Vendas de consórcios ultrapassam um milhão de cotas e somam mais de R$ 32 bilhões nos cinco primeiros meses

18.07.2011 | 20:59 (UTC -3)
Elisa Polonio

Com a superação da marca de um milhão de novas cotas vendidas, no período de janeiro a maio, o Sistema de Consórcios registrou crescimento e acumulou volume de negócios superior a R$ 32 bilhões. A evolução sinaliza um comportamento diferenciado do consumidor e confirma a sua tendência de análise, comparação e decisão pelo consórcio como forma de aquisição de bem ou serviço, visando a formação de patrimônio pessoal, familiar ou empresarial.

A comercialização de 1,06 milhão de novas cotas (jan-maio/2011), 28,1% mais que as 827,3 mil (jan-mai/2010) anteriores, resultou a partir dos crescimentos nos veículos leves (automóveis, utilitários e camionetas) com 57,0%, veículos pesados (caminhões, tratores, máquinas agrícolas, implementos) com 35,6%, motocicletas com 21,3%, imóveis (casas, apartamentos, terrenos e galpões, entre outros) com 15,4% e serviços, o mais novo setor de atuação dos consórcios, com 208,3%.

“A marca de 4,32 milhões de participantes ativos, atingida em maio, 11,3% mais que o registrado há um ano, (3,88 milhões), é conseqüência natural da economia proporcionada, e da confiança e segurança oferecidas pelo Sistema de Consórcios”, afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. “Ao se questionar sobre a necessidade imediata ou não do bem ou serviço, o brasileiro, pesquisa, analisa e compara os custos para efetivar a compra. Em várias oportunidades, a decisão volta-se para o consórcio que reúne aspectos importantes para seu crescimento patrimonial com menor custo, tranqüilidade e de forma planejada”, complementa.

O Sistema de Consórcios, ao regular a demanda e fomentar o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva – indústria, comércio e serviços -, focos da política econômica, permite o crescimento global em todos os setores onde está presente.

Ao atuar como um autofinanciamento, dispensa a utilização de dinheiro público e não gera impacto inflacionário nos preços, já que a venda futura torna-se programada e segura. Promovendo o consumo responsável, estimula a poupança com objetivo definido, permite a melhoria do planejamento e difunde também a educação financeira junto ao consumidor.

Ao somar R$ 32,5 bilhões nos cinco primeiros meses do ano, os consórcios cresceram 41,3%, quando comparados ao mesmo período de 2010 (R$ 23 bilhões). Neste ano, mês a mês, o volume registrou um aumento de 42,3%, saltando de R$ 5,2 bilhões, em janeiro, para R$ 7,4 bilhões, em maio.

Estudos feitos pela Assessoria Econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios – ABAC apontam que, nos cinco primeiros meses deste ano, as contemplações registradas no setor de veículos leves (automóveis, utilitários e camionetas) de fabricação nacional, participaram em 11,1% das vendas internas no país, tomando por base os dados da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.

A maior parcela ocorreu na região Nordeste (12,9%), enquanto a Norte, com 12,4%, ocupou o segundo lugar. A região Sul esteve na terceira colocação, somando 12,0%. Abaixo da média nacional (11,1%), ficaram as regiões Central, com 10,8%, e Sudeste, que atingiu 10,1%.

No maior setor do Sistema de Consórcios, em número de participantes, a presença dos contemplados nas vendas internas de motocicletas e motonetas foi de 30,6%, quando analisada sobre os dados da Abraciclo - Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares. As regiões Norte (47,3%) e Nordeste (38,6%) superaram a média nacional, enquanto a Central (30,6%) se igualou, e a Sul (21,3%) e a Sudeste (19,8%) ficaram inferiores.

Entre os veículos pesados (caminhões, máquinas agrícolas), cuja participação nacional chegou a 14,6%, também de janeiro a maio deste ano e referenciados sobre os dados da Anfavea, a maior presença das contemplações foi registrada na região Central com 21,7%. A seguir, estiveram as regiões Norte (16,5%) e Nordeste (15,2%), enquanto Sudeste (13,7%) e Sul (13,3%) ficaram abaixo da marca nacional.

No mercado imobiliário, na relação com os dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE, as contemplações, acumuladas nos cinco meses iniciais do ano, mostraram uma participação no índice nacional de 14,2%. Acima, ficaram as regiões Norte (21,4%), Sul (18,5%) e Sudeste (15,1%), enquanto a Nordeste (12,0%) e a Central (7,3%) estiveram abaixo.

“Os números demonstram a importância do Sistema de Consórcios na comercialização de veículos leves, veículos pesados, motos e imóveis em cada região no país, em 2011 e ao longo dos últimos anos”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.

Atualmente, ao lado das diversas alternativas, que viabilizam a compra de carros, motocicletas, caminhões, máquinas agrícolas, imóveis, os consórcios dividem a preferência do consumidor. “Para os que planejam, fazem contas, comparam e não querem pagar juros, o mecanismo de autofinanciamento é o ideal”, diz o presidente da ABAC. “Para a indústria, esse mecanismo genuinamente nacional, permite a programação da produção a médio e longo prazos e garante o nível de atividade econômica. Como há contemplação de participantes ao longo da duração dos grupos, o Sistema de Consórcios assegura a continuidade das vendas e, desta forma, participa de forma decisiva da cadeia produtiva”, completa.

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