Uso de drones é alternativa eficience contra o greening

A 44ª Semana da Citricultura/48ª Expocitros, em Cordeirópolis (SP), trouxe mais um dia de palestras para os profissionais do setor ampliarem o conhecimento e as boas práticas nos pomares. Na tarde desta quarta-feira (31), dentro do painel “Inovação e Sustentabilidade”, o pesquisador do Fundecitrus Marcelo Miranda apresentou palestra sobre as perspectivas da utilização de drones no manejo dos pomares, especialmente no controle químico do inseto transmissor do greening.

Em estudos apresentados pelo pesquisador, as aplicações com essa tecnologia mostraram-se eficazes no controle de insetos adultos, alcançando mortalidade acima de 80%. O trabalho foi pioneiro em 2021, pois não havia registro do uso de drone para o controle químico do psilídeo na citricultura ocidental. A utilização de drones tem papel agregador no monitoramento do cultivo, mapeamento do solo e aplicação de insumos. “Estamos falando de uma agricultura de precisão, capaz de contribuir muito positivamente com o manejo que o citricultor já executa no pomar para potencializar os resultados no controle de pragas, em especial o psilídeo, que é o maior desafio da citricultura”, destaca o pesquisador.

Controle do psilídeo

De acordo com os estudos desenvolvidos pelos Fundecitrus, drones para o controle do inseto transmissor do greening têm capacidade de pulverizar de 60 a 80 hectares por dia. Pode ser utilizado, ainda, na faixa de borda (independentemente do sentido do plantio e relevo) e talhões específicos (com maior população de psilídeo ou de difícil acesso, por exemplo)

Desafios

O levantamento anual da incidência de greening feito pelo Fundecitrus indica que a incidência média da doença subiu de 22,37%, em 2021, para 24,42% em 2022 em todo cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro. Um crescimento de 9,16%. A situação exige mais esforço dos citricultores para o controle mais eficaz. “O drone representa mais um passo para a manutenção da sanidade e a competitividade da citricultura brasileira. A tecnologia já está validada, contudo as pesquisas ainda continuam e as expectativas são promissoras para o setor”, finaliza.