Cricen
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo/SP
Fungicida/Inseticida
fludioxonil (fenilpirrol) (25 g/L) + metalaxil-M (acilalaninato) (20 g/L) + tiabendazol (benzimidazol) (150 g/L) + tiametoxam (neonicotinóide) (350 g/L)

Informações

Número de Registro
12019
Marca Comercial
Cricen
Formulação
FS - Suspensão Concentrada p/ Trat. Sementes
Ingrediente Ativo
fludioxonil (fenilpirrol) (25 g/L) + metalaxil-M (acilalaninato) (20 g/L) + tiabendazol (benzimidazol) (150 g/L) + tiametoxam (neonicotinóide) (350 g/L)
Titular de Registro
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo/SP
Classe
Fungicida/Inseticida
Modo de Ação
de contato e sistêmico
Classe Toxicológica
Categoria 5 – Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Classe Ambiental
Produto Muito Perigoso ao Meio Ambiente

Registrado para

Cultura
Nome Científico
Nome Comum
Feijão
Alternaria alternata
Mancha-de-Alternaria
Feijão
Aspergillus flavus
Fungo-de-pós-colheita; Podridão-dos-grãos-armazenados
Feijão
Bemisia tabaci raça B
Mosca-branca
Feijão
Colletotrichum lindemuthianum
Antracnose
Feijão
Diabrotica speciosa
Larva-alfinete; Vaquinha-verde-amarela
Feijão
Fusarium oxysporum
Murcha de fusarium
Soja
Aspergillus spp.
Fungo-de-armazenamento; Tombamento
Soja
Cercospora kikuchii
Crestamento-foliar; Mancha-púrpura-da-semente
Soja
Colletotrichum truncatum
Antracnose
Soja
Fusarium pallidoroseum
Podridão-da-semente; Podridão-de-Fusarium
Soja
Phomopsis sojae
Phomopsis-da-semente
Soja
Procornitermes triacifer
Cupim-de-monte; Cupim-de-montículo

Conteúdo da Bula

                                    CRICEN®
                                                                                                   Bula Completa – 19.08.2025



                                                                                              Logomarca do produto

                                                     CRICEN®
            Registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária - MAPA sob nº 12019.

COMPOSIÇÃO:
methyl N-methoxyacetyl-N-2,6-xylyl-D-alaninate (METALAXIL-M) ....................20 g/L (2,0% m/v)
2-(thiazol-4-yl) benzimidazole (TIABENDAZOL)...............................................150 g/L (15,0% m/v)
4-(2,2-difluoro-1,3-benzodioxol-4-yl) pyrrole-3-carbonitrile (FLUDIOXONIL).......25 g/L (2,5% m/v)
3-(2-chloro-1,3-thiazol-5-ylmethyl)                           -5-methyl-1,3,5-oxadiazinan-4-ylidene(nitro)amine
(TIAMETOXAM)................................................................................................350 g/L (35,0% m/v)
Outros Ingredientes: ..........................................................................................700 g/L (70,0% m/v)

               GRUPO                                          A1                                  FUNGICIDA
               GRUPO                                          B1                                  FUNGICIDA
               GRUPO                                          E2                                  FUNGICIDA
               GRUPO                                          4A                                  INSETICIDA

CONTEÚDO: VIDE RÓTULO
CLASSE: FUNGICIDA E INSETICIDA
GRUPO QUÍMICO: ACILALANINATO (METALAXIL-M), BENZIMIDAZOL
(THIABENDAZOLE), FENILPIRROL (FLUDIOXONIL) E NEONICOTINOIDE
(TIAMETOXAM)
TIPO DE FORMULAÇÃO: SUSPENSÃO CONCENTRADA PARA TRATAMENTO DE
SEMENTES (FS)

TITULAR DO REGISTRO (*):
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. - Rua Doutor Rubens Gomes Bueno, 691 – Torre
Sigma, CEP: 04730-000, São Paulo/SP, Brasil, Fone: (11) 5643-2322, CNPJ: 60.744.463/0001-
90 – Cadastro na SAA/CDA/SP sob nº 001.
(*) IMPORTADOR PRODUTO FORMULADO

FABRICANTE DO PRODUTO TÉCNICO:
THIABENDAZOLE TÉCNICO – Registro MAPA nº 9001:
Hikal Limited - T-21, MIDC Ind. Area, Taloja, District Raigad, Maharashtra – Índia.
Jiangsu Noon Crop Science Co., Ltd. - North of Xujia Fast Track, Xuzhou Industrial Park,
Jiangsu, China
Guangan Lier Chemical Co., Ltd - Xingiao Industry Park, Economic and Technology
Development Zone, Guangan City, 638500, Sichuan Province, China.

METALAXIL-M TÉCNICO – Registro MAPA nº 06599:
CABB – AG - Düngerstrasse 81 – PO Box 1964 - CH 4133 - Pratteln – Suíça.

MAXIM TÉCNICO – Registro MAPA nº 05897:
Syngenta Crop Protection AG - Rue de I´lle au Bois, CH 1870, Monthey – Suíça.
Syngenta Crop Protection AG - Werk Schweizerhalle, Rheinfelderstrasse – CH 4133 -
Pratteln – Suíça.
Fine Organics Limited - Seal Sands, Middlesbrough - TS2 1UB Teesside – Reino Unido.




                                                               1
                                                                                    CRICEN®
                                                                    Bula Completa – 19.08.2025



THIAMETHOXAM TÉCNICO – Registro MAPA nº 09898:
Deccan Fine Chemicals (India) Private Limited – Survey Number -28/1-A - Santa Monica
Works – Corlim - Ilhas Goa 403 110 - Índia.
Viakem S.A. de C.V. – Unidad Químicos Finos - Av. Manuel L. Barragán y Lerdo de Tejada,
Zona Industrial, 66450, San Nicolás de los Garza, Nuevo León, México.
Bharat Rasayan Ltd. - Plot No. 42/4, Amod Road, GIDC, Dahej District, Bharuch, Gujarat,
392130 - Índia.
Changqing (Hubei) Biotechnology Co., Ltd. - No.6, Majiapu Road Tianjiahe area
Yaojiagang Chemical, Industrial Park, Yichang City, Hubei, China.
Handan Ruitian Pesticide Co., Ltd. - No. 1, South of Weiliu Road, Schangcheng, Industrial
Zone, Cheng’an district, Handan Hebei province, China.
Hebei de Rich Chemical Co., Ltd. - No. 1, Road No. 1, New Industrial Zone, Gaocheng
District, Shijiazhuang, Hebei Province, China.
Shandong Hailir Chemical Co., Ltd. - Lingang Industrial Zone, Coastal Econ. Developement
Zone, Weifang, Shandong, China.

FORMULADOR:
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. - Rodovia Professor Zeferino Vaz - SP 332, s/nº, km
127,5 – Bairro Santa Terezinha – CEP: 13148-915 – Paulínia/SP – Brasil - CNPJ:
60.744.463/0010-80 – Fone: (19) 3874-5800 - Cadastro na SAA/CDA/SP sob nº 453.
Syngenta España, S.A. - La Relba s/n, 36400 – Porriño (Pontevedra) – Espanha.

MANIPULADOR:
Syngenta Crop Protection, LLC. - 4111, Gibson Road - 68107 - Omaha - Nebraska - EUA.
Syngenta South Africa (Pty) Limited - 4 Krokodildrift Avenue, Brits 0250, África do Sul.
Syngenta S.A.- Carretera Via Mamonal, km 6 - Cartagena – Colômbia.
Syngenta Production France S.A.S. - 55, Rue du Fond du Val, F-27600 Saint Pierre
La Garenne, França.
“O nome do produto e o logo Syngenta são marcas de uma companhia do grupo Syngenta”.

              Nº do Lote ou Partida:
              Data de Fabricação:     VIDE EMBALAGEM
              Data de Vencimento:
       ANTES DE USAR O PRODUTO, LEIA O RÓTULO, A BULA E A RECEITA
               AGRONÔMICA E CONSERVE-OS EM SEU PODER.

É OBRIGATÓRIO O USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. PROTEJA-
                                SE.
          É OBRIGATÓRIA A DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA.

