Miravis XTRA
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo/SP
Fungicida
Azoxistrobina (estrobilurina) (100.05 g/L) + Pidiflumetofen (carboxamida) (75.04 g/L) + propiconazol (triazol) (125 g/L)

Informações

Número de Registro
08825
Marca Comercial
Miravis XTRA
Formulação
SE - Suspo-Emulsão
Ingrediente Ativo
Azoxistrobina (estrobilurina) (100.05 g/L) + Pidiflumetofen (carboxamida) (75.04 g/L) + propiconazol (triazol) (125 g/L)
Titular de Registro
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo/SP
Classe
Fungicida
Modo de Ação
Classe Toxicológica
Categoria 4 – Produto Pouco Tóxico
Classe Ambiental
Produto Muito Perigoso ao Meio Ambiente

Registrado para

Cultura
Nome Científico
Nome Comum
Aveia
Drechslera avenae
Helmintosporiose
Centeio
Drechslera tritici-repentis
Mancha-amarela; Mancha-bronzeada-da-folha
Cevada
Drechslera teres
Mancha-em-rede-da-cevada; Mancha-reticular
Trigo
Drechslera tritici-repentis
Mancha-amarela; Mancha-bronzeada-da-folha
Triticale
Drechslera tritici-repentis
Mancha-amarela; Mancha-bronzeada-da-folha

Conteúdo da Bula

                                    MIRAVIS XTRA
                                                                          Bula completa – 19.08.2025


                                                                            Logomarca do produto

                                     MIRAVIS XTRA
      Registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária - MAPA sob nº 08825

COMPOSIÇÃO:
methyl (E)-2-{2-[6-(2-cyanophenoxy)pyrimidin-4-yloxy]phenyl}-3-methoxyacrylate
(AZOXISTROBINA)...................................................................100,05 g/L (10,00% m/v)
(RS)-1-[2-(2,4-dichlorophenyl)-4-propyl-1,3-dioxolan-2-ylmethyl]-1H-1,2,4-triazole
(PROPICONAZOL)...................................................................125,00 g/L (12,50% m/v)
3-(difluoromethyl)-N-methoxy-1-methyl-N-[(RS)-1-methyl-2-(2,4,6-
trichlorophenyl)ethyl]-1H-pyrazole-4-carboxamide
(PIDIFLUMETOFEM).....................................................................75,04 g/L (7,50% m/v)
Outros ingredientes:................................................................773,40 g/L (77,34% m/v)

             GRUPO                                C3                           FUNGICIDA
             GRUPO                                G1                           FUNGICIDA
             GRUPO                                C2                           FUNGICIDA

CONTEÚDO: VIDE RÓTULO
CLASSE: FUNGICIDA TRANSLAMINAR SISTÊMICO
GRUPO QUÍMICO: AZOXISTROBINA (ESTROBILURINA),                                       PROPICONAZOL
(TRIAZOL) E PIDIFLUMETOFEM (PIRAZOLCARBOXAMIDA)
TIPO DE FORMULAÇÃO: SUSPOEMULSÃO (SE)

TITULAR DO REGISTRO (*):
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. - Rua Doutor Rubens Gomes Bueno, 691, 11º e
13º andares, Torre Sigma, Bairro Várzea de Baixo, CEP: 04730-000, São Paulo/SP,
Fone: (11) 5643-2322, CNPJ: 60.744.463/0001-90 - Cadastro na SAA/CDA/SP sob nº
001.
(*) IMPORTADOR DO PRODUTO FORMULADO

FABRICANTE DO PRODUTO TÉCNICO:

AZOXYSTROBIN TÉCNICO – Registro MAPA nº 01598:
Syngenta Limited - Grangemouth Manufacturing Centre, Earls Road, Grangemouth,
Stirlingshire FK3 8XG, Reino Unido.
Saltigo GmbH. – Chempark Leverkusen, 51369 Leverkusen – Alemanha.

AZOXISTROBINA TÉCNICO AGRISOR – Registro MAPA n° 31319:
CAC Nantong Chemical Co., Ltd. – Fourth Huanghai Road, Yangkou Chemical Industrial
Park, Rudong Country, 226407, Nantong, Jiangsu – China.

AZOXYSTROBIN TÉCNICO BAILLY – Registro MAPA n° 1618:
Thaizhou Bailly Chemical Co. Ltd – Nº 9, Zhonggang Road, Taixing Economic
Developing Zone, Taixing City, Jiangsu, 225404 – China.

AZOXYSTROBIN TÉCNICO PROVENTIS – Registro MAPA n° 23416:
Shangyu Nutrichem Co., Ltd – Nº 9, Weijiu Road, Hangzhou Bay Shangyu Economic
and Technological Development, 312369, Zhejiang – China.

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                                                              Bula completa – 19.08.2025


PROPICONAZOLE TÉCNICO – Registro MAPA nº 2748398:
Syngenta Crop Protection AG – Rue de l'Ile-au-Bois, CH-1870, Monthey – Suíça.
NACL Industries Limited – Plot Nº 177, Arinama, Akkivalasa Village, Allinagaram Post,
Etcherla Mandal, Srikakulam – 532 403, Andra Pradesh, Índia.
Youjia Crop Protection Co., Ltd – Fifth TongHai Road, Rudong Coastal Economic
Development Zone, Nantong, Jiangsu, China, 226407.

PYDIFLUMETOFEN TÉCNICO – Registro MAPA nº TC01922:
Syngenta Crop Protection AG – Rue de I’lle-au-Bois, CH-1870, Monthey - Suíça.
Syngenta Crop Protection AG - Breitenloh 5, CH 4333, Münchwilen - Suíça.
Syngenta Nantong Crop Protection CO., LTD - No. 1 Zhongyang Road, Nantong
Economic and Technological Development Area, Nantong, Jiangsu, 226009, China.

FORMULADOR:

Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – Rodovia Professor Zeferino Vaz, SP 332, s/nº,
km 127,5, Bairro Santa Terezinha – CEP: 13148-915 – Paulínia/SP – CNPJ:
60.744.463/0010-80 – Cadastro na SAA/CDA/SP sob nº 453.
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – Rua Bonifácio Rosso Ros, nº 260, Bairro Cruz
Alta – CEP: 13348-790 – Indaiatuba/SP – CNPJ: 60.744.463/0096-50 – Cadastro na
SAA/CDA/SP sob nº 4476.
Syngenta Limited – Grangemouth Manufacturing Centre, Earls Road, Grangemouth,
Stirlingshire FK3 8XG, Reino Unido.
Syngenta Crop Protection, LLC. – 4111, Gibson Road – 68107 – Omaha – Nebraska
– EUA.
Syngenta S.A. – Cartagena Site, Km 6 vía Mamonal – Cartagena, Colômbia.
Syngenta South Africa (Pty) Limited – 4 Krokodildrift Avenue, Brits 0250 – South
Africa.

   “O nome do produto e o logo Syngenta são marcas de uma companhia do grupo
                                   Syngenta”.

               Nº do Lote ou da Partida:
               Data de Fabricação:              VIDE EMBALAGEM
               Data de Vencimento:

     ANTES DE USAR O PRODUTO LEIA O RÓTULO, A BULA E A RECEITA
             AGRONÔMICA E CONSERVE-OS EM SEU PODER.
   É OBRIGATÓRIO O USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
                            PROTEJA-SE.
          É OBRIGATÓRIA A DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA.

                               AGITE ANTES DE USAR

   Indústria Brasileira (Dispor este termo quando houver processo industrial no Brasil,
        conforme previsto no Art. 4º do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010)

CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA: CATEGORIA 4 – PRODUTO POUCO TÓXICO.
CLASSIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE PERICULOSIDADE AMBIENTAL: CLASSE II
           - PRODUTO MUITO PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE.

