Zimbábue sedia seminário brasileiro sobre biocombustíveis

02.11.2009 | 21:59 (UTC -3)

Representantes do governo brasileiro encerraram, sábado (31/10), a participação no seminário internacional sobre biocombustíveis, que ocorre em Harare, capital do Zimbábue.

Essa agenda integra ações de apoio do Brasil aos países que vêm se desenvolvendo na área de energias renováveis.

O governo zimbabuano tem planos para desenvolver o setor energético até 2020 e a meta é produzir mais de um bilhão de litros de etanol por ano. Como parte das medidas, um grupo de empresários do Zimbábue adquiriu usina brasileira de produção de etanol, localizada em Diamantina/MG, que será desmontada e transportada para o país africano, onde passará a funcionar. O valor total do investimento é de US$ 220 milhões.

O destino da produção de etanol do Zimbábue será os países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, em particular, a África do Sul. O projeto prevê que o mercado sul-africano consumirá anualmente cerca de 760 milhões de litros de etanol, graças à política governamental que determina a mistura de 8% de etanol nos combustíveis derivados do petróleo.

A primeira etapa do empreendimento prevê o plantio de 12 mil hectares de cana-de-açúcar no estado de Chisumbanje, região sudeste do Zimbábue, que terá capacidade anual de processar de 1,5 bilhão de toneladas, para produzir mais de 100 milhões de litros de etanol. Nesta fase, o investimento está estimado em US$ 100 milhões. Posteriormente, o grupo pretende expandir a plantação de cana para 40 mil hectares, aumentar a produção de etanol com novos equipamentos e investir mais US$ 120 milhões.

Histórico - Nos últimos 20 anos, o país tem utilizado uma mistura de etanol na gasolina: começou com 15% e passou para 12%, com o aumento na demanda por combustíveis. No caso do biodiesel, o país tem planos de substituir 10% do diesel mineral com biodiesel de pinhão-manso, soja, algodão e girassol até 2017, o que representaria cerca de 100 milhões de litros ao ano.

Nesta terça-feira (3), os representantes do governo brasileiro chegam em Maputo, Moçambique, para encerrar a série de seminários em países africanos.

Sophia Gebrim

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