                                AGITE ANTES DE USAR

  INDÚSTRIA BRASILEIRA (Dispor este termo quando houver processo fabril no Brasil,
       conforme previsto no Art. 4º do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010)

  CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA: CATEGORIA 5 – PRODUTO IMPROVÁVEL DE
                        CAUSAR DANO AGUDO
 CLASSIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE PERICULOSIDADE AMBIENTAL: CLASSE II -
             PRODUTO MUITO PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE




                                           2
                                                          CRICEN®
                                          Bula Completa – 19.08.2025




Cor da Faixa: Azul – PMS Blue 293 C




                                      3
                                                                                                             CRICEN®
                                                                                           Bula Completa – 19.08.2025




INSTRUÇÕES DE USO:
                     PRAGAS                 DOSES                          NÚMERO                             ÉPOCA E
                                                             DOSES                       VOLUME
 CULTURAS                               mL/ 100 Kg de                     MÁXIMO DE                         INTERVALO
                NOME COMUM                                   mL/ ha *                   DE CALDA
                                          sementes                       APLICAÇÕES                        DE APLICAÇÃO
               NOME CIENTÍFICO

                 Vaquinha-verde-
                     amarela              200 – 300             -                                        ÉPOCA: Uma única
               (Diabrotica speciosa)                                                                     aplicação na forma de
   FEIJÃO                                                                                                tratamento          de
                                                                                        500 mL de        sementes, antes da
                  Mosca-branca                                                          calda para       semeadura.
               (Bemisia tabaci raça       300 – 400             -         1 aplicação
                                                                                        100 kg de        A dose maior deverá
                       B)                                                               sementes.        ser usada em áreas ou
                                                                                                         épocas com histórico
               Cupim-de-montículo                                                                        de alta incidência das
    SOJA        (Procornitermes           100 – 200          60-120                                      pragas.
                    triacifer)


                                                                           NÚMERO
                     DOENÇAS
                                            DOSES                          MÁXIMO                              ÉPOCA E
                                                              DOSES                     VOLUME DE
 CULTURAS                                mL/ 100 Kg de                       DE                               INTERVALO
                NOME COMUM                                    mL/ ha *                    CALDA
                                           sementes                       APLICAÇÕ                           DE APLICAÇÃO
               NOME CIENTÍFICO
                                                                             ES

                    Antracnose
                  (Colletotrichum
                 lindemuthianum)
                                             200                    -
                Mancha-de-fusarium
               (Fusarium oxysporum
                  f.sp. phaseoli)
   FEIJÃO
               Podridão-dos-grãos-
                  armazenados
               (Aspergillus flavus)
                                           200 - 300                -

               Mancha-de-alternaria                                                                       ÉPOCA: Uma única
               (Alternaria alternata)                                                                     aplicação na forma
                                                                                                          de tratamento de
                                                                                                          sementes, antes da
                    Antracnose                                                          500 mL de         semeadura.
                  (Colletotrichum                                                       calda para 100    As doses maiores
                    truncatum)                                            1 aplicação
                                                                                        kg          de    deverão         ser
                                                                                        sementes          utilizadas     nas
                     Fungo-de-                                                                            situações de alta
                  armazenamento                                                                           incidência       de
                 (Aspergillus spp.)                                                                       patógenos      nas
                                                                                                          sementes.
               Podridão-da-semente
    SOJA            (Fusarium              100 - 125            60-75
                  pallidoroseum)


               Mancha-púrpura-da-
                     semente
               (Cercospora kikuchii)


                 Phomopsis-da-
                    semente
                (Phomopsis sojae)
* Recomenda-se preferencialmente a utilização da dose em mL/ha, independente da peneira utilizada
para classificação das sementes.




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                                                                     Bula Completa – 19.08.2025



MODO DE APLICAÇÃO:

Volumes de calda recomendados:

Diluir o produto na dose recomendada em água até completar o volume de calda suficiente
para tratar 100 kg de sementes, conforme abaixo:
Feijão e soja: 500 mL de calda para 100 kg de sementes.

Instruções para preparo da calda:
Passo 1 - Colocar a quantidade de produto desejada em um recipiente próprio para o preparo
da calda;
Passo 2 - Colocar parte da água desejada gradativamente, misturando e formando uma pasta
homogênea;
Passo 3 - Completar com a quantidade de água restante até atingir o volume de calda
recomendado.
Importante:
Manter a calda em agitação permanente, para evitar decantação.

Equipamentos de aplicação:
Utilizar equipamentos que propiciem uma distribuição uniforme da calda sobre as sementes.
Existem máquinas específicas para tratamento de sementes fornecidas pelos seguintes
fabricantes: Momesso, MecMaq, Niklas, Gustafson, etc.

Manutenção:
Os mecanismos dosadores e pulverizadores destes equipamentos devem ser revisados e
limpos diariamente ou a cada parada do equipamento. Resíduos de calda podem reduzir a
capacidade das canecas ou copos dosadores ou afetar a regulagem de bicos e ou
mecanismos de aplicação da calda sobre as sementes.

Operação de tratamento de sementes:

Com equipamentos de tratamento de batelada ou lotes, dos tipos Amazone Transmix,
Arktos Africa, tambores rotativos, betoneiras ou similares:
Passo 1 - Colocar um peso de sementes conhecido;
Passo 2 - Adicionar o volume de calda desejada para este peso de sementes;
Passo 3 - Proceder à agitação/operação do equipamento de forma a obter uma distribuição
uniforme da calda sobre as sementes durante um tempo de 1 a 2 minutos por batelada.

Com equipamentos de tratamento com fluxo contínuo de sementes:
Passo 1 - Aferir o fluxo de sementes (peso) em um determinado período tempo;
Passo 2 - Regular o volume de calda desejado para este peso de sementes no mesmo
período de tempo.
Importante:
Aferir periodicamente o fluxo de sementes e de calda, a fim de evitar erros na aplicação.
Não tratar as sementes diretamente sobre lonas, sacos ou mesmo nas caixas de sementes
das máquinas semeadoras.




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                                                                         Bula Completa – 19.08.2025



INTERVALO DE SEGURANÇA:
      CULTURA                                       DIAS
 Feijão                      Não especificado devido à modalidade de emprego
                             (tratamento de sementes)
 Soja                        Não especificado devido à modalidade de emprego
                             (tratamento de sementes)

INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS:
Não aplicável devido à modalidade de uso (Tratamento de Sementes).

LIMITAÇÕES DE USO:
Utilize este produto de acordo com as recomendações em rótulo e bula. Esta é uma ação
importante para obter resíduos dentro dos limites permitidos no Brasil (referência: monografia
da ANVISA). No caso de o produto ser utilizado em uma cultura de exportação, verifique,
antes de usar, os níveis máximos de resíduos aceitos no país de destino para as culturas
tratadas com este produto, uma vez que eles podem ser diferentes dos valores permitidos no
Brasil ou não terem sido estabelecidos. Em caso de dúvida, consulte o seu exportador e/ou
importador.

Respeite as leis federais, estaduais e o Código Florestal, em especial a delimitação de Área de
Preservação Permanente, observando as distâncias mínimas por eles definidas. E utilize-se
sempre das Boas Práticas Agrícolas para a conservação do solo, entre elas a adoção de curva
de nível em locais de declive e o plantio direto.

Na operação de semeadura mecanizada com sementes tratadas, estas apresentam uma
redução no fluxo, comparativamente a sementes não tratadas. Para evitar utilizar uma
quantidade menor de sementes que a usual e recomendada, deve-se regular a semeadura
com as sementes já tratadas. As semeadoras e seus kits de distribuição de sementes devem
ser limpos diariamente para evitar o acúmulo de resíduos nas paredes e engrenagens das
mesmas. A falta deste tipo de manutenção pode alterar o fluxo de semeadura ou até mesmo
provocar o bloqueio do equipamento. A não observância destas indicações pode resultar em
baixa população de plantas, falha no plantio, excesso de sementes por metro ou outras
irregularidades no plantio.

Observar as Normas e Legislações complementares sobre segurança no trabalho.

FITOTOXICIDADE PARA AS CULTURAS INDICADAS:
O produto não apresenta qualquer efeito fitotóxico nas culturas e nas doses recomendadas.