                                            2
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                                        Bula completa – 19.08.2025




Cor da faixa: Azul PMS Blue 293 C




                                    3
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                                                                           Bula completa – 19.08.2025


INSTRUÇÕES DE USO:

                                    DOSES          NÚMERO
                DOENÇAS
                                     (p.c.)        MÁXIMO      VOLUME       ÉPOCA, NÚMERO E INTERVALO
 CULTURAS
             NOME COMUM                              DE       DE CALDA            DE APLICAÇÃO
            NOME CIENTÍFICO        mL p.c./ha    APLICAÇÕES
                                                                            ÉPOCA: Iniciar as aplicações
                                                                            preventivamente. Se necessário
                                                                            reaplicar em intervalos de até 21
                                                                            dias. Realizar no máximo 3
                                                                            aplicações por ciclo da cultura. Se
                                                              Aplicação     forem       necessárias        mais
                                   400 - 1000                 Terrestre:    aplicações, complementar com
                                                              100 a 200     fungicida(s) de outro(s) grupo(s)
            Helmintosporiose         (Utilizar                  L/ha        químico(s). Utilizar as doses mais
                                    adjuvante
  AVEIA                                              3                      baixas sob condições de menor
                                   específico,
            Drechslera avenae      recomenda                  Aplicação     pressão da doença e utilização de
                                     do pelo                   Aérea:       variedades tolerantes. Já as doses
                                   fabricante)                 20 a 40      maiores, utilizar em situações de
                                                                L/ha        maiores pressões da doença
                                                                            (utilização de variedades mais
                                                                            suscetíveis e/ou histórico da
                                                                            doença na região), associado a
                                                                            condições climáticas favoráveis ao
                                                                            desenvolvimento do fungo.
                                                                            ÉPOCA: Iniciar as aplicações
                                                                            preventivamente. Se necessário
                                                                            reaplicar em intervalos de até 21
                                                                            dias. Realizar no máximo 3
                                                                            aplicações por ciclo da cultura. Se
                                                              Aplicação     forem       necessárias        mais
                                   400 - 1000                 Terrestre:    aplicações, complementar com
                                                              100 a 200     fungicida(s) de outro(s) grupo(s)
            Mancha-amarela           (Utilizar                  L/ha        químico(s). Utilizar as doses mais
                                    adjuvante                               baixas sob condições de menor
 CENTEIO                                             3
             Drechslera tritici-   específico,
                                   recomenda                  Aplicação     pressão da doença e utilização de
                 repentis
                                     do pelo                   Aérea:       variedades tolerantes. Já as doses
                                   fabricante)                 20 a 40      maiores, utilizar em situações de
                                                                L/ha        maiores pressões da doença
                                                                            (utilização de variedades mais
                                                                            suscetíveis e/ou histórico da
                                                                            doença na região), associado a
                                                                            condições climáticas favoráveis ao
                                                                            desenvolvimento do fungo.
                                                                            ÉPOCA: Iniciar as aplicações
                                                                            preventivamente. Se necessário
                                                                            reaplicar em intervalos de até 21
                                                                            dias. Realizar no máximo 3
                                                                            aplicações por ciclo da cultura. Se
                                                              Aplicação     forem       necessárias        mais
                                   400 - 1000                 Terrestre:    aplicações, complementar com
                                                              100 a 200     fungicida(s) de outro(s) grupo(s)
                                     (Utilizar                  L/ha        químico(s). Utilizar as doses mais
            Mancha-reticular
                                    adjuvante
 CEVADA                                              3                      baixas sob condições de menor
                                   específico,
             Drechslera teres                                               pressão da doença e utilização de
                                   recomenda                  Aplicação
                                     do pelo                   Aérea:       variedades tolerantes. Já as doses
                                   fabricante)                 20 a 40      maiores, utilizar em situações de
                                                                L/ha        maiores pressões da doença
                                                                            (utilização de variedades mais
                                                                            suscetíveis e/ou histórico da
                                                                            doença na região), associado a
                                                                            condições climáticas favoráveis ao
                                                                            desenvolvimento do fungo.




                                                    4
                                                                                       MIRAVIS XTRA
                                                                            Bula completa – 19.08.2025


                                     DOSES          NÚMERO
                 DOENÇAS
                                      (p.c.)        MÁXIMO      VOLUME       ÉPOCA, NÚMERO E INTERVALO
 CULTURAS
              NOME COMUM                              DE       DE CALDA            DE APLICAÇÃO
             NOME CIENTÍFICO        mL p.c./ha    APLICAÇÕES
                                                                             ÉPOCA: Iniciar as aplicações
                                                                             preventivamente. Se necessário
                                                                             reaplicar em intervalos de até 21
                                                                             dias. Realizar no máximo 3
                                                                             aplicações por ciclo da cultura. Se
                                                               Aplicação     forem       necessárias        mais
                                    400 - 1000                 Terrestre:    aplicações, complementar com
                                                               100 a 200     fungicida(s) de outro(s) grupo(s)
             Mancha-amarela           (Utilizar                  L/ha        químico(s). Utilizar as doses mais
   TRIGO                             adjuvante
                                                      3                      baixas sob condições de menor
              Drechslera tritici-   específico,
                                    recomenda                  Aplicação     pressão da doença e utilização de
                  repentis
                                      do pelo                   Aérea:       variedades tolerantes. Já as doses
                                    fabricante)                 20 a 40      maiores, utilizar em situações de
                                                                 L/ha        maiores pressões da doença
                                                                             (utilização de variedades mais
                                                                             suscetíveis e/ou histórico da
                                                                             doença na região), associado a
                                                                             condições climáticas favoráveis ao
                                                                             desenvolvimento do fungo.
                                                                             ÉPOCA: Iniciar as aplicações
                                                                             preventivamente. Se necessário
                                                                             reaplicar em intervalos de até 21
                                                                             dias. Realizar no máximo 3
                                                                             aplicações por ciclo da cultura. Se
                                                               Aplicação     forem       necessárias        mais
                                    400 - 1000                 Terrestre:    aplicações, complementar com
                                                               100 a 200     fungicida(s) de outro(s) grupo(s)
             Mancha-amarela           (Utilizar                  L/ha        químico(s). Utilizar as doses mais
                                     adjuvante
 TRITICALE                                            3                      baixas sob condições de menor
              Drechslera tritici-   específico,
                                    recomenda                  Aplicação     pressão da doença e utilização de
                  repentis
                                      do pelo                   Aérea:       variedades tolerantes. Já as doses
                                    fabricante)                 20 a 40      maiores, utilizar em situações de
                                                                 L/ha        maiores pressões da doença
                                                                             (utilização de variedades mais
                                                                             suscetíveis e/ou histórico da
                                                                             doença na região), associado a
                                                                             condições climáticas favoráveis ao
                                                                             desenvolvimento do fungo.


MODO DE APLICAÇÃO:

MIRAVIS XTRA deve ser aplicado nas dosagens recomendadas, diluído em água, para
as culturas registradas.

A boa cobertura de todos os tecidos da parte aérea das plantas é fundamental para o
sucesso de controle das doenças, independente do equipamento utilizado (terrestre ou
aéreo). Desta forma o tipo e calibração do equipamento, estágio de desenvolvimento da
cultura, bem como as condições ambientais em que a aplicação é conduzida, devem
balizar o volume de calda, pressão de trabalho e diâmetro de gotas, a ser utilizado.

Aplicação terrestre:

Aplicação foliar: A pulverização deve ser realizada, a fim de assegurar uma boa
cobertura foliar da cultura.
O equipamento de pulverização deverá ser adequado para a cultura, de acordo com a
forma de cultivo e a topografia do terreno, podendo ser costal manual ou motorizado;
turbo atomizador ou tratorizado com barra ou auto-propelido. Os tipos de bicos podem
ser de jato cônico vazio ou jato plano (leque), que proporcionem um tamanho de gota
                                                     5
                                                                        MIRAVIS XTRA
                                                             Bula completa – 19.08.2025


com DMV (diâmetro mediano volumétrico) entre 150 a 400 µm (micrômetro) e uma
densidade de gotas mínima de 20 gotas/cm2. A velocidade do trator deverá ser de
acordo com a topografia do terreno. A pressão de trabalho deve estar de acordo com
as recomendações do fabricante do bico utilizado, variando entre 100 a 1000 Kpa (= 15
a 150 PSI).
O equipamento de aplicação deverá apresentar uma cobertura uniforme na parte
tratada.
Se utilizar outro tipo de equipamento, procurar obter uma cobertura uniforme na parte
aérea da cultura.
Recomenda-se aplicar com temperatura inferior a 30°C, com umidade relativa acima de
50% e ventos de 3 a 15 km/hora.

