Cuiabá, capital de Mato Grosso, recebe em novembro o XIV Seminário Nacional de Milho Safrinha (SNMS). Realizado a cada dois anos, o evento é considerado referência na divulgação de inovações tecnológicas do milho safrinha, além de uma oportunidade de difusão de conhecimentos, debates e discussões para produtores, empresários, cientistas, técnicos e estudantes ligados à cadeia produtiva da cultura nesta modalidade de cultivo.
O Seminário acontecerá no Centro de Eventos do Pantanal, de 21 a 23 de novembro e as inscrições já estão abertas. A realização é da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, com co-realização da Aprosoja- MT, promoção da Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS) e apoio científico da Universidade Estadual de Mato Grosso (UFMT), além do patrocínio de empresas e apoio de veículos de comunicação e instituições de pesquisa.
A escolha de Cuiabá como cidade sede do evento tem grande relevância por ser a capital do estado onde mais se cultiva e produz milho safrinha no Brasil. Na safra 2016/2017, a área cultivada com o grão em Mato Grosso foi de 4,7 milhões de hectares, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Sorriso (MT) é o município detentor da maior área cultivada de milho safrinha, algo em torno dos 440 mil hectares. E o Médio Norte do Estado, uma das regiões agrícolas mais importantes do País, é responsável por 43% da área e da oferta estadual da produção desse cereal.
Claudinei Kappes, pesquisador da Fundação MT e presidente do XIV Seminário Nacional de Milho Safrinha, acrescenta que a safrinha de milho 2017 é histórica no Mato Grosso. “Pela primeira vez foi registrada a maior área de cultivo de milho safrinha, desde a sua introdução, no início da década de 90. Em outras palavras, nos permite inferir que próximo à 50% da área cultivada com soja cedeu espaço para o milho em sua sucessão. É por esse motivo que, no Mato Grosso, o milho é considerado a principal cultura cultivada na safrinha”, coloca.
O uso de cultivares de soja com menor ciclo na safra principal e a sua semeadura no cedo são os principais fatores que permitiram, ao longo do tempo, o aumento significativo de área de milho safrinha. A expectativa é que também ocorra recorde de produção, conforme explica Claudinei. “As chuvas foram favoráveis em boa parte do Estado, a exemplo do Médio Norte. Mas não são apenas pontos positivos, o armazenamento do grão está sendo uma dificuldade, pois nosso estado não tem condições de armazenar a super safra de milho, além de que vários armazéns ainda se encontram com soja”, lembra ele.
O evento - Nesta edição, o Seminário espera receber em torno de 500 participantes de diversas regiões do estado e do país. A programação do evento foi planejada de modo a contribuir com novos conhecimentos científicos e tecnológicos, a fim de sanar dúvidas e vencer os principais gargalos encontrados na cadeia produtiva do milho safrinha em âmbito nacional.
Serão levados temas sobre ecofisiologia, manejo da fertilidade do solo, adubação e manejo fitossanitário do milho safrinha no Brasil, além de importantes contribuições dos seminaristas, por meio das apresentações de trabalhos científicos durante a sessão de pôsteres, e das empresas patrocinadoras, com serviços e inovações tecnológicas no espaço de expositores.
Inscrições - Até o dia 31 de agosto, as inscrições podem ser feitas com desconto; a partir de 01/09 o valor é reajustado e as inscrições se encerram em 17 de novembro. Após esta data, será possível realizar a inscrição somente no local do evento, mediante a disponibilidade de vagas, porém, sem garantia de entrega de material ao participante. Já o envio de Resumos Expandidos, para análise da Comissão Técnico-Científica, poderá ser feito até o dia 15 de setembro. Mais informações estão disponíveis em snms2017.fundacaomt.com.br.