Outras restrições a serem observadas:
No estabelecimento de lavouras em sistema de plantio direto ou cultivo mínimo sobre
palhadas (restevas) é comum a ocorrência do ataque de diversas espécies de lagartas (como
por exemplo: Agrotis spp. (lagarta rosca), Spodoptera spp. (lagarta-do-cartucho) que migram
destas restevas (restos culturais) ou de plantas tigueras, muitas vezes, em grande
quantidade, para as culturas recém instaladas. Nestes casos, recomenda-se aplicar um
inseticida específico para o controle destas lagartas, junto à operação de manejo antes da
semeadura da nova cultura. Esta estratégia de dessecação da cultura anterior e das ervas
daninhas deve ser realizada uma semana antes da semeadura, reduzindo as chances de
ocorrência do ataque de lagartas grandes na emergência da cultura, pois estas lagartas, pelo
porte avantajado, escapam ao controle do tratamento de sementes.
As sementes tratadas não devem ficar expostas ao sol.


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                                                                        Bula Completa – 19.08.2025



As sementes tratadas não devem ser usadas para alimentação humana, animal ou para fins
industriais.
Armazenar as sementes tratadas em local seguro, separado de alimentos e rações e fora do
alcance de crianças e animais.
Após o tratamento das sementes, possíveis sobras do produto devem retornar a embalagem
original de CRICEN®.

INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL A SEREM
UTILIZADOS:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DA SAÚDE HUMANA.

INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO A SEREM UTILIZADOS:
VIDE “MODO DE APLICAÇÃO”.

DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE TRÍPLICE LAVAGEM DA EMBALAGEM OU
TECNOLOGIA EQUIVALENTE:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE.

INFORMAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA A DEVOLUÇÃO, DESTINAÇÃO,
TRANSPORTE, RECICLAGEM, REUTILIZAÇÃO E INUTILIZAÇÃO DAS EMBALAGENS
VAZIAS:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE.

INFORMAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA A DEVOLUÇÃO E DESTINAÇÃO
DE PRODUTOS IMPRÓPRIOS PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE.

INFORMAÇÕES SOBRE O MANEJO DE RESISTÊNCIA:

FUNGICIDAS:
O uso sucessivo de fungicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo
pode contribuir para o aumento da população de fungos causadores de doenças resistentes
a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e consequente
prejuízo.

Como prática de manejo de resistência e para evitar os problemas com a resistência dos
fungicidas, seguem algumas recomendações:
•       Alternância de fungicidas com mecanismos de ação distintos dos Grupos A1, B1 e E2
para o controle do mesmo alvo, sempre que possível;
•       Adotar outras práticas de redução da população de patógenos, seguindo as boas
práticas agrícolas, tais como rotação de culturas, controles culturais, cultivares com gene de
resistência quando disponíveis, etc;
•       Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do
produto;
•       Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais
estratégias regionais sobre orientação técnica de tecnologia de aplicação e manutenção da
eficácia dos fungicidas;
•       Informações sobre possíveis casos de resistência em fungicidas no controle de fungos
patogênicos devem ser consultados e/ou, informados à: Sociedade Brasileira de Fitopatologia
(SBF: www.sbfito.com.br), Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas (FRAC-BR:
www.frac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA:
www.agricultura.gov.br).

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                                                                      Bula Completa – 19.08.2025




            GRUPO                        A1                       FUNGICIDA
            GRUPO                        B1                       FUNGICIDA
            GRUPO                        E2                       FUNGICIDA

O produto CRICEN® é composto por Metalaxil-M, Tiabendazol e Fludioxonil que apresentam
mecanismos de ação na síntese de ácidos nucleicos, na divisão celular – mitose/tubulina e
na transdução de sinal, pertencentes aos grupos A1, B1 e E2, segundo classificação
internacional do FRAC (Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas), respectivamente.

INSETICIDA:

          GRUPO                            4A                        INSETICIDA

A resistência de pragas a agrotóxicos ou qualquer outro agente de controle pode tornar-se
um problema econômico, ou seja, fracassos no controle da praga podem ser observados
devido à resistência.
O inseticida CRICEN® pertence ao grupo 4A (Neonicotinóides - Moduladores competitivos do
receptor nicotínico de acetilcolina (nAChR)) e o uso repetido deste inseticida ou de outro
produto do mesmo grupo pode aumentar o risco de desenvolvimento de populações
resistentes em algumas culturas.
Para manter a eficácia e longevidade do CRICEN® como uma ferramenta útil de manejo de
pragas agrícolas, é necessário seguir as seguintes estratégias que podem prevenir, retardar
ou reverter a evolução da resistência:
Adotar as práticas de manejo a inseticidas, tais como:

   •   Rotacionar produtos com mecanismo de ação distinto do Grupo 4A. Sempre
       rotacionar com produtos de mecanismo de ação efetivos para a praga alvo.
   •   Usar CRICEN® ou outro produto do mesmo grupo químico somente dentro de um
       “intervalo de aplicação” (janelas) de cerca de 30 dias.
   •   Aplicações sucessivas de CRICEN® podem ser feitas desde que o período residual
       total do “intervalo de aplicações” não exceda o período de uma geração da praga-
       alvo.
   •   Seguir as recomendações de bula quanto ao número máximo de aplicações
       permitidas. No caso específico do CRICEN®, o período total de exposição (número de
       dias) a inseticidas do grupo químico dos Neonicotinóides - Moduladores competitivos
       do receptor nicotínico de acetilcolina (nAChR) não devem exceder 50% do ciclo da
       cultura ou 50% do número total de aplicações recomendadas na bula.
   •   Respeitar o intervalo de aplicação para a reutilização do CRICEN® ou outros produtos
       dos Grupos 4A quando for necessário;
   •   Sempre que possível, realizar as aplicações direcionadas às fases mais suscetíveis
       das pragas a serem controladas;
   •   Adotar outras táticas de controle, previstas no Manejo Integrado de Pragas (MIP)
       como rotação de culturas, controle biológico, controle por comportamento etc.,
       sempre que disponível e apropriado;
   •   Utilizar as recomendações e da modalidade de aplicação de acordo com a bula do
       produto;



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                                                                      Bula Completa – 19.08.2025



   •   Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais
       estratégias regionais para o manejo de resistência e para a orientação técnica na
       aplicação de inseticidas;
   •   Informações sobre possíveis casos de resistência em insetos e ácaros devem ser
       encaminhados para o IRAC-BR (www.irac-br.org.br), ou para o Ministério da
       Agricultura, Pecuária e Abastecimento (www.agricultura.gov.br).

INFORMAÇÕES SOBRE MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS E DOENÇAS:
Recomenda-se, de maneira geral, o manejo integrado de pragas e doenças, envolvendo
todos os princípios e medidas disponíveis e viáveis de controle. O uso de sementes sadias,
variedades resistentes, rotação de culturas, época adequada de semeadura, adubação
equilibrada, Inseticidas e Fungicidas, controle biológico, destruição dos restos culturais,
manejo da irrigação e outros, visam o melhor equilíbrio do sistema.

               DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DA SAÚDE HUMANA:

  ANTES DE USAR O PRODUTO, LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES DA BULA


PRECAUÇÕES GERAIS:
  • Produto para uso exclusivamente agrícola.
  • O manuseio do produto deve ser realizado apenas por trabalhador capacitado.
  • Não coma, não beba e não fume durante o manuseio e aplicação do produto.
  • Não transporte o produto juntamente com alimentos, medicamentos, rações, animais
     e pessoas.
  • Não manuseie ou aplique o produto sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
     recomendados.
  • Não utilize equipamentos com vazamentos ou defeitos e não desentupa bicos,
     orifícios e válvulas com a boca.
  • Não utilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI) danificados, úmidos, vencidos,
     ou com vida útil fora da especificação. Siga as recomendações determinadas pelo
     fabricante.
  • Não aplique próximo de escolas, residências e outros locais de permanência de
     pessoas e de áreas de criação de animais. Siga as orientações técnicas especificas
     de um profissional habilitado.
  • Caso ocorra contato acidental da pessoa com o produto, siga as orientações descritas
     em primeiros socorros e procure rapidamente um serviço médico de emergência.
  • Mantenha o produto adequadamente fechado, em sua embalagem original, em local
     trancado, longe do alcance de crianças e animais.
  • Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados devem ser vestidos na
     seguinte ordem: Macacão com tratamento hidrorrepelente com mangas e calças
     compridas, botas de borracha, avental impermeável, equipamento de proteção
     respiratória com filtro mecânico classe P2 ou PFF2, óculos de segurança com
     proteção lateral e luvas de proteção para produtos químicos.
  • Seguir as recomendações do fabricante do Equipamento de Proteção Individual (EPI)
     com relação à forma de limpeza, conservação e descarte do EPI danificado.