Aplicação aérea:

A pulverização deve ser realizada a fim de assegurar uma boa cobertura foliar das
culturas citadas na bula.
Utilizar barra com um volume de 20 a 40 litros de calda por ha. Usar bicos apropriados
para esse tipo de aplicação, como por exemplo, hidráulicos ou atomizadores que gerem
gotas médias.
É recomendado que os demais parâmetros operacionais, isto é, velocidade, largura de
faixa, etc., também sejam escolhidos visando à geração de gotas médias.
O diâmetro de gotas deve ser ajustado para cada volume de aplicação em litros por ha,
para proporcionar a cobertura adequada e a densidade de gotas desejada.
Observar ventos em velocidade média de 3 a 10 km/hora, temperatura inferior a 30°C,
umidade relativa superior a 50%, visando reduzir ao mínimo as perdas por deriva ou
evaporação. Não aplicar em alturas menores do que 2 metros ou maiores do que 5
metros.
O equipamento de aplicação deverá apresentar uma cobertura uniforme na parte
tratada. Se utilizar outro tipo de equipamento, procurar obter uma cobertura uniforme na
parte aérea da cultura.
A critério do Engenheiro Agrônomo Responsável, as condições de aplicação podem ser
flexibilizadas.

Obs.: Dentre os fatores climáticos, a umidade relativa do ar é o mais limitante, portanto
deverá ser constantemente monitorada com termo higrômetro.
Quando utilizar aplicações por via aérea deverá obedecer às normas técnicas de
operação previstas nas portarias do Decreto Lei 86.765 do Ministério da Agricultura.

Aplicação via drones agrícolas: O produto MIRAVIS XTRA pode ser aplicado através
de drones agrícolas, devendo ser adequados para cada tipo de cultura e alvo, provido
de pontas, com espaçamento, vazão, pressão de trabalho corretamente calibrados e
que proporcionem uma vazão adequada para se obter uma boa cobertura das plantas.
O equipamento de aplicação deve estar em perfeitas condições de funcionamento,
isento de desgaste e vazamentos, seguindo todas as orientações e normativas do
MAPA e ANAC. A altura de voo deverá ser de acordo com o tipo de drone utilizado,
procurando manter média de 2 metros acima do topo da planta, ou menor quando
possível. A largura da faixa de deposição efetiva varia principalmente com a altura de
voo, porte da aeronave e diâmetro das gotas. Esta deve ser determinada mediante
testes de deposição com equipamentos que serão empregados na aplicação, sendo
recomendado o uso de gotas com diâmetro médio. Utilizar volume ou taxa de aplicação
                                           6
                                                                        MIRAVIS XTRA
                                                             Bula completa – 19.08.2025


mínima de 20 L/ha. Quando utilizar aplicações via drones agrícolas obedecer às normas
técnicas de operação previstas na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) pelo
regulamento brasileiro de aviação civil especial (RBAC) nº 94 e pelas diretrizes e
orientações do Ministério da Agricultura (MAPA).

Utilizar técnicas de redução de deriva, tais como:
- Adotar condições operacionais que possibilitem redução de deriva (menor velocidade
e altura da pulverização com média de 2 metros, adequadas ao equipamento em uso);
- Planejar a calda de aplicação para que esta não ofereça maior risco de deriva;
- Adequar a distância entre a aplicação e as áreas que precisam ser protegidas, de
acordo com a técnica utilizada e as condições climáticas vigentes;
- Respeitar as faixas de segurança, de acordo com a legislação vigente.

Modo de preparo de calda:
  1. Agitar vigorosamente o produto antes da diluição, ainda na embalagem.
  2. O abastecimento do tanque do pulverizador deve ser feito enchendo o tanque
      até a metade da sua capacidade com água, mantendo o agitador ou retorno em
      funcionamento e então adicionar a quantidade recomendada do fungicida e em
      seguida adicionar o adjuvante recomendado pelo fabricante, caso necessário.
      Após isso, proceder a homogeneização e completar o volume do tanque com
      água. A agitação deve ser constante durante a preparação e aplicação do
      produto.
  3. Preparar apenas a quantidade necessária de calda para uma aplicação,
      pulverizando logo após a sua preparação.
  4. Caso aconteça algum imprevisto que interrompa a agitação do produto
      possibilitando a formação de depósitos no fundo do tanque do pulverizador,
      agitar vigorosamente a calda antes de reiniciar a operação.

INTERVALO DE SEGURANÇA:

                         Cultura                 Dias
                          Aveia                   30
                         Centeio                  30
                         Cevada                   30
                          Trigo                   30
                         Triticale                30

INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS:
Não permitir o ingresso dos trabalhadores à área tratada antes da secagem do produto
na cultura, que em geral, em condições normais de temperatura, ocorre em um período
de 4 horas. Caso seja necessário o ingresso antes deste período, deve-se utilizar
equipamento de proteção individual padrão recomendados em rotulagem para a
atividade de aplicação.




LIMITAÇÕES DE USO:
Utilize este produto de acordo com as recomendações em rótulo e bula. Esta é uma
ação importante para obter resíduos dentro dos limites permitidos no Brasil (referência:

                                           7
                                                                       MIRAVIS XTRA
                                                            Bula completa – 19.08.2025


monografia da ANVISA). No caso de o produto ser utilizado em uma cultura de
exportação, verifique, antes de usar, os níveis máximos de resíduos aceitos no país de
destino para as culturas tratadas com este produto, uma vez que eles podem ser
diferentes dos valores permitidos no Brasil ou não terem sido estabelecidos. Em caso
de dúvida, consulte o seu exportador e/ou importador.

Respeite as leis federais, estaduais e o Código Florestal, em especial a delimitação de
Área de Preservação Permanente, observando as distâncias mínimas por eles
definidas. Nunca aplique este produto em distâncias inferiores a 30 metros de corpos
d’água em caso de aplicação terrestre, e 250 metros em caso de aplicação aérea. E
utilize-se sempre das Boas Práticas Agrícolas para a conservação do solo, entre elas a
adoção de curva de nível em locais de declive e o plantio direto.

Observar as Normas e Legislações complementares sobre segurança no trabalho.

Fitotoxicidade para as culturas indicadas:
Quando utilizado de acordo com as recomendações da bula, MIRAVIS XTRA não causa
fitotoxicidade para as culturas indicadas.

INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL A
SEREM UTILIZADOS: VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DA SAÚDE
HUMANA.

INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO A SEREM USADOS:
VIDE “MODO DE APLICAÇÃO”.

DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE TRÍPLICE LAVAGEM DA EMBALAGEM OU
TECNOLOGIA EQUIVALENTE: VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO
AMBIENTE.

INFORMAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA A DEVOLUÇÃO,
DESTINAÇÃO, TRANSPORTE, RECICLAGEM, REUTILIZAÇÃO E INUTILIZAÇÃO
DAS EMBALAGENS VAZIAS: VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO
AMBIENTE.

INFORMAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA A DEVOLUÇÃO E
DESTINAÇÃO DE PRODUTOS IMPRÓPRIOS PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE.

RECOMENDAÇÕES PARA O MANEJO DA RESISTÊNCIA A FUNGICIDAS:

O uso sucessivo de fungicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo
alvo pode contribuir para o aumento da população de fungos causadores de doenças
resistentes a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e
consequente prejuízo.

Como prática de manejo de resistência e para evitar os problemas com a resistência dos
fungicidas, seguem algumas recomendações:
   • Alternância de fungicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo C3, do
        Grupo G1 e do Grupo C2 para o controle do mesmo alvo, sempre que possível;
   • Adotar outras práticas de redução da população de patógenos, seguindo as
        boas práticas agrícolas, tais como rotação de culturas, controles culturais,
        cultivares com gene de resistência quando disponíveis, etc;
                                          8
                                                                        MIRAVIS XTRA
                                                             Bula completa – 19.08.2025



   •   Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula
       do produto;
   •   Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das
       principais estratégias regionais sobre orientação técnica de tecnologia de
       aplicação e manutenção da eficácia dos fungicidas;
   •   Informações sobre possíveis casos de resistência em fungicidas no controle de
       fungos patogênicos devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade
       Brasileira de Fitopatologia (SBF: www.sbfito.com.br), Comitê de Ação à
       Resistência de Fungicidas (FRAC-BR: www.frac-br.org), Ministério da
       Agricultura e Pecuária (MAPA: www.agricultura.gov.br).

