar utilizando os mesmos EPIs –
Equipamentos de Proteção Individual – recomendados para o preparo da calda do produto.
Tríplice lavagem (lavagem manual):
Esta embalagem deve ser submetida ao processo de tríplice lavagem, imediatamente
após o seu esvaziamento, adotando os seguintes procedimentos:
• Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador,
mantendo-a na posição vertical durante 30 segundos;
• Adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume;
• Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos;
• Despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador;
• Faça essa operação três vezes;
• Inutilize a embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.
Lavagem sob pressão:
Ao utilizar pulverizadores dotados de equipamentos de lavagem sob pressão,
seguir os seguintes procedimentos:
• Encaixe a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no pulverizador;
• Acione o mecanismo para liberar o jato d’água;
• Direcione o jato d’água para todas as paredes internas da embalagem, por 30
segundos;
• A água de lavagem deve ser transferida para o tanque do pulverizador;
• Inutilize a embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.
Ao utilizar equipamento independente para lavagem sob pressão, adotar os
seguintes procedimentos:
• Imediatamente após o esvaziamento do conteúdo original da embalagem, mantê-
la invertida sobre a boca do tanque de pulverização, em posição vertical, durante
30 segundos;
• Mantenha a embalagem nessa posição, introduzir a ponta do equipamento de
lavagem sob pressão, direcionando o jato d’água para todas as paredes internas
da embalagem, por 30 segundos;
• Toda a água da lavagem é dirigida diretamente para o tanque do pulverizador;
• Inutilize a embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.
ARMAZENAMENTO DA EMBALAGEM VAZIA
• Após a realização da tríplice lavagem ou lavagem sob pressão, essa embalagem
deve ser armazenada com a tampa, em caixa coletiva, quando existente,
separadamente das embalagens não lavadas.
• O armazenamento das embalagens vazias, até sua devolução pelo usuário, deve
ser efetuado em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso
impermeável, ou no próprio local onde guardadas as embalagens cheias.
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DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA
• No prazo de até um ano da data da compra, é obrigatória a devolução da
embalagem vazia, com tampa, pelo usuário, ao estabelecimento onde foi adquirido
o produto ou no local indicado na nota fiscal, emitida no ato da compra.
• Caso o produto não tenha sido totalmente utilizado nesse prazo, e ainda esteja
dentro de seu prazo de validade, será facultada a devolução da embalagem em até
6 meses após o término do prazo de validade.
• O usuário deve guardar o comprovante de devolução para efeito de fiscalização,
pelo prazo mínimo de um ano após a devolução da embalagem vazia.
TRANSPORTE
• As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas,
medicamentos, rações, animais e pessoas.
EMBALAGEM RÍGIDA NÃO LAVÁVEL
ESTA EMBALAGEM NÃO PODE SER LAVADA
ARMAZENAMENTO DA EMBALAGEM VAZIA
• O armazenamento das embalagens vazias, até sua devolução pelo usuário, deve
ser efetuado em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso
impermeável, ou no próprio local onde são guardadas as embalagens cheias.
• Use luvas no manuseio dessa embalagem.
• Esta embalagem vazia deve ser armazenada com sua tampa, em caixa coletiva,
quando existente, separadamente das embalagens lavadas.
DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA
• No prazo de até um ano da data da compra, é obrigatória a devolução da
embalagem vazia, com tampa, pelo usuário, ao estabelecimento onde foi adquirido
o produto ou no local indicado na nota fiscal, emitida no ato da compra.
• Caso o produto não tenha sido totalmente utilizado nesse prazo, e ainda esteja
dentro de seu prazo de validade, será facultada a devolução da embalagem em até
seis meses após o término do prazo de validade.
• O usuário deve guardar o comprovante de devolução para efeito de fiscalização,
pelo prazo mínimo de um ano após a devolução da embalagem vazia.
TRANSPORTE
• As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas,
medicamentos, rações, animais e pessoas.