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                                                                     Bula Completa – 19.08.2025



PRECAUÇÕES DURANTE A PREPARAÇÃO DA CALDA:
  • Utilize Equipamento de Proteção Individual (EPI): Macacão com tratamento
    hidrorrepelente com mangas e calças compridas; botas de borracha; avental
    impermeável; equipamento de proteção respiratória com filtro mecânico classe P2 ou
    PFF2; óculos de segurança com proteção lateral e luvas de proteção para produtos
    químicos.
  • Manuseie o produto em local aberto e ventilado, utilizando os Equipamentos de
    Proteção Individual (EPI) recomendados.
  • Ao abrir a embalagem, faça-o de modo a evitar respingos.
PRECAUÇÕES PARA O TRATAMENTO DE SEMENTES:
  • Evite ao máximo possível o contato com as sementes tratadas;
  • Aplique o produto somente nas doses recomendadas;
  • Não permita que animais, crianças ou qualquer outra pessoa não autorizada
     permaneça na área em que estiverem sendo tratadas as sementes, ou após a
     aplicação;
  • Utilize adequadamente todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
     recomendados nas atividades que envolvam o tratamento das sementes;
  • Utilize Equipamento de Proteção Individual (EPI): Macacão com tratamento
     hidrorrepelente com mangas e calças compridas; botas de borracha; avental
     impermeável; equipamento de proteção respiratória com filtro mecânico classe P2 ou
     PFF2; óculos de segurança com proteção lateral e luvas de proteção para produtos
     químicos.

PRECAUÇÕES APÓS A APLICAÇÃO DO PRODUTO:
  •   Sinalizar a área tratada com os dizeres: “PROIBIDA A ENTRADA. ÁREA
      TRATADA” e manter os avisos até o final do período de reentrada.
  •   Evite ao máximo possível o contato com a área tratada. Caso necessite entrar na
      área tratada com os produtos antes do término do intervalo de reentrada, utilize
      Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados para o uso durante a
      aplicação.
  •   Não permita que animais, crianças ou qualquer pessoa não autorizada permaneça
      em áreas tratadas logo após a aplicação.
  •   Aplique o produto somente nas doses recomendadas e observe o intervalo de
      segurança (intervalo de tempo entre a última aplicação e a colheita).
  •   Antes de retirar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), sempre lave as luvas
      ainda vestidas para evitar contaminação.
  •   Mantenha o restante do produto adequadamente fechado em sua embalagem
      original, em local trancado, longe do alcance de crianças e animais.
  •   Tome banho imediatamente após a aplicação do produto e troque as roupas.
  •   Lave as roupas e os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) separados das
      demais roupas da família. Ao lavar as roupas, utilizar luvas e avental impermeáveis.
  •   Após cada aplicação do produto faça a manutenção e a lavagem dos equipamentos
      de aplicação.
  •   Não reutilizar a embalagem vazia.
  •   No descarte de embalagens, utilize Equipamento de Proteção Individual (EPI):
      Macacão com tratamento hidrorrepelente com mangas compridas, luvas de proteção
      para produtos químicos e botas de borracha.
  •   Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) recomendados devem ser retirados
      na seguinte ordem: Óculos de segurança com proteção lateral, avental impermeável,
      botas de borracha, macacão com tratamento hidrorrepelente com mangas e calças

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                                                                           Bula Completa – 19.08.2025



          compridas, luvas de proteção para produtos químiicos e equipamento de proteção
          lateral com filtro mecânico classe P2 ou PFF2.
    •     A manutenção e a limpeza do EPI devem ser realizadas por pessoa treinada e
          devidamente protegida.




                                        ATENÇÃO              Pode ser nocivo se ingerido



  PRIMEIROS SOCORROS: Procure imediatamente um serviço médico de emergência
  levando a embalagem, rótulo, bula, folheto informativo e/ou receituário agronômico do
  produto.

  Ingestão: Se engolir o produto, não provoque vômito, exceto quando houver indicação
  médica. Caso o vômito ocorra naturalmente, deite a pessoa de lado. Não dê nada para
  beber ou comer.

  Olhos: Em caso de contato, lave com muita água corrente, durante pelo menos 15
  minutos. Evite que a água de lavagem entre no outro olho. Caso utilize lente de contato,
  deve-se retirá-la.

  Pele: Em caso de contato, tire toda a roupa e acessórios (cinto, pulseiras, óculos, relógio,
  anéis etc.) contaminados e lave a pele com muita água corrente e sabão neutro, por pelo
  menos 15 minutos.

  Inalação: Se o produto for inalado (“respirado”), leve a pessoa para um local aberto e
  ventilado.

  A pessoa que ajudar deve se proteger da contaminação, usando luvas e avental
  impermeáveis, por exemplo.


                                INTOXICAÇÕES POR CRICEN®
                                  INFORMAÇÕES MÉDICAS

Grupo químico                Fludioxonil: Fenilpirrol
                             Metalaxil-M: Acilalaninato
                             Tiabendazol: Benzimidazol
                             Tiametoxam: Neonicotinoide
Classe
                             Categoria 5 – Produto improvável de causar dano agudo
toxicológica
Vias de exposição
                             Oral, inalatória, ocular e dérmica. As exposições inalatória e dérmica são
                             consideradas as mais relevantes.
Toxicocinética               Fludioxonil: Após a administração oral a ratos, fludioxonil, em altas
                             doses, teve cerca de 78% de absorção pelo trato gastrointestinal em 48
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horas. Às 168 horas, a absorção foi de 80-82%. A biodisponibilidade de
fludioxonil na menor dose foi praticamente completa, e de até 90% na
maior dose. Fludioxonil foi extensivamente metabolizado, e o composto
parental inalterado foi excretado nas fezes em quantidades < 2,8% e 10-
12% para as doses baixa e alta, respectivamente. A metabolização de
fludioxonil inclui oxidação do anel pirrol, principalmente na posição 2,
resultando no derivado 2-hidroxi-pirrol. Os picos foram atingidos em 0,25
horas e 12 horas, para animais que receberam a menor dose, e em 4-8
horas para a maior dose. A meia vida foi atingida em 1 hora e em
aproximadamente 12-16 horas, após administração da dose baixa e alta,
respectivamente. O valor de resíduo total nos tecidos foi < 0,2% da dose
administrada. As depleções mais lentas ocorreram no sangue, fígado,
rins e pulmões. Fludioxonil foi excretado em quantidades de 12-20% e
78-83% em fezes e urina, respectivamente. Em ratos com ductos biliares
canulados, cerca de 68% da dose aplicada foi excretada via bile. Uma
pequena parte da quantidade excretada na bile foi reabsorvida do trato
gastrointestinal e então eliminada via urina.

Metalaxil-M: Após administração oral, metalaxil-M foi rapidamente
absorvido pelo trato gastrointestinal. Em ratos, picos plasmáticos foram
alcançados em 0,5 e 1 hora após administração. As maiores
concentrações de metalaxil-M foram detectadas no fígado, tecido
adiposo, sangue, rins e baço. Considerando a rápida eliminação e a
completa ausência de qualquer toxicidade cumulativa do metalaxil,
conclui-se que o metalaxil-M sofre absorção oral e eliminação igualmente
rápida como o metalaxil, o que também foi confirmado em estudo
comparativo. A via metabólica do metalaxil compreendeu hidrólise dos
grupos éster e éter metílico; oxidação do grupo 2-(6)-metil; oxidação do
anel femílico; e N-desalquilação. Metalaxil-M foi rapidamente eliminado
via urina e fezes; após 72 horas, cerca de 90 a 100% da substância havia
sido eliminada. Excreção biliar foi considerada substancial.