           GRUPO                          C3                       FUNGICIDA
           GRUPO                          G1                       FUNGICIDA
           GRUPO                          C2                       FUNGICIDA

O produto fungicida MIRAVIS XTRA é composto por azoxistrobina, propiconazol e
pidiflumetofem. Estes ingredientes ativos apresentam, respectivamente, mecanismos
de ação no complexo III: citocromo bc 1 (ubiquinol oxidase) no sítio Qo, pertencente ao
grupo C3, no sítio C14- desmetilase na biossíntese de esterol (erg11/cyp51),
pertencente ao Grupo G1 e no complexo II: succinato-desidrogenase, pertencente ao
grupo C2, segundo classificação internacional do FRAC (Comitê de Ação à Resistência
de Fungicidas).

INFORMAÇÕES SOBRE MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS:
Recomenda-se, de maneira geral, o manejo integrado de doenças, envolvendo todos
os princípios e medidas disponíveis e viáveis de controle. O uso de sementes sadias,
variedades resistentes, rotação de culturas, época adequada de semeadura, adubação
equilibrada, fungicidas, controle biológico, manejo da irrigação e outros, visam o melhor
equilíbrio do sistema.

             DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DA SAÚDE HUMANA

   ANTES DE USAR O PRODUTO, LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES DA
                              BULA.

PRECAUÇÕES GERAIS:
• Produto para uso exclusivamente agrícola.
• O manuseio do produto deve ser realizado apenas por trabalhador capacitado.
• Não coma, não beba e não fume durante o manuseio e a aplicação do produto.
• Não transporte o produto juntamente com alimentos, medicamentos, rações, animais
  e pessoas.
• Não manuseie ou aplique o produto sem os Equipamentos de Proteção Individual
  (EPI) recomendados.
• Não utilize equipamentos com vazamentos ou defeitos e não desentupa bicos,
  orifícios e válvulas com a boca.
• Não utilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI) danificados, úmidos, vencidos
  ou com vida útil fora da especificação. Siga as recomendações determinadas pelo
  fabricante.
• Não aplique o produto perto de escolas, residências e outros locais de permanência
  de pessoas e de áreas de criação de animais. Siga as orientações técnicas
  específicas de um profissional habilitado.

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                                                           Bula completa – 19.08.2025



• Caso ocorra contato acidental da pessoa com o produto, siga as orientações
  descritas em primeiros socorros e procure rapidamente um serviço médico de
  emergência.
• Mantenha o produto adequadamente fechado, em sua embalagem original, em local
  trancado, longe do alcance de crianças e de animais.
• Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados devem ser vestidos na
  seguinte ordem: Macacão com tratamento hidrorrepelente com mangas e calças
  compridas, botas de borracha, avental impermeável, equipamento de proteção
  respiratória com filtro mecânico classe P2 ou PFF2, óculos de segurança com
  proteção lateral, touca árabe e luvas de proteção para produtos químicos.
• Seguir as recomendações do fabricante do Equipamento de Proteção Individual (EPI)
  com relação à forma de limpeza, conservação e descarte do EPI danificado.

PRECAUÇÕES DURANTE A PREPARAÇÃO DA CALDA:
• Utilize equipamento de proteção individual (EPI): Macacão com tratamento
   hidrorrepelente com mangas e calças compridas, botas de borracha, avental
   impermeável, equipamento de proteção respiratória com filtro mecânico classe P2 ou
   PFF2, óculos de segurança com proteção lateral, touca árabe e luvas de proteção
   para produtos químicos.
• Manuseie o produto em local aberto e ventilado, utilizando os Equipamentos de
   Proteção Individual (EPI) recomendados.
• Ao abrir a embalagem, faça-o de modo a evitar respingos.
Além disso, recomendações adicionais de segurança podem ser adotadas pelo técnico
responsável pela preparação da calda, em função do método utilizado ou da adoção de
medidas coletivas de segurança.

PRECAUÇÕES DURANTE A APLICAÇÃO DO PRODUTO:
• Evite ao máximo possível o contato com a área tratada.
• Aplique o produto somente nas doses recomendadas e observe o intervalo de
   segurança (intervalo de tempo entre a última aplicação e a colheita).
• Não permita que animais, crianças ou qualquer pessoa não autorizada entrem na
   área em que estiver sendo aplicado o produto.
• Não aplique o produto na presença de ventos fortes e nas horas mais quentes do dia,
   respeitando as melhores condições climáticas para cada região.
• Verifique a direção do vento e aplique de modo a não entrar em contato, ou permitir
   que outras pessoas também entrem em contato, com a névoa do produto.
• Utilize equipamento de proteção individual (EPI): Macacão com tratamento
   hidrorrepelente com mangas e calças compridas, botas de borracha, equipamento
   de proteção respiratória com filtro mecânico classe P2 ou PFF2, óculos de segurança
   com proteção lateral, touca árabe e luvas de proteção para produtos químicos.
Recomendações adicionais de segurança podem ser adotadas pelo técnico responsável
pela aplicação em função do método utilizado ou da adoção de medidas coletivas de
segurança.
PRECAUÇÕES APÓS A APLICAÇÃO DO PRODUTO:
• Sinalizar a área tratada com os dizeres: “PROIBIDA A ENTRADA. ÁREA TRATADA”
   e manter os avisos até o final do período de reentrada.
• Evite ao máximo possível o contato com a área tratada. Caso necessite entrar na
   área tratada com o produto antes do término do intervalo de reentrada, utilize os
   Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados para o uso durante a
   aplicação.
• Não permita que animais, crianças ou qualquer pessoa não autorizada entrem em
   áreas tratadas logo após a aplicação.
                                         10
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                                                            Bula completa – 19.08.2025



• Aplique o produto somente nas doses recomendadas e observe o intervalo de
   segurança (intervalo de tempo entre a última aplicação e a colheita).
• Antes de retirar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), sempre lave as luvas
   ainda vestidas para evitar contaminação.
• Mantenha o restante do produto adequadamente fechado em sua embalagem
   original, em local trancado, longe do alcance de crianças e animais.
• Tome banho imediatamente após a aplicação do produto e troque as roupas.
• Lave as roupas e os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) separados das
   demais roupas da família. Ao lavar as roupas, utilizar luvas e avental impermeáveis.
• Após cada aplicação do produto faça a manutenção e a lavagem dos equipamentos
   de aplicação.
• Não reutilizar a embalagem vazia.
• No descarte de embalagens, utilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI):
   macacão com tratamento hidrorrepelente com mangas e calças compridas, luvas de
   proteção para produtos químicos e botas de borracha.
• Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados devem ser retirados
   na seguinte ordem: touca árabe, óculos de segurança com proteção lateral, botas de
   borracha, macacão com tratamento hidrorrepelente com mangas e calças compridas,
   luvas de proteção para produtos químicos e equipamento de proteção respiratória
   com filtro mecânico classe P2 ou PFF2.
• A manutenção e a limpeza do EPI devem ser realizadas por pessoa treinada e
   devidamente protegida.
Recomendações adicionais de segurança podem ser adotadas pelo técnico responsável
pela aplicação em função do método utilizado ou da adoção de medidas coletivas de
segurança.



                                                  Nocivo se ingerido
                              ATENÇÃO             Nocivo se inalado
                                                  Provoca irritação ocular grave




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                                                                   Bula completa – 19.08.2025



PRIMEIROS SOCORROS: Procure imediatamente um serviço médico de emergência
levando a embalagem, rótulo, bula, folheto informativo e/ou receituário agronômico do
produto.

Ingestão: Se engolir o produto, não provoque vômito, exceto quando houver indicação
médica. Caso o vômito ocorra naturalmente, deite a pessoa de lado. Não dê nada para beber
ou comer.

Olhos: ATENÇÃO: O PRODUTO PROVOCA IRRITAÇÃO OCULAR GRAVE. Em caso de
contato, lave com muita água corrente, durante pelo menos 15 minutos. Evite que a água de
lavagem entre no outro olho. Caso utilize lente de contato, deve-se retirá-la.

Pele: Em caso de contato, tire toda a roupa e acessórios (cinto, pulseiras, óculos, relógio,
anéis etc.) contaminados e lave a pele com muita água corrente e sabão neutro, por pelo
menos 15 minutos.

