Viabilidade técnica e econômica do trigo é debatida em painel

14.10.2011 | 20:59 (UTC -3)
Christiane Congro Comas

Ao longo da semana, de 3 a 6 de outubro, foram realizados quatro painéis voltados para a pesquisa de viabilidade do sistema de sucessão soja e trigo. As atividades foram realizadas nas cidades paranaenses de Guarapuava, Londrina, Toledo e em Mato Grosso do Sul no município de Dourados. Os encontros coordenados pela equipe de pesquisadores da Embrapa Trigo buscaram reunir informações que poderão contribuir com a caracterização do sistema de produção de trigo e soja nas regiões, possibilitando a realização de ajustes nas estratégias de pesquisa regional.

O painel em Dourados aconteceu na Embrapa Agropecuária Oeste, na quinta-feira (6), reuniu pesquisadores e produtores envolvidos no sistema de produção de trigo e soja. A atividade faz parte do plano de ação do projeto de macroprograma da Embrapa, intitulado “Estratégias de manejo regionalizadas para a manutenção da viabilidade técnica e econômica da sucessão trigo e soja no sul do Brasil e MS”.

O líder do projeto João Leonardo Fernandes Pires, pesquisador da Embrapa Trigo, destaca que a viabillidade técnica e econômica da sucessão trigo-soja no Sul do país e soja-trigo em Mato Grosso do Sul tem sido ameaçada nos últimos anos, devido a inúmeras mudanças no sistema de produção das duas culturas. “A adoção de cultivares superprecoces, antecipação de épocas de semeadura, maior espaçamento no arranjo de plantas, melhorias no manejo e fertilidade de solo, implementação de sistemas integrados de produção e estratégias de proteção de plantas são aspectos que têm gerado insegurança na tomada de decisão de manejo por parte dos produtores em relação a essas duas culturas e o projeto pretende contribuir com informações que possam subsidiar esse processo”, explicou Pires.

Segundo a Embrapa Trigo, são esperados os seguintes resultados no projeto: validação de opções de manejo viáveis para melhorar o ajuste e manter a viabilidade das duas culturas; melhor caracterização dos genótipos de trigo e soja da Embrapa nos diversos ambientes do Sul do Brasil e do Mato Grosso do Sul; geração de indicadores para refinamento do zoneamento agrícola; estimativa dos custos de produção para diferentes opções de manejo e a geração de indicadores que possibilitem a expansão sustentável da área de trigo cultivada. “Estamos no começo de nossa caminhada, pois esse projeto de pesquisa teve inicio agora e deve ser concluído em quatro anos, ou seja, em 2015”, disse. Além da Embrapa Trigo (Passo Fundo/RS), fazem parte do projeto a Embrapa Soja (Londrina/PR), a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados/MS), a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Sul (Fepagro), a Pontifícia Universidade Católica (PUC/Toledo), a Sociedade Educacional Três de Maio (Setrem) e a Faculdades Porto-Alegrenses (FAPA/Agrária).

Eduardo Caierão

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