Agricultores familiares assistidos pela EBDA exportam guaraná orgânico para a Alemanha
Os cafés das espécies Conillon e Arábica estão sendo expostos no estande da Cadeia Produtiva do Café, durante a 24ª Feira Nacional de Agropecuária da Bahia (Fenagro), no Parque de Exposições de Salvador. Estas espécies são as mais cultivas na Bahia, tanto por grandes produtores como pela agricultura familiar, em 167 municípios, nos Territórios de Identidade Baixo Sul, Chapada Diamantina, Extremo sul, Oeste, Vale do Jequiriçá e Vitória da Conquista.
Comandado pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), o estande mostra o desenvolvimento da cultura em todo o Estado, que hoje ocupa o quarto lugar no ranking nacional, com 23,9 mil propriedades produtoras, 148 mil hectares plantados com café, produtividade de 15,2 sacas/hectare e produção de 2,25 milhões de sacas, na safra 2010/2011.
Segundo o especialista da EBDA, o engenheiro agrônomo Fábio Lúcio Martins Neto, da Gerência Regional de Seabra, a cultura do café é muito desenvolvida em todo o país, bastante tecnificada, e com investimentos considerados em pesquisa e tecnologia. Este setor conta com o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBPD), responsável pela cafeicultura nacional, onde a EBDA faz parte do seu conselho, por ser um dos sócios fundadores da organização. Na Bahia, particularmente, junto à agricultura familiar, a EBDA foca as suas ações no estímulo ao associativismo e cooperativismo, na difusão de tecnologias de processamento pós-colheita, na elaboração de propostas de financiamento pelo crédito rural, e na capacitação dos cafeicultores familiares, visando colocá-los no mercado, de forma competitiva.
No Estado, aproximadamente 90% dos cafeicultores são de agricultores familiares, com área plantada de até 6 hectares. “O café é uma cultura que utiliza muita mão de obra, gerando cerca de 250 mil empregos. Com exportação, a receita do Estado chega a 118,59 milhões de dólares, anual”, informou Fábio Martins, destacando o café como uma cultura geradora de riquezas, na Bahia.
Martins também destacou a cafeicultura do Estado, nas regiões produtoras: no Oeste, a característica principal é que a cultura é totalmente irrigada e desenvolvida por grandes produtores. Já na Chapada Diamantina, é onde são produzidos os cafés de melhor qualidade da Bahia, por agricultores familiares, enquanto no Extremo Sul é cultivada a espécie Coffea canephora, conhecida como Conillon, importante para a fabricação de café solúvel.
“Não se pode falar nas principais culturas do Estado sem citar o café, uma das maiores riquezas da Bahia e do Brasil”, comentou o engenheiro agrônomo da EBDA, Lucas Athayde de Oliveira, um dos responsáveis pelo estande da Seagri/EBDA, na Fenagro. Destacando os trabalhos com a cultura, ele explicou que o espaço mostra plantas das espécies arábica e conillon, os diversos processos de pós colheita, que interferem na qualidade final do café, e os tipos de seleção de café, que determinam a sua qualidade.
O público visitante também conhece a forma como o café é exportado e tem a oportunidade de degustar um cafezinho coado na hora, da melhor qualidade.
Assessoria de Imprensa
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