EMBALAGEM FLEXÍVEL
ESTA EMBALAGEM NÃO PODE SER LAVADA
ARMAZENAMENTO DA EMBALAGEM VAZIA
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Bula Completa – 19/09/2025
• O armazenamento da embalagem vazia, até sua devolução pelo usuário, deve ser
efetuado em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso impermeável,
ou no próprio local onde são guardadas as embalagens cheias.
• Use luvas no manuseio desta embalagem.
• Esta embalagem vazia deve ser armazenada separadamente das lavadas, em saco
plástico transparente (Embalagens Padronizadas – modelo ABNT), devidamente
identificado e com lacre, que deve ser adquirido nos Canais de Distribuição.
DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA
• No prazo de até um ano da data da compra, é obrigatória a devolução da
embalagem vazia, com tampa, pelo usuário, ao estabelecimento onde foi adquirido
o produto ou no local indicado na nota fiscal, emitida no ato da compra.
• Caso o produto não tenha sido totalmente utilizado nesse prazo, e ainda esteja
dentro de seu prazo de validade, será facultada a devolução da embalagem em até
6 meses após o término do prazo de validade.
• O usuário deve guardar o comprovante de devolução para efeito de fiscalização,
pelo prazo mínimo de um ano após a devolução da embalagem vazia.
TRANSPORTE
• Inutilize a embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.
• As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas,
medicamentos, rações, animais e pessoas. Devem ser transportadas em saco
plástico transparente (Embalagens Padronizadas – modelo ABNT), devidamente
identificado e com lacre, que deve ser adquirido nos Canais de Distribuição.
EMBALAGEM SECUNDÁRIA (NÃO CONTAMINADA)
ESTA EMBALAGEM NÃO PODE SER LAVADA
ARMAZENAMENTO DA EMBALAGEM VAZIA
• O armazenamento das embalagens vazias, até sua devolução pelo usuário, deve
ser efetuado em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso
impermeável, no próprio local onde são guardadas as embalagens cheias.
DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA
• É obrigatória a devolução da embalagem vazia, pelo usuário, ao estabelecimento
onde foi adquirido o produto ou no local indicado na nota fiscal, emitida pelo
estabelecimento comercial.
TRANSPORTE
• As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas,
medicamentos, rações, animais e pessoas.
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DESTINAÇÃO FINAL DAS EMBALAGENS VAZIAS
• A destinação final das embalagens vazias, após a devolução pelos usuários,
somente pode ser realizada pela Empresa Registrante ou por empresas legalmente
autorizadas pelos órgãos competentes.
• É PROIBIDO AO USUÁRIO A REUTILIZAÇÃO E A RECICLAGEM DESTA
EMBALAGEM VAZIA OU O FRACIONAMENTO E REEMBALAGEM DESTE
PRODUTO.
• EFEITOS SOBRE O MEIO AMBIENTE DECORRENTES DA DESTINAÇÃO
INADEQUADA DA EMBALAGEM VAZIA E RESTOS DE PRODUTOS.
• A destinação inadequada das embalagens vazias e restos de produtos no meio
ambiente causa contaminação do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, a
flora e a saúde das pessoas.
PRODUTOS IMPRÓPRIOS PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO
• Caso este produto venha a se tornar impróprio para utilização ou em desuso,
consulte o registrante pelo telefone indicado no rótulo, para sua devolução e
destinação final.
• A desativação do produto é feita pela incineração em fornos destinados para este
tipo de operação, equipados com câmaras de lavagem de gases efluentes e
aprovados por órgão ambiental competente.
5. TRANSPORTE DE AGROTÓXICOS, COMPONENTES E AFINS:
• O transporte está sujeito às regras e aos procedimentos estabelecidos na legislação
específica, bem como determina que os agrotóxicos não podem ser transportados
junto de pessoas, animais, rações, medicamentos e outros materiais.
6. RESTRIÇÕES ESTABELECIDAS POR ÓRGÃO COMPETENTE DO ESTADO,
DISTRITO FEDERAL OU MUNICIPAL:
• De acordo com as recomendações aprovadas pelos órgãos responsáveis.