Inalação: Se o produto for inalado (“respirado”), leve a pessoa para um local aberto e
ventilado.

A pessoa que ajudar deve se proteger da contaminação, usando luvas e avental
impermeáveis, por exemplo.


                            INTOXICAÇÕES POR MIRAVIS XTRA
                                INFORMAÇÕES MÉDICAS

Grupo químico                AZOXISTROBINA: ESTROBILURINA
                             PROPICONAZOL: TRIAZOL
                             PIDIFLUMETOFEM: PIRAZOLCARBOXAMIDA
Classe
                             Categoria 4 – Produto pouco tóxico
toxicológica
Vias de exposição
                             Oral, inalatória, ocular e dérmica.

Toxicocinética               Pidiflumetofem: A absorção do pidiflumetofem foi de 85-90% em ratos
                             após administração oral única. Teve ampla distribuição, com as maiores
                             concentrações observadas no fígado e rins. O pidiflumetofem foi
                             amplamente metabolizado em ambas as espécies por desmetilação,
                             hidroxilação e decloração, juntamente com conjugação por glucuronídeos
                             e sulfatos. Mais de 91% da dose foi eliminada em 48 horas e a excreção
                             foi essencialmente completa em 168 horas. Em camundongos, a
                             excreção ocorreu em até sete dias, sendo mais de 87% eliminado já nas
                             primeiras 24 horas. Em ambas as espécies, a excreção se deu
                             predominante pelas fezes e, em menor proporção, pela urina. Em ratos,
                             houve evidência de circulação enterohepática e menos de 7,9% da dose
                             foi excretada na sua forma inalterada.

                             Azoxistrobina: Estudos em ratos e coelhos demonstraram que a
Toxicocinética               azoxistrobina é altamente absorvida pela via oral (≥ 86%) e de maneira
                             dose-dependente. Ela é amplamente distribuída pelo organismo, com as
                                               12
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                                                   Bula completa – 19.08.2025



                 maiores concentrações observadas no intestino delgado e grosso, fígado
                 e rins. Sua meia-vida é de 96 horas em baixas doses (1 mg/kg) e de 192
                 horas em altas doses (100 mg/kg). A eliminação é relativamente rápida,
                 com mais de 86% excretado nas primeiras 48 horas após a
                 administração, sem evidência de bioacumulação (< 0,8%). Após
                 exposições únicas ou repetidas, é excretada principalmente pela bile na
                 forma de metabólitos (cerca de 70%) e, em menor proporção, pela urina
                 (≤ 17%) e pelas fezes na sua forma inalterada. As principais vias
                 metabólicas são a hidrólise do metoxiácido, seguida de conjugação com
                 ácido glucurônico ou glutationa do anel cianofenil. Pelo menos 18
                 metabólitos foram identificados na bile, sendo o metabólito conjugado
                 glucuronido do ácido azoxistrobina, o mais abundante.

                 Propiconazol: A absorção do propiconazol é rápida, com valores
                 máximos sendo atingidos após 1 hora de administração em animais
                 machos. O propiconazol é amplamente distribuído e rapidamente
                 eliminado. A maior parte dos resíduos são encontrados no fígado, rins,
                 pulmões, adrenal e ovários. Devido à rápida eliminação e ao fato de o
                 padrão de excreção se apresentar similar após doses múltiplas, não se
                 considera que há um potencial de acúmulo. O propiconazol é
                 extensivamente metabolizado e apenas uma pequena parte é excretada
                 inalterada. A excreção também é rápida, de modo que em 24 horas, entre
                 71-93% da dose mais baixa (0,5 mg/kg pc) e 65-70% da dose mais alta
                 (25-50 mg/kg pc) foram excretadas. A excreção pela urina (39-63% da
                 dose) mostrou-se pouco maior do que pelas fezes (31-48% da dose)
                 independente de sexo e dose. Além disso, há uma alta excreção biliar
                 (65% da dose dentro de 48 horas) e evidências indicam que o ativo sofre
                 circulação entero-hepática.
Toxicodinâmica   Pidiflumetofem: Fungicida inibidor da enzima succinato desidrogenase
                 (SDHI), atuante no Complexo II da cadeia transportadora de elétrons na
                 mitocôndria de fungos. Com o fluxo de elétrons entre os complexos
                 proteicos interrompido, não há geração de ATP para as atividades vitais
                 da célula, acarretando morte fúngica e, por isso, não é possível excluir
                 que o seu modo de ação seja conservado para humanos.

                 Azoxistrobina: Fungicida sistêmico inibidor da respiração mitocondrial
                 pelo bloqueio da transferência de elétrons no complexo citocromo-bc1 de
                 fungos (complexo III). Esta ação interfere na formação de ATP, energia
                 vital para o crescimento dos fungos. Este modo de ação é possivelmente
                 conservado para humanos, uma vez que seres eucariontes (e.g., fungos
                 e mamíferos) compartilham os mesmos complexos proteicos atuantes na
                 fosforilação oxidativa. No entanto, não há na literatura dados que
                 confirmem tais efeitos em humanos.
Toxicodinâmica   Propiconazol: Inibe a desmetilação do C-14 durante a biossíntese de
                 ergosterol, levando ao acúmulo de esteróis C-14 metilados. A biossíntese
                 desses ergoesterois são essenciais para a formação da parede celular
                 de fungos. Em mamíferos, causa a inibição da CYP 19 aromatase.


                                 13
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                                                       Bula completa – 19.08.2025



Sintomas e sinais   Pidiflumetofem, Azoxistrobina e Propiconazol: Não há dados de
clínicos            toxicidade dessas substâncias em humanos.

                    As informações detalhadas abaixo foram obtidas de estudos agudos com
                    animais de experimentação tratados com a formulação à base de
                    pidiflumetofem, azoxistrobina e propiconazol, MIRAVIS XTRA:

                    Exposição oral: Inicialmente, um único animal foi exposto a dose limite
                    de 2.000 mg/kg/p.c./dia. Devido à mortalidade deste animal, o estudo
                    prosseguiu para o teste principal (procedimento up and down) com as
                    doses de 175, 550 e 2000 mg/kg/p.c./dia. Dois animais expostos a menor
                    dose, 175 mg/kg/p.c./dia, sobreviveram a exposição e um dos animais
                    apresentou hipoatividade com respiração irregular e postura curvada que
                    foram revertidos em 1 dia. Na dose de 550 mg/kg/p.c./dia, apenas 1/3 dos
                    animais expostos sobreviveu. Dois animais morreram três horas e meia
                    após a administração da substância de teste. O animal sobrevivente
                    apresentou sinais de hipoatividade e exibiu respiração irregular que foram
                    revertidos em 1 dia. A necropsia macroscópica dos animais mortos
                    revelou distensão do estômago e/ou intestinos e estômago cheio de
                    líquido. Os animais expostos a 2000 mg/kg/p.c./dia morreram dentro de
                    uma hora após a administração da substância de teste. Além dos
                    achados macroscópicos listados anteriormente, esses animais também
                    apresentaram descoloração dos intestinos.

                    Exposição inalatória: Em estudo de toxicidade aguda inalatória, quinze
                    ratos foram selecionados para o teste principal. Os níveis de exposição de
                    2,0 mg/L (5 machos e 5 fêmeas) e 0,5 mg/L (5 fêmeas) foram selecionados.
                    Quando expostos a 2,0 mg/L, houve morte em 2/5 fêmeas e todos os
                    machos sobreviveram (5/5 animais). Os animais sobreviventes (5 machos
                    e 3 fêmeas) exibiram respiração anormal, hipoatividade e / ou distensão
                    abdominal que foram revertidos após 5 dias. As cinco fêmeas expostas a
                    0,5 mg/L sobreviveram à exposição à atmosfera de teste, observou-se
                    respiração irregular (5/5 animais) e coloração ano-genital (1/5 animais).
                    Todos os sinais clínicos cessaram a partir do segundo dia.