Tiabendazol: Em ratos que receberam tiabendazol em doses orais
únicas de 26 ou 420 mg/kg p.c., a biodisponibilidade da substância foi de
74%, com base na recuperação das excretas. Os picos plasmáticos foram
atingidos entre 0,5 e 1 hora (menor dose), e entre 2 e 5 horas (maior
dose), indicando rápida absorção de tiabendazol após doses orais
únicas. Tiabendazol foi distribuído para os tecidos, com maior
concentração detectada nas células sanguíneas, e menores
concentrações encontradas na tireoide, fígado, pulmões, rins, baço e
coração. Após doses orais múltiplas, a tireoide mostrou depleção mais
lenta (meia-vida 117 dias) em comparação a outros tecidos (7 a 17 dias)
e ao plasma/sangue (4 a 7 dias). Não se espera bioacumulação de
tiabendazol. Na menor dose (26 mg/kg p.c.), a excreção foi rápida, cerca
de 80-90% da substância excretada dentro de 24 horas. Na maior dose
(420 mg/kg p.c.), a excreção foi mais lenta, sendo 28% da dose excretada
dentro de 24 horas. Excreção total em ambas as doses (95-98%) ocorreu
dentro de 168 horas, principalmente pela urina (67-74%) e, em menor
nível, pelas fezes (21-27%). O principal metabólito detectado na urina foi
o 5-hidroxitiabendazol, excretado principalmente como conjugados de
sulfato ou glucuronido, correspondendo a 46-59% da dose administrada.
Nas fezes, o principal metabólito também foi o 5-hidroxitiabendazol.

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                                                                Bula Completa – 19.08.2025



                 Tiabendazol inalterado foi encontrado apenas nas fezes, no maior nível
                 de dose, correspondendo a 5-7% da dose administrada.

                 Tiametoxam: A substância foi rápida e completamente absorvida em
                 ratos tratados com tiametoxam radiomarcado em dose oral única de 0,5
                 ou 100 mg/kg p.c. O pico plasmático foi alcançado em 1-4 horas e os
                 maiores níveis teciduais identificados no fígado e sangue. A depleção dos
                 tecidos seguiu cinética de primeira ordem, com meia-vida de
                 aproximadamente 2 a 6 horas. Após sete dias, apenas 0,3% da dose
                 administrada permaneceu nos tecidos. Em ratos, cerca de 20-30% da
                 dose foi biotransformada, enquanto 70-80% foi eliminada como
                 tiametoxam inalterado. Em 24 horas, cerca de 90% da dose foi excretada
                 pela urina e cerca de 4% pela bile. Em camundongos, 30 a 60% da dose
                 foi biotransformada e eliminada principalmente pela urina; a eliminação
                 fecal foi responsável por cerca de 19%. Vinte e dois metabólitos foram
                 isolados e identificados nas excretas de ratos. O metabólito
                 quantitativamente mais importante foi o CGA 322704 (clotianidina), que
                 representou cerca de 10% da dose. A principal reação envolvida na
                 biotransformação do tiametoxam é a clivagem do anel de oxadiazina ao
                 composto de nitroguanidina correspondente.
Toxicodinâmica   Fludioxonil: Os fungicidas do grupo fenilpirrol, incluindo o fludioxonil, são
                 derivados da pirrolnetrina, um antifúngico natural presente em
                 Pseudomonas pyrrocinia. Os fenilpirroles interferem na via
                 osmorreguladora da levedura, a via HOG (high-osmolarity glycerol). A via
                 HOG regula a resposta ao estresse ambiental em fungos, por meio da
                 ação da MAP quinase Hog1, para equilíbrio da célula contra o estresse
                 osmótico. Uma vez que mamíferos possuem análogos da proteína Hog1,
                 o modo de ação do fludioxonil é possivelmente conservado para
                 mamíferos, porém não há dados na literatura que comprovem esse efeito
                 direto em humanos.
                 Metalaxil-M: Fungicidas do grupo acilalaninato se ligam fortemente ao
                 DNA dos fungos, o tornando inadequado para a biossíntese de RNA, mas
                 permitindo ainda que a síntese de DNA prossiga. Metalaxil-M interrompe
                 a síntese de ácidos nucléicos fúngicos, inibindo a RNA polimerase I e,
                 consequentemente, o crescimento micelial e a formação de esporos. Este
                 modo de ação é improvável de ser conservado para humanos,
                 considerando que o metalaxil-M atua em ácidos nucléicos de fungos,
                 estruturalmente diferentes da espécie humana.

                 Tiabendazol: Fungicida benzimidazol sistêmico que atua na divisão
                 celular através da interferência na montagem dos microtúbulos por se
                 ligar à beta-tubulina, subunidade proteica formadora do fuso mitótico. Seu
                 mecanismo de ação é possivelmente conservado para humanos, uma
                 vez que seres eucariontes apresentam estruturas celulares similares. No
                 entanto, não há na literatura dados que confirmem tais efeitos em
                 humanos.

                 Tiametoxam: Agonista do receptor nicotínico de acetilcolina em insetos.
                 Liga-se ao receptor da acetilcolina na membrana dos neurônios pós-
                 sinápticos, sem ser degradado pela acetilcolinesterase. Assim, ao abrir
                 os canais de sódio e permitir maior influxo deste íon na célula, causa

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                    hiperatividade nervosa e colapso do sistema nervoso. O tiametoxam é
                    menos tóxico para o sistema nervoso de mamíferos devido a sua menor
                    afinidade pelos receptores nicotínicos dos vertebrados.
Sintomas e sinais   Fludioxonil, Metalaxil-M e Tiabendazol: Não há na literatura dados de
clínicos            intoxicação por Fludioxonil, Metalaxil-M e Tiabendazol e em humanos.

                    Tiametoxam: Em humanos, reações adversas relacionadas ao
                    Tiametoxam foram reportadas como sintomas transitórios de rash
                    cutâneo, prurido, eritema e irritação dérmica.

                    As informações detalhadas abaixo foram obtidas de estudos agudos com
                    animais de experimentação tratados com a formulação à base de
                    fludioxonil, metalaxil-M, tiabendazol e tiametoxam, CRICEN®:

                    Exposição oral: Em estudo de toxicidade aguda oral realizado em ratos,
                    os animais foram expostos às doses de 175, 550, 1750 e 5000 mg/kg p.c.
                    Não foi observada mortalidade entre os animais expostos às doses de
                    175, 550 e 1750 mg/kg p.c. Na dose de 5000 mg/kg p.c. foi observada
                    mortalidade em 50% dos animais. Os sinais clínicos observados foram:
                    Redução da atividade, tremores corporais e piloereção, reversíveis em
                    até 5 dias.

                    Exposição inalatória: Em      estudo de toxicidade aguda inalatória
                    realizado em ratos, não foi   observada mortalidade entre os animais
                    expostos à concentração de    2,55 mg/L. Os sinais clínicos observados
                    foram: Redução da atividade   e substância-teste depositada no focinho,
                    reversíveis em até 2 dias.

                    Exposição cutânea: Em estudo de toxicidade aguda dérmica realizado
                    em ratos, não foi observada mortalidade ou quaisquer sinais clínicos de
                    toxicidade sistêmica entre os animais expostos à dose de 5050 mg/kg
                    p.c. Em estudo de irritação cutânea realizado em coelhos, nenhum animal
                    apresentou sinais de irritação na pele. O produto não foi considerado
                    irritante para a pele de coelhos. O produto não foi considerado
                    sensibilizante dérmico em cobaias pelo teste de Buehler.

                    Exposição ocular: Em estudo de irritação ocular realizado em coelhos,
                    todos os animais apresentaram opacidade na córnea, irite e vermelhidão
                    na conjuntiva; adicionalmente um animal apresentou quemose. Todos os
                    sinais foram reversíveis em até 24 horas. O produto foi considerado
                    levemente irritante para os olhos, porém não classificado como irritante
                    ocular pelo GHS.

                    Exposição crônica: Os ingredientes ativos dessa formulação não foram
                    considerados mutagênicos, teratogênicos ou carcinogênicos para seres
                    humanos. À luz dos conhecimentos atuais, não são considerados
                    desreguladores endócrinos e não interferem com a reprodução. Vide item
                    “efeitos crônicos” abaixo.
Diagnóstico         O diagnóstico deve ser estabelecido por meio de confirmação de
                    exposição ao produto e pela presença de sintomas clínicos compatíveis.
                    Em se apresentando sinais e sintomas indicativos de intoxicação aguda,
                    trate o paciente imediatamente.
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Tratamento   Tratamento geral: Tratamento sintomático e de suporte de acordo com
             o quadro clínico para manutenção das funções vitais. Atenção especial
             deve ser dada ao suporte respiratório.

             Estabilização do paciente: Monitorar sinais vitais (pressão sanguínea,
             frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura corporal).
             Estabelecer via endovenosa. Atenção especial para parada
             cardiorrespiratória, hipotensão e arritmias cardíacas. Avaliar estado de
             consciência do paciente.

