Usina de produção de biometano será implantada em aterro sanitário de Porto Alegre (RS)

Implantado no Aterro Minas do Leão, que atende 123 municípios, projeto deve evitar emissões de 50 mil toneladas de CO2 equivalentes/ano

02.10.2023 | 14:26 (UTC -3)
BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou financiamento no valor de R$ 99,8 milhões para a implantação de uma usina de produção de biometano no aterro sanitário Minas do Leão, localizado na cidade homônima, a 80 km de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Atualmente, o aterro recebe resíduos sólidos de 123 municípios, incluindo a região metropolitana da capital. A estimativa é de que a unidade tenha capacidade de produzir até 66 mil m3/dia de biometano, combustível sustentável semelhante ao gás natural. A expectativa é que o projeto evite anualmente emissões de gases de efeito estufa de aproximadamente 50.000 tCO2e (50 mil toneladas de CO2 equivalentes).

Esse é o primeiro financiamento do BNDES com recursos do Fundo Clima para produção de biometano a partir de resíduos sólidos urbanos. Estruturada como Project Finance, a iniciativa terá R$ 56,5 milhões do Programa Fundo Clima, complementados por R$ 43,2 milhões do BNDES Finem.

A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco, Luciana Costa (na foto), considera que “a operação é um marco para o BNDES, pois usa os recursos do Fundo Clima para um projeto que conjuga transição energética com o aprimoramento da destinação dos resíduos sólidos urbanos”.

A planta tem inauguração prevista para o segundo semestre de 2024, e o gás gerado será adquirido pelo Grupo Ultra, segundo contratos de compra já firmados. Os clientes finais serão, em sua maioria, empresas do setor industrial, que receberão o combustível na forma de gás natural comprimido, via modal rodoviário.

O apoio do BNDES corresponde a cerca de 80% do investimento total de R$ 125,3 milhões que será realizado pela Biometano Sul S.A., sociedade de propósito específico criada para a produção de biometano no local, com controle do Grupo Solví e da consultoria Arpoador Energia.

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