                    Exposição cutânea: Em estudo de toxicidade aguda dérmica realizado
                    em 10 ratos (5 machos e 5 fêmeas), não foi observada mortalidade.
                    Dentre os sinais clínicos observados desde o dia 0 até o dia 1, destacam-
                    se coloração ano-genital (2/5 fêmeas), secreção nasal (1/5 machos) e
                    irritação dérmica local (2/5 machos e 1/5 fêmeas). Em estudo de irritação
                    cutânea realizado em três coelhos, após 48 e 72 horas um eritema muito
Sintomas e sinais   leve foi observado em 1/3 animais e descamação em 2/3 animais após
clínicos            72 horas todos revertidos após 7 dias. O produto foi considerado
                    levemente irritante dérmico, porém não classificado como irritante
                    dérmico pelo GHS. O produto não foi considerado sensibilizante cutâneo
                    pelo ensaio de linfonodo local em camundongos.

                                     14
                                                           MIRAVIS XTRA
                                                Bula completa – 19.08.2025




              Exposição ocular: O estudo de irritação ocular foi realizado em três
              coelhos. Observou-se opacidade córnea em 3/3 animais revertida a partir
              do dia 7, vermelhidão em 3/3 animais, quemose em 3/3 animais, ambos
              revertidos a partir do dia 4. O produto foi considerado moderadamente
              irritante ocular e classificado como irritante para os olhos pelo GHS.

              Exposição crônica: Os ingredientes ativos dessa formulação não são
              considerados mutagênicos, teratogênicos ou carcinogênicos para seres
              humanos. À luz dos conhecimentos atuais, não são considerados
              desreguladores endócrinos e tóxicos para a reprodução. Vide item
              “efeitos crônicos” abaixo.
Diagnóstico   O diagnóstico deve ser estabelecido por meio de confirmação de
              exposição ao produto e pela presença de sintomas clínicos compatíveis.
              Em se apresentando sinais e sintomas indicativos de intoxicação aguda,
              trate o paciente imediatamente.




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                                                Bula completa – 19.08.2025



Tratamento
             Tratamento geral: Tratamento sintomático e de suporte de acordo com
             o quadro clínico para manutenção das funções vitais. Atenção especial
             deve ser dada ao suporte respiratório.

             Estabilização do paciente: Monitorar sinais vitais (pressão sanguínea,
             frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura corporal).
             Estabelecer via endovenosa. Atenção especial para parada
             cardiorrespiratória, hipotensão e arritmias cardíacas. Avaliar estado de
             consciência do paciente.

             Medidas de descontaminação: Realizar a descontaminação para limitar
             a absorção e os efeitos locais.
             Exposição Oral: Em casos de ingestão de grandes quantidades do
             produto proceder com:
             - Carvão ativado: Na dose usual de 25-100 g em adultos e 25-50 g em
             crianças de 1-12 anos, e 1 g/kg em menores de 1 ano, diluídos em água,
             na proporção de 30 g de carvão ativado para 240 ml de água. É mais
             efetivo quando administrado dentro de uma hora após a ingestão.
             - Lavagem gástrica: Considere logo após a ingestão de uma grande
             quantidade do produto (geralmente dentro de 1 hora), porém na maioria
             dos casos não é necessária. Atentar para nível de consciência e proteger
             vias aéreas do risco de aspiração com a disposição correta do tubo
             orogástrico (paciente em decúbito lateral esquerdo) ou por intubação
             endotraqueal com cuff.
             ATENÇÃO: Não provocar vômito. Na ingestão de altas doses do produto,
             podem aparecer vômitos espontâneos, não devendo ser evitado. Deitar
             o paciente de lado para evitar que aspire resíduos. Nunca dê algo por via
             oral para uma pessoa inconsciente, vomitando, com dor abdominal
             severa ou dificuldade de deglutição.
             Exposição Inalatória: Remover o paciente para um local seguro e
             arejado, fornecer adequada ventilação e oxigenação. Monitorar
             atentamente a ocorrência de insuficiência respiratória. Se necessário,
             administrar oxigênio e ventilação mecânica.
             Exposição Dérmica: Remover roupas e acessórios, proceder a
             descontaminação cuidadosa da pele (incluindo pregas, cavidades e
             orifícios) e cabelos, com água fria abundante e sabão. Remover a vítima
             para local ventilado. Se houver irritação ou dor o paciente deve ser
             encaminhado para tratamento.
             Exposição Ocular: Se houver exposição ocular, irrigar abundantemente
             com solução salina a 0,9% ou água, por no mínimo de 15 minutos,
             evitando contato com a pele e mucosas. Caso a irritação, dor,
             lacrimejamento ou fotofobia persistirem, encaminhar o paciente para
             tratamento específico.

             Antídoto: Não há antídoto específico.

             Cuidados para os prestadores de primeiros socorros: EVITAR aplicar
             respiração boca a boca caso o paciente tenha ingerido o produto; utilizar
             um equipamento intermediário de reanimação manual (Ambu) para
             realizar o procedimento. A pessoa que presta atendimento ao intoxicado,
             especialmente durante a adoção das medidas de descontaminação,
Tratamento

                              16
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                                                                Bula completa – 19.08.2025



                            deverá usar PROTEÇÃO, como luvas, avental impermeável, óculos e
                            máscaras, de forma a não se contaminar com o agente tóxico.
Contraindicações            A indução do vômito é contraindicada em razão do risco potencial de
                            aspiração e pneumonite química, porém, se ocorrer vômito espontâneo,
                            manter a cabeça abaixo do nível dos quadris ou em posição lateral, se o
                            indivíduo estiver deitado, para evitar aspiração do conteúdo gástrico.
Efeitos das interações      Não foram relatadas interações químicas entre o pidiflumetofem,
químicas                    azoxistrobina e propiconazol e medicamentos possivelmente utilizados
                            no tratamento de intoxicação por pidiflumetofem, azoxistrobina ou
                            propiconazol em humanos.
ATENÇÃO                          Para notificar o caso e obter informações especializadas sobre
                             diagnóstico e tratamento, ligue para o Disque-Intoxicação: 0800-722-
                                                               6001
                               Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica
                                                    (RENACIAT/ANVISA/MS)
                                 As Intoxicações por Agrotóxicos e Afins estão incluídas entre as
                                         Doenças e Agravos de Notificação Compulsória.
                              Notifique o caso no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
                                                           (SINAN/MS)
                              Notifique no Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária (Notivisa)
                                 Telefone de Emergência da empresa: 0800 704 4304 (24 horas)
                                    Endereço Eletrônico da Empresa: www.syngenta.com.br
                               Correio Eletrônico da Empresa: faleconosco.casa@syngenta.com

   Mecanismos de Ação, Absorção e Excreção para animais de laboratório:
   Vide quadro anterior, itens “Toxicocinética” e “Toxicodinâmica”.

   Efeitos agudos e crônicos para animais de laboratório:

   Efeitos agudos:
   DL50 oral em ratos: 550 mg/kg p.c. (Intervalo de Confiança 95%: 88,94 – 2430 mg/kg
   p.c.).
   DL50 dérmica em ratos: > 5000 mg/kg p.c.
   CL50 inalatória em ratos: > 2,08 mg/L.
   Corrosão/Irritação cutânea: Em estudo de irritação cutânea realizado em três coelhos,
   após 48 e 72 horas um eritema muito leve foi observado em 1/3 animais e descamação
   em 2/3 animais após 72 horas todos revertidos após 7 dias. O produto foi considerado
   levemente irritante dérmico, porém não classificado como irritante dérmico pelo GHS.
   Corrosão/Irritação ocular em coelhos: O estudo de irritação ocular foi realizado em
   três coelhos. Observou-se opacidade córnea em 3/3 animais revertida a partir do dia 7,
   vermelhidão em 3/3 animais, quemose em 3/3 animais, ambos revertidos a partir do dia
   4. O produto foi considerado moderadamente irritante ocular e classificado como irritante
   para os olhos pelo GHS.
   Sensibilização cutânea em camundongos (Linfonodo local): O produto não foi
   considerado sensibilizante dérmico.
   Sensibilização respiratória: O produto não deve ser considerado sensibilizante para
   as vias respiratórias.
   Mutagenicidade: Não foi observado efeito mutagênico em teste in vitro de mutação
   genética bacteriana ou ensaio de micronúcleo in vitro com linfócitos humanos.