             Medidas de descontaminação: Realizar a descontaminação para limitar
             a absorção e os efeitos locais.
             Exposição oral: Em casos de ingestão de grandes quantidades do
             produto proceder com:
             - Carvão ativado: Na dose usual de 25-100 g em adultos e 25-50g em
             crianças de 1-12 anos, e 1g/kg em menores de 1 ano, diluídos em água,
             na proporção de 30g de carvão ativado para 240 mL de água. É mais
             efetivo quando administrado dentro de uma hora após a ingestão.
             - Lavagem gástrica: Considere logo após a ingestão de uma grande
             quantidade do produto (geralmente dentro de 1 hora), porém na maioria
             dos casos não é necessária. Atentar para nível de consciência e proteger
             vias aéreas do risco de aspiração com a disposição correta do tubo
             orogástrico (paciente em decúbito lateral esquerdo) ou por intubação
             endotraqueal com cuff.
             ATENÇÃO: Não provocar vômito. Na ingestão de altas doses do produto,
             podem aparecer vômitos espontâneos, não devendo ser evitado. Deitar
             o paciente de lado para evitar que aspire resíduos. Nunca dê algo por via
             oral para uma pessoa inconsciente, vomitando, com dor abdominal
             severa ou dificuldade de deglutição.
             Exposição Inalatória: Remover o paciente para um local seguro e
             arejado, fornecer adequada ventilação e oxigenação. Monitorar
             atentamente a ocorrência de insuficiência respiratória. Se necessário,
             administrar oxigênio e ventilação mecânica.
             Exposição dérmica: Remover roupas e acessórios, proceder a
             descontaminação cuidadosa da pele (incluindo pregas, cavidades e
             orifícios) e cabelos, com água fria abundante e sabão. Remover a vítima
             para local ventilado. Se houver irritação ou dor o paciente deve ser
             encaminhado para tratamento.
             Exposição ocular: Em estudo de irritação ocular realizado em coelhos,
             todos os animais apresentaram vermelhidão (3/3 animais) e quemose
             (3/3 animais) na conjuntiva, além de secreção ocular (2/3 animais). O
             produto foi considerado levemente irritante para os olhos, mas não o
             suficiente para ser classificado como irritante ocular pelo GHS.

             Antídoto: Não há antídoto específico.

             Cuidados para os prestadores de primeiros socorros: EVITAR aplicar
             respiração boca a boca caso o paciente tenha ingerido o produto; utilizar
             um equipamento intermediário de reanimação manual (Ambu) para
             realizar o procedimento. A pessoa que presta atendimento ao intoxicado,
             especialmente durante a adoção das medidas de descontaminação,


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                                                                          Bula Completa – 19.08.2025



                            deverá usar PROTEÇÃO, como luvas, avental impermeável, óculos e
                            máscaras, de forma a não se contaminar com o agente tóxico.
Contraindicações            A indução do vômito é contraindicada em razão do risco potencial de
                            aspiração e pneumonite química, porém, se ocorrer vômito espontâneo,
                            manter a cabeça abaixo do nível dos quadris ou em posição lateral, se o
                            indivíduo estiver deitado, para evitar aspiração do conteúdo gástrico.
Efeitos das interações
químicas                    Não foram relatados efeitos de interações químicas para fludioxonil,
                            metalaxil-M, tiabendazol e tiametoxam em humanos.

ATENÇÃO                         Para notificar o caso e obter informações especializadas sobre o
                                                    diagnóstico e tratamento.
                                        Ligue para o Disque-Intoxicação: 0800 722 6001
                              Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica
                                                    (RENACIAT/ANVISA/MS)
                                As Intoxicações por Agrotóxicos e Afins estão incluídas entre as
                                         Doenças e Agravos de Notificação Compulsória.
                                 Notifique ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação
                                                           (SINAN/MS)
                              Notifique ao Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária (Notivisa)
                               Telefone de Emergência da empresa: 0800 704 4304 (24 horas)
                                    Endereço Eletrônico da Empresa: www.syngenta.com.br
                              Correio Eletrônico da Empresa: faleconosco.casa@syngenta.com

  Mecanismos de Ação, Absorção e Excreção para animais de laboratório:
  Vide quadro anterior, item “Toxicocinética” e “Toxicodinâmica”.

  Efeitos agudos e crônicos para animais de laboratório:

  Efeitos agudos:
  DL50 oral em ratos: 5000 mg/kg p.c. (Intervalo de Confiança 95%: 3286 – 20000 mg/kg
  p.c.)
  DL50 dérmica em ratos: > 5050 mg/kg p.c.
  CL50 inalatória em ratos: > 2,55 mg/L.
  Corrosão/Irritação cutânea: Em estudo de irritação cutânea realizado em coelhos, nenhum
  animal apresentou sinais de irritação na pele. O produto não foi considerado irritante para a
  pele de coelhos.
  Corrosão/Irritação ocular em coelhos: Em estudo de irritação ocular realizado em coelhos,
  todos os animais apresentaram opacidade na córnea, irite, vermelhidão na conjuntiva e,
  adicionalmente um animal apresentou secreção ocular. Todos os sinais foram reversíveis em
  até 24 horas. O produto foi considerado levemente irritante para os olhos, porém não o
  suficiente para ser classificado como irritante ocular pelo GHS.
  Sensibilização cutânea em cobaias (teste de Buehler): O produto não foi considerado
  sensibilizante dérmico.
  Sensibilização respiratória: O produto não deve ser considerado sensibilizante para as vias
  respiratórias.
  Mutagenicidade: Não foi observado efeito mutagênico em teste in vitro de mutação genética
  bacteriana ou ensaio in vivo com células da medula óssea de camundongos.




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                                                                        Bula Completa – 19.08.2025




Efeitos crônicos:

Fludioxonil: Estudos de toxicidade crônica foram realizados em ratos e camundongos, com
administração via oral (pela dieta), e para ambas as espécies o fígado e o rim foram
identificados como órgãos-alvo. Nos estudos realizados em camundongos tratados por 18
meses indicaram, na dose mais alta de 7000 ppm, redução do peso corpóreo e do ganho de
peso corpóreo; redução nos parâmetros hematológicos nas fêmeas; alterações
degenerativas não-neoplásicas hepáticas e renais; definindo NOAEL geral de 112 mg/kg
p.c./dia. O estudo de 2 anos em ratos demonstrou, na dose mais alta de 3000 ppm, redução
dos parâmetros hematológicos; presença de alterações hepáticas e renais; determinando
NOAEL de 37 mg/kg p.c./dia. Os estudos não relatam evidências de carcinogenicidade
relacionada ao tratamento com fludioxonil. A reprotoxicidade de fludioxonil foi investigada em
estudo de 2 gerações, conduzido em ratos, e em estudos de toxicidade do desenvolvimento,
conduzidos em ratos e coelhos. O estudo de 2 gerações em ratos demonstrou redução do
peso corpóreo associado à redução do consumo alimentar, para fêmeas da geração F0 e
machos da geração F1, tratados com a maior dose de 3000 ppm. O peso corpóreo médio dos
filhotes foi reduzido em ambas as gerações F1 e F2, na maior dose. Não houve efeito sobre
os parâmetros reprodutivos (NOAEL para reprodução 200 mg/kg p.c./dia). Não foram
observados efeitos teratogênicos nos estudos de toxicidade do desenvolvimento, conduzidos
em ratos e coelhos tratados com as doses máximas de 1000 e 300 ppm, respectivamente
(NOAEL materno em ratos 100 mg/kg p.c./dia e fetal 1000 mg/kg p.c./dia; NOAEL materno
em coelhos 100 mg/kg p.c./dia e fetal 300 mg/kg p.c./dia). Os resultados dos estudos indicam
que fludioxonil não apresenta efeitos nos parâmetros reprodutivos e não é considerado
teratogênico. Estudos de genotoxicidade in vivo e in vitro apontam que fludioxonil não
apresenta potencial mutagênico ou genotóxico.