   Efeitos crônicos:

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Pidiflumetofem: Em estudo de toxicidade crônica em ratos por 2 anos ou camundongos
por 80 semanas foi observada redução do peso corpóreo, do ganho de peso corpóreo
e do consumo de ração em ambos os sexos nas doses altas e intermediárias (ratos
machos: 51 e 319 mg/kg p.c./dia; ratas fêmeas: 31 e 102 mg/kg p.c./dia; camundongos
machos e fêmeas: 287,9 e 306,2 mg/kg p.c./dia). Também foi verificado o aumento do
peso do fígado em ambas as espécies e sexo com a presença de hipertrofia dos
hepatócitos; o fígado dos ratos e camundongos machos ainda apresentou arquitetura
lobular grosseiramente proeminente com hepatócitos eosinofílicos (NOAEL ratos: 31
mg/kg p.c./dia; NOAEL camundongos: 9,2 mg/kg p.c./dia). O pidiflumetofem não foi
considerado carcinogênico para humanos e apresentou resposta negativa em testes de
genotoxicidade nos testes in vitro e in vivo. No estudo da reprodução de duas gerações,
os machos das gerações parental e F1 (276,6 mg/kg p.c./dia) apresentaram redução do
peso corpóreo seguida de redução do consumo de ração apenas na geração F1; houve
aumento do peso do fígado e/ou hipertrofia hepatocelular nos animais de ambas as
gerações tratados com a dose de 46 mg/kg p.c./dia e nas fêmeas tratadas com ≥ 450
ppm (geração parental) e 116,2 mg/kg p.c./dia (F1) (NOAEL parental: 46 mg/kg p.c./dia;
NOAEL fetal e reprodutivo: 116,2 mg/kg p.c./dia). Nos estudos do desenvolvimento em
ratos e coelhos, foi observado, apenas em ratos, diminuição de peso corpóreo materno
e do consumo de ração na dose de 100 mg/kg p.c./dia; nenhum efeito nos filhotes,
reprodutivo ou teratogênico foi notado em ambas as espécies (NOAEL materno e do
desenvolvimento, ratos e coelhos, respectivamente: 100 e 500 mg/kg p.c./dia).

Azoxistrobina: Os camundongos machos e fêmeas tratados, respectivamente, com
272,4 e 363,3 mg/kg p.c./dia de azoxistrobina (dieta) por 2 anos apresentaram redução
de peso corpóreo e do consumo de ração. Não houve alteração nos parâmetros
hematológicos, apenas leve redução nos níveis de hemoglobina em machos no maior
nível de dose testado. Também foi observado aumento do peso do fígado em ambos os
sexos, sem alterações histopatológicas (NOAEL: 37,5 mg/kg p.c./dia). Em estudo de 2
anos em ratos, foi observada redução do peso corpóreo e de enzimas hepáticas em
ambos os sexos na maior dose; em fêmeas, houve redução dos níveis de triglicerídeos
e colesterol e, apenas em machos, aumento da taxa de mortalidade e alterações não-
neoplásicas macroscópicas e microscópicas no fígado e ducto biliar (e.g., distensão,
hiperplasia) (NOAEL 18,2 mg/kg p.c./dia). Não foram identificadas lesões neoplásicas
em ratos ou camundongos. Adicionalmente, a azoxistrobina não foi considerada
genotóxica pelos ensaios in vivo e in vitro. Em estudo da reprodução de duas gerações
em ratos, a fertilidade e o desempenho reprodutivo não foram afetados pelo tratamento.
Foi determinada toxicidade parental na maior dose pela redução de peso corpóreo; os
machos ainda apresentaram lesões hepáticas e no ducto biliar. Os efeitos na prole
(redução de peso corpóreo) foram secundários à toxicidade parental e não considerados
efeitos no desenvolvimento (NOAEL parental e filhotes: 32,4 mg/kg p.c./dia; NOAEL
reprodução: 165,4 mg/kg p.c./dia). Nos estudos do desenvolvimento em ratos e coelhos,
foi observada toxicidade materna (redução do peso corpóreo e do consumo de ração,
diarreia, incontinência urinária e salivação) apenas nas maiores doses. A azoxistrobina
não exerceu efeito teratogênico em ambas as espécies. Os efeitos fetais foram mínimos
e apenas nas doses indutoras de toxicidade materna (ratos: NOEL materno e

                                          18
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                                                           Bula completa – 19.08.2025


desenvolvimento 25 e 100 mg/kg p.c./dia, respectivamente; coelhos: NOAEL materno e
desenvolvimento 50 e 500 mg/kg p.c./dia, respectivamente). Diante dos achados, a
azoxistrobina não é considerada carcinogênica, teratogênica ou tóxica para a
reprodução em humanos.

Propiconazol: Resultados de estudos de longo prazo em ratos e camundongos não
revelaram efeitos crônicos adversos quando administrado na dieta. Nas maiores doses
os animais apresentaram redução do ganho de peso corpóreo e aumento no peso do
fígado, mas sem evidência de efeitos carcinogênicos em ambas as espécies. A NOAEL
de 4,6 e 10 mg/kg pc/dia foi estabelecida para ratos e em camundongos,
respectivamente. Em outro experimento de longa duração em camundongos, doses
acima da máxima tolerada induziram tumores hepáticos benignos. O modo de ação
relacionado a ocorrência desse tumor foi avaliado e considerado não relevante para os
seres humanos por envolver enzimas presentes apenas em roedores, tal como ocorre
nos tumores hepáticos em animais de experimentação induzidos pelo fenobarbital. A
toxicidade reprodutiva do propiconazol foi investigada em estudo de duas gerações em
ratos e de toxicidade do desenvolvimento em ratos e coelhos. No estudo de duas
gerações em ratos não foram detectadas alterações do desempenho reprodutivo. As
fêmeas apresentaram redução do peso corpóreo em F1 e F2 e hipertrofia hepática na
maior dose testada. A NOAEL foi estabelecida em 8,6 mg/kg p.c./dia para adultos e 43,7
mg/kg p.c./dia para a ninhada. Ha dois estudos de toxicologia do desenvolvimento em
ratos disponíveis. Entretanto, em um deles os efeitos observados foram considerados
devido a toxicidade materna pronunciada e consequentemente desqualificado para a
avaliação da toxicologia do desenvolvimento. No outro estudo, a toxicidade materna
apresentou efeitos mais brandos que o primeiro com menores efeitos de redução de
ninhada e danos na fenda platina com NOAEL estabelecida em 30 mg/Kg p.c./dia. No
estudo de desenvolvimento em coelhos foi observado redução e peso e consumo de
ração materno e alterações numéricas na costela, consideradas mínimas pela literatura,
foram verificadas. A NOAEL materno e fetal foram 100 e 250 mg/kg p.c./dia,
respectivamente. Os achados fetais em ratos e coelhos não são considerados
relevantes para o estabelecimento do potencial teratogênico do propiconazol. Portanto,
propiconazol não foi considerado teratogênico ou tóxico para a reprodução.




            DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE:

1. PRECAUÇÕES DE USO E ADVERTÊNCIAS QUANTO AOS CUIDADOS DE

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     PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE

- Este produto é:
       Altamente Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE I)

 X       MUITO PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE (CLASSE II)

         Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE III)

         Pouco Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE IV)

     •   Este produto é ALTAMENTE PERSISTENTE no meio ambiente.
     •   Não execute aplicação aérea de agrotóxicos em áreas situadas a uma distância
         inferior a 500 (quinhentos) metros de povoação e de mananciais de captação de
         água para abastecimento público e de 250 (duzentos e cinquenta) metros de
         mananciais de água, moradias isoladas, agrupamentos de animais e vegetação
         suscetível a danos.
     •   Observe as disposições constantes na legislação estadual e municipal,
         concernentes às atividades aeroagrícolas.
     •   Evite a contaminação ambiental - Preserve a Natureza.
     •   Não utilize equipamento com vazamentos.
     •   Não aplique o produto com ventos fortes ou nas horas mais quentes.
     •   Aplique somente as doses recomendadas.
     •   Não lave embalagens ou equipamento aplicador em lagos, fontes, rios e demais
         corpos d’água. Evite a contaminação da água.
     •   A destinação inadequada de embalagens ou restos de produtos ocasiona
         contaminação do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, a flora e a saúde
         das pessoas.

2. INSTRUÇÕES DE ARMAZENAMENTO DO PRODUTO,                           VISANDO      SUA
   CONSERVAÇÃO E PREVENÇÃO CONTRA ACIDENTES:

     •   Mantenha o produto em sua embalagem original sempre fechada.
     •   O local deve ser exclusivo para produtos tóxicos, devendo ser isolado de
         alimentos, bebidas, rações ou outros materiais.
     •   A construção deve ser de alvenaria ou de material não combustível.
     •   O local deve ser ventilado, coberto e ter piso impermeável.
     •   Coloque placa de advertência com os dizeres: CUIDADO, VENENO.
     •   Tranque o local, evitando o acesso de pessoas não autorizadas, principalmente
         crianças.
     •   Deve haver sempre embalagens adequadas disponíveis para envolver
         embalagens rompidas ou para o recolhimento de produtos vazados.
     •   Em caso de armazéns, devem ser seguidas as instruções constantes na NBR
         9843 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
     •   Observe as disposições constantes da legislação estadual e municipal.

3. INSTRUÇÕES EM CASO DE ACIDENTES:

     •   Isole e sinalize a área contaminada.

                                            20
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   •    Contate as autoridades locais competentes e a empresa SYNGENTA
        PROTEÇÃO DE CULTIVOS LTDA.
    • Telefone da empresa: 0800 704 4304.
    • Utilize o equipamento de proteção individual (EPI) (macacão impermeável, luvas
        e botas de borracha, óculos protetor e máscara com filtros).
    • Em caso de derrame, estanque o escoamento, não permitindo que o produto
        entre em bueiros, drenos ou corpos d’água. Siga as instruções a seguir:
Piso pavimentado: absorva o produto com serragem ou areia, recolha o material com
o auxílio de uma pá e coloque em recipiente lacrado e identificado devidamente. O
produto derramado não deve ser mais utilizado. Neste caso, consulte o registrante pelo
telefone indicado no rótulo, para sua devolução e destinação final.
Solo: retire as camadas de terra contaminada até atingir o solo não contaminado,
recolha esse material e coloque em recipiente lacrado e devidamente identificado.
Contate a empresa registrante conforme indicado.
Corpos d’água: interrompa imediatamente a captação para o consumo humano ou
animal, contate o órgão ambiental mais próximo e o centro de emergência da empresa,
visto que as medidas a serem adotadas dependem das proporções do acidente, das
características do corpo hídrico em questão e da quantidade do produto envolvido.
Em caso de incêndio, use extintores de água em forma de neblina, de CO2 ou pó
químico, ficando a favor do vento, para evitar intoxicação.

4. PROCEDIMENTOS DE LAVAGEM, ARMAZENAMENTO, DEVOLUÇÃO,
   TRANSPORTE E DESTINAÇÃO DE EMBALAGENS VAZIAS E RESTOS DE
   PRODUTOS IMPRÓPRIOS PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO:

EMBALAGEM RÍGIDA LAVÁVEL

LAVAGEM DA EMBALAGEM:
Durante o procedimento de lavagem, o operador deve estar utilizando os mesmos EPIs
– Equipamentos de Proteção Individual – recomendados para o preparo da calda do
produto.

Tríplice lavagem (lavagem manual):
Esta embalagem deve ser submetida ao processo de tríplice lavagem,
imediatamente após o seu esvaziamento, adotando os seguintes procedimentos:
    • Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador,
       mantendo-a na posição vertical durante 30 segundos;
    • Adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume;
    • Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos;
    • Despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador;
    • Faça essa operação três vezes;
    • Inutilize a embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.

 Lavagem sob pressão:
 Ao utilizar pulverizadores dotados de equipamentos de lavagem sob pressão,
 seguir os seguintes procedimentos:
    • Encaixe a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no
        pulverizador;
    • Acione o mecanismo para liberar o jato d’água;
    • Direcione o jato d’água para todas as paredes internas da embalagem, por 30
        segundos;
    • A água de lavagem deve ser transferida para o tanque do pulverizador;
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                                                                 Bula completa – 19.08.2025



       •    Inutilize a embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.

  Ao utilizar equipamento independente para lavagem sob pressão, adotar os
  seguintes procedimentos:
    • Imediatamente após o esvaziamento do conteúdo original da embalagem,
       mantê-la invertida sobre a boca do tanque de pulverização, em posição vertical,
       durante 30 segundos;
    • Mantenha a embalagem nessa posição, introduzir a ponta do equipamento de
       lavagem sob pressão, direcionando o jato d’água para todas as paredes
       internas da embalagem, por 30 segundos;
    • Toda a água da lavagem é dirigida diretamente para o tanque do pulverizador;
    • Inutilize a embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.

ARMAZENAMENTO DA EMBALAGEM VAZIA

   •       Após a realização da tríplice lavagem ou lavagem sob pressão, essa embalagem
           deve ser armazenada com a tampa, em caixa coletiva, quando existente,
           separadamente das embalagens não lavadas.
   •       O armazenamento das embalagens vazias, até sua devolução pelo usuário,
           deve ser efetuado em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso
           impermeável, ou no próprio local onde guardadas as embalagens cheias.

DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA

   •       No prazo de até um ano da data da compra, é obrigatória a devolução da
           embalagem vazia, com tampa, pelo usuário, ao estabelecimento onde foi
           adquirido o produto ou no local indicado na nota fiscal, emitida no ato da compra.
   •       Caso o produto não tenha sido totalmente utilizado nesse prazo, e ainda esteja
           dentro de seu prazo de validade, será facultada a devolução da embalagem em
           até 6 meses após o término do prazo de validade.
   •       O usuário deve guardar o comprovante de devolução para efeito de fiscalização,
           pelo prazo mínimo de um ano após a devolução da embalagem vazia.

TRANSPORTE

   •       As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos,
           bebidas, medicamentos, rações, animais e pessoas.

EMBALAGEM SECUNDÁRIA (NÃO CONTAMINADA)

ESTA EMBALAGEM NÃO PODE SER LAVADA

ARMAZENAMENTO DA EMBALAGEM VAZIA

   • O armazenamento das embalagens vazias, até sua devolução pelo usuário,
     deve ser efetuado em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso
     impermeável, no próprio local onde são guardadas as embalagens cheias.
DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA

   •       É obrigatória a devolução da embalagem vazia, pelo usuário, ao estabelecimento
           onde foi adquirido o produto ou no local indicado na nota fiscal, emitida pelo
           estabelecimento comercial.
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                                                         Bula completa – 19.08.2025




TRANSPORTE

   •   As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos,
       bebidas, medicamentos, rações, animais e pessoas.

DESTINAÇÃO FINAL DAS EMBALAGENS VAZIAS
  • A destinação final das embalagens vazias, após a devolução pelos usuários,
     somente pode ser realizada pela Empresa Registrante ou por empresas
     legalmente autorizadas pelos órgãos competentes.
  • É PROIBIDO AO USUÁRIO A REUTILIZAÇÃO E A RECICLAGEM DESTA
     EMBALAGEM VAZIA OU O FRACIONAMENTO E REEMBALAGEM DESTE
     PRODUTO.
  • EFEITOS SOBRE O MEIO AMBIENTE DECORRENTES DA DESTINAÇÃO
     INADEQUADA DA EMBALAGEM VAZIA E RESTOS DE PRODUTOS.
  • A destinação inadequada das embalagens vazias e restos de produtos no meio
     ambiente causa contaminação do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, a
     flora e a saúde das pessoas.

PRODUTOS IMPRÓPRIOS PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO:
  • Caso este produto venha a se tornar impróprio para utilização ou em desuso,
     consulte o registrante pelo telefone indicado no rótulo, para sua devolução e
     destinação final.
  • A desativação do produto é feita pela incineração em fornos destinados para
     este tipo de operação, equipados com câmaras de lavagem de gases efluentes
     e aprovados por órgão ambiental competente.

5. TRANSPORTE DE AGROTÓXICOS, COMPONENTES E AFINS:
   • O transporte está sujeito às regras e aos procedimentos estabelecidos na
     legislação específica, bem como determina que os agrotóxicos não podem ser
     transportados junto de pessoas, animais, rações, medicamentos e outros
     materiais.

6. RESTRIÇÕES ESTABELECIDAS POR ÓRGÃO COMPETENTE DO ESTADO,
   DISTRITO FEDERAL OU MUNICIPAL:
   • De acordo com as recomendações aprovadas pelos órgãos responsáveis.




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