Metalaxil-M: Não foram conduzidos estudos de carcinogenicidade/toxicidade a longo prazo
com metalaxil-M, porém devido à equivalência toxicológica dessa molécula ao metalaxil, os
resultados dos estudos com metalaxil podem também ser considerados válidos para metalaxil-
M. Em estudos de 2 anos conduzidos em ratos e camundongos foram observadas leve redução,
ocasionalmente transitórias, do peso corpóreo. O fígado foi o órgão alvo, evidenciado pelo
aumento do seu peso em ratos e vacuolização de hepatócitos em ratos e camundongos
(NOAEL rato 8,7 mg/kg p.c./dia e NOAEL camundongo 19,2 mg/kg p.c./dia). No estudo de 2
anos em cães, apenas na dose mais alta (80 mg/kg p.c./dia) foram observados sinais clínicos,
como redução nos parâmetros eritrocitários; aumento do peso do fígado e das enzimas
hepáticas; aumento do peso dos rins e mortalidade (NOAEL 8 mg/kg p.c./dia). Os estudos não
demonstraram evidência de potencial carcinogênico da molécula. Apenas um estudo de
toxicidade de desenvolvimento em ratos foi realizado com metalaxil-M, os demais estudos,
desenvolvimento em coelho e estudo 3 gerações em ratos, foram conduzidos com metalaxil e
os resultados são considerados válidos para o metalaxil-M. O estudo de 3 gerações em ratos
apresentou redução do ganho de peso corpóreo em machos de uma geração (95,7 mg/kg
p.c./dia) e ligeiro aumento no peso do fígado em uma geração de fêmeas (153,5 mg/kg p.c./dia).
Não foram observados efeitos sobre o desempenho reprodutivo ou nos parâmetros da prole
(NOAEL parental 20,7 mg/kg p.c./dia; NOAEL prole/reprodução > 95,7 mg/kg p.c./dia). Em
coelhos houve redução no consumo de ração materno e no desenvolvimento do peso corpóreo,
no maior nível de dose (300 mg/kg p.c./dia). Não foi detectado efeito de tratamento nos fetos
(NOAEL materno 150 mg/kg p.c./dia; NOAEL fetal > 300 mg/kg p.c./dia). No estudo de
desenvolvimento em ratos conduzido com metalaxil-M foi observada toxicidade materna,
caracterizada pela redução do consumo de ração e do peso corpóreo nas doses ≥50 mg/kg
p.c./dia (NOAEL materno 10 mg/kg p.c./dia; NOAEL fetal > 250 mg/kg p.c./dia). Metalaxil-M não
alterou o desempenho reprodutivo em ratos e não revelou potencial teratogênico em ratos e
coelhos. Diversos estudos específicos que investigaram efeitos no sistema endócrino foram
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realizados com metalaxil e não detectaram efeitos de desregulação endócrina relevantes dessa
molécula para mamíferos.

Tiabendazol: No estudo de dois anos em ratos (dieta), foi observada redução no consumo
de ração e no ganho de peso corpóreo, além de leves alterações em parâmetros
hematológicos. Os efeitos tireoidianos (aumento do peso relativo, hipertrofia das células
foliculares ou hiperplasia) foram decorrentes de alterações hepáticas (aumento do peso
relativo e hipertrofia de hepatócitos), sendo esse modo de ação não relevante para humanos
(NOAEL 10,1 mg/kg p.c./dia). Em camundongos, houve redução na sobrevida e peso
corpóreo de ambos os sexos expostos a altas doses. Outros achados foram o aumento do
peso do fígado, redução do peso renal e aumento da incidência de trombose atrial no coração
(NOAEL 6,6 mg/kg p.c./dia). O tiabendazol não apresentou genotoxicidade in vivo e in vitro.
Nos estudos de toxicidade reprodutiva de duas gerações (via oral) e desenvolvimento em
ratos, foi observada redução do peso corpóreo materno e do consumo de ração. Além disso,
o ganho de peso corporal dos filhotes foi reduzido (dose alta) durante a lactação em ambas
as gerações. O desempenho reprodutivo não foi afetado pelo tratamento (NOAEL toxicidade
reprodutiva: 90 mg/kg p.c.; 8,6 mg/kg p.c. (adultos); 28,4 mg/kg p.c. (filhotes); NOAEL
materno e do desenvolvimento: 10 mg/kg p.c.). Em dois estudos do desenvolvimento em
coelhos, foram detectadas alterações fetais secundárias à toxicidade materna, caracterizada
pela redução do consumo de ração e do peso corpóreo (NOAEL geral de desenvolvimento:
150 mg/kg p.c./dia). Com base nos estudos disponíveis, o tiabendazol não é considerado
carcinogênico, teratogênico ou tóxico para a reprodução em humanos.

Tiametoxam: Em estudo de 104 semanas em ratos nas doses de 0; 0,41; 1,29; 21; e 63
mg/kg p.c./dia para machos e 0; 0,48; 1,56; 50,3 e 155 mg/kg p.c./dia para fêmeas, machos
na dose de 21 mg/kg p.c./dia apresentaram as seguintes alterações não neoplásicas
relacionadas ao tratamento: Aumento da incidência de alterações renais tubulares
regenerativas, lesão crônica tubular e proliferação basofílica tubular; ainda em machos, na
dose de 63 mg/kg p.c./dia, foi observado leve aumento na incidência de nefropatia crônica
leve a moderada e ligeiro aumento na incidência de infiltração renal tubular e pélvica
linfocítica. Os achados renais foram considerados consequência do acúmulo de alfa-2-
microglobulina, mecanismo exclusivo do rato macho. Fêmeas na dose de 155 mg/kg p.c./dia
apresentaram aumento mínimo na severidade de hemossiderose esplênica, alem de
aumento na incidência de alteração celular focal leve a moderada no fígado, relacionado ao
tratamento (NOAEL machos: > 63 mg/kg p.c./dia; NOAEL fêmeas: 50,3 mg/kg/p.c./dia). Em
camundongos tratados por 78 semanas nas doses de 0; 0,65; 2,63; 63,8; 162; e 354 mg/kg
p.c./dia em machos e 0; 0,89; 3,68; 87,6; 215; e 479 mg/kg p.c./dia em fêmeas, os efeitos
crônicos observados foram - no grupo de maior dose - diminuição do ganho de peso corpóreo,
espessamento do estômago (machos), aumento da incidência de hematopoiese
extramedular e de hiperplasia epitelial da mucosa gástrica; nas doses de 162 e 215 mg/kg
p.c./dia houve distensão abdominal, aumento do peso do fígado (machos), diminuição de
vesículas seminais aumentadas e aumento no número e tamanho dos focos eosinofílicos
(fêmeas); nas doses de 64 e 88 mg/kg p.c./dia foi observado aumento de massas e nódulos
hepáticos (machos), aumento do peso do fígado (fêmeas), aumento no número e tamanho
de focos eosinofílicos (machos), lesões hepáticas, como aumento de infiltração de células
inflamatórias, necrose de hepatócitos, hipertrofia hepatocelular, aumento da atividade
mitótica, pigmentação, hiperplasia das células de Kupffer e diminuição da incidência de
lesões proliferativas degenerativas e inflamatórias em outros tecidos que não o fígado. Foram
observados adenocarcinomas hepatocelulares nos três grupos de maiores doses, entretanto
a sequência de efeitos hepáticos que levaram a tumores hepáticos demonstrou não ter
relevância para o homem. Assim, o tiametoxam não é considerado carcinogênico para seres
humanos, além de não apresentar efeito mutagênico em estudos in vivo e in vitro. Em estudo
da reprodução de duas gerações em ratos, as reduções no ganho de peso corpóreo dos
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filhotes das gerações F1 e F2 foram observadas apenas no período pré-desmame e nas
maiores doses, não sendo considerados efeitos no desenvolvimento (NOAEL parental 118
mg/kg p.c./dia; NOAEL fetal 1,8 – 6,4 mg/kg p.c./dia). Em estudos do desenvolvimento em
ratos e coelhos, a toxicidade materna se deu por diminuição de peso corpóreo e consumo de
ração (ratos: 200 mg/kg/p.c./dia; coelhos: 50 mg/kg/p.c./dia). Os efeitos observados nos
filhotes, como redução de peso e atraso na ossificação, foram vistos apenas nas doses iguais
ou maiores àquelas indutoras de toxicidade materna (ratos: 750 mg/kg/p.c./dia; coelhos: 150
mg/kg/p.c./dia) (NOAEL materno, ratos e coelhos: 30 e 15 mg/kg/p.c./dia, respectivamente;
NOAEL fetal, ratos e coelhos: 200 e 50 mg/kg/p.c./dia, respectivamente). Não foram
observados efeitos teratogênicos nos estudos acima descritos. Sendo assim, o tiametoxam
não é classificado para toxicidade reprodutiva, carcinogenicidade ou mutagenicidade de
acordo com o GHS. Estudos de neurotoxicidade em ratos não revelaram evidências de
potencial neurotóxico. Também não foram identificados órgãos-alvo relevantes após estudos
de exposições repetidas.

 DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE:

1. PRECAUÇÕES DE USO E ADVERTÊNCIAS QUANTO AOS CUIDADOS DE
   PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE:

• Este produto é:

     - Altamente Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE I).
 X   - MUITO PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE (CLASSE II).
     - Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE III).
     - Pouco Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE IV).

• Este produto é ALTAMENTE PERSISTENTE no meio ambiente.
• Este produto é ALTAMENTE MÓVEL, apresentando alto potencial de deslocamento no solo,
podendo atingir principalmente águas subterrâneas.
• Este produto é ALTAMENTE TÓXICO para abelhas, podendo atingir outros insetos
benéficos. Não aplique o produto no período de maior visitação das abelhas.
• Evite a contaminação ambiental - Preserve a Natureza.
• Não utilize equipamento com vazamentos.
• Não aplique o produto com ventos fortes ou nas horas mais quentes.
• Aplique somente as doses recomendadas.
• Não lave embalagens ou equipamento aplicador em lagos, fontes, rios e demais corpos
   d’água. Evite a contaminação da água.
• A destinação inadequada de embalagens ou restos de produtos ocasiona contaminação
   do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, a flora e a saúde das pessoas.


2. INSTRUÇÕES DE ARMAZENAMENTO DO PRODUTO, VISANDO SUA
   CONSERVAÇÃO E PREVENÇÃO CONTRA ACIDENTES:
 • Mantenha o produto em sua embalagem original sempre fechada.
 • O local deve ser exclusivo para produtos tóxicos, devendo ser isolado de alimentos,
   bebidas, rações ou outros materiais.
 • A construção deve ser de alvenaria ou de material não combustível.
 • O local deve ser ventilado, coberto e ter piso impermeável.
 • Coloque placa de advertência com os dizeres: CUIDADO, VENENO.

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• Tranque o local, evitando o acesso de pessoas não autorizadas, principalmente crianças.
• Deve haver sempre embalagens adequadas disponíveis para envolver embalagens
  rompidas ou para o recolhimento de produtos vazados.
• Em caso de armazéns, devem ser seguidas as instruções constantes na NBR 9843 da
  Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
• Observe as disposições constantes da legislação estadual e municipal.



3. INSTRUÇÕES EM CASOS DE ACIDENTES:
 • Isole e sinalize a área contaminada.
 • Contate as autoridades locais competentes e a empresa SYNGENTA PROTEÇÃO DE
   CULTIVOS LTDA.
 • Telefone da empresa 0800 704 4304.
 • Utilize o equipamento de proteção individual (EPI) (macacão impermeável, luvas e botas
   de borracha, óculos protetor e máscara com filtros).
 • Em caso de derrame, estanque o escoamento, não permitindo que o produto entre em
   bueiros, drenos ou corpos d’água. Siga as instruções a seguir:
   Piso pavimentado: absorva o produto com serragem ou areia, recolha o material com o
   auxílio de uma pá e coloque em recipiente lacrado e identificado devidamente. O produto
   derramado não deve ser mais utilizado. Neste caso, consulte o registrante pelo telefone
   indicado no rótulo, para sua devolução e destinação final.
   Solo: retire as camadas de terra contaminada até atingir o solo não contaminado,
   recolha esse material e coloque em recipiente lacrado e devidamente identificado.
   Contate a empresa registrante conforme indicado.
   Corpos d’água: interrompa imediatamente a captação para o consumo humano ou
   animal, contate o órgão ambiental mais próximo e o centro de emergência da empresa,
   visto que as medidas a serem adotadas dependem das proporções do acidente, das
   características do corpo hídrico em questão e da quantidade do produto envolvido.
   Em caso de incêndio, use extintores DE ÁGUA EM FORMA DE NEBLINA, DE CO2 ou
   PÓ QUÍMICO, ficando a favor do vento, para evitar intoxicação.

4. PROCEDIMENTOS    DE   LAVAGEM,     ARMAZENAMENTO, DEVOLUÇÃO,
   TRANSPORTE E DESTINAÇÃO DE EMBALAGENS VAZIAS E RESTOS DE
   PRODUTOS IMPRÓPRIOS PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO:

EMBALAGEM RÍGIDA NÃO LAVÁVEL

ESTA EMBALAGEM NÃO PODE SER LAVADA

ARMAZENAMENTO DA EMBALAGEM VAZIA

• O armazenamento das embalagens vazias, até sua devolução pelo usuário, deve ser
efetuado em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso impermeável, ou no
próprio local onde são guardadas as embalagens cheias.
• Use luvas no manuseio dessa embalagem.
• Esta embalagem vazia deve ser armazenada com sua tampa, em caixa coletiva, quando
existente, separadamente das embalagens lavadas.


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DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA

• No prazo de até um ano da data da compra, é obrigatória a devolução da embalagem
vazia, com tampa, pelo usuário, ao estabelecimento onde foi adquirido o produto ou no local
indicado na nota fiscal, emitida no ato da compra.
• Caso o produto não tenha sido totalmente utilizado nesse prazo, e ainda esteja dentro de
seu prazo de validade, será facultada a devolução da embalagem em até seis meses após
o término do prazo de validade.
• O usuário deve guardar o comprovante de devolução para efeito de fiscalização, pelo
prazo mínimo de um ano após a devolução da embalagem vazia.

TRANSPORTE
• As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas,
medicamentos, rações, animais e pessoas.

EMBALAGEM SECUNDÁRIA (NÃO CONTAMINADA)

ESTA EMBALAGEM NÃO PODE SER LAVADA

ARMAZENAMENTO DA EMBALAGEM VAZIA
•   O armazenamento das embalagens vazias, até sua devolução pelo usuário, deve ser
    efetuado em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso impermeável, no
    próprio local onde são guardadas as embalagens cheias.

DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA
• É obrigatória a devolução da embalagem vazia, pelo usuário, ao estabelecimento onde foi
  adquirido o produto ou no local indicado na nota fiscal, emitida pelo estabelecimento
  comercial.

TRANSPORTE
As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas,
medicamentos, rações, animais e pessoas.

DESTINAÇÃO FINAL DAS EMBALAGENS VAZIAS

•   A destinação final das embalagens vazias, após a devolução pelos usuários, somente pode ser
    realizada pela Empresa Registrante ou por empresas legalmente autorizadas pelos órgãos
    competentes.
•   É PROIBIDO AO USUÁRIO A REUTILIZAÇÃO E A RECICLAGEM DESTA EMBALAGEM VAZIA
    OU O FRACIONAMENTO E REEMBALAGEM DESTE PRODUTO.
•   EFEITOS SOBRE O MEIO AMBIENTE DECORRENTES DA DESTINAÇÃO INADEQUADA DA
    EMBALAGEM VAZIA E RESTOS DE PRODUTOS.
•   A destinação inadequada das embalagens vazias e restos de produtos no meio ambiente causa
    contaminação do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, a flora e a saúde das pessoas.

PRODUTOS IMPRÓPRIOS PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO
• Caso este produto venha a se tornar impróprio para utilização ou em desuso, consulte o
  registrante pelo telefone indicado no rótulo, para sua devolução e destinação final.
• A desativação do produto é feita pela incineração em fornos destinados para este tipo de
  operação, equipados com câmaras de lavagem de gases efluentes e aprovados por órgão
  ambiental competente.

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                                                                  Bula Completa – 19.08.2025




5. TRANSPORTE DE AGROTÓXICOS, COMPONENTES E AFINS:
• O transporte está sujeito às regras e aos procedimentos estabelecidos na legislação
   específica, bem como determina que os agrotóxicos não podem ser transportados junto
   de pessoas, animais, rações, medicamentos e outros materiais.

6. RESTRIÇÕES ESTABELECIDAS POR ÓRGÃO COMPETENTE DO ESTADO,
DISTRITO FEDERAL OU MUNICIPAL:
• De acordo com as recomendações aprovadas pelos órgãos responsáveis.




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