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O plantio do trigo está quase concluído no Rio Grande do Sul, restando 2% da área prevista para esta safra no Corede Campos de Cima da Serra, cujo plantio se estende até 20 de agosto próximo, conforme zoneamento agrícola de risco climático. Neste Corede, responsável por 4% da área de trigo no Estado, destacam-se pela área cultivada os municípios de Muitos Capões (13 mil hectares), Vacaria (6 mil hectares), Esmeralda (2.500 hectares) e Campestre da Serra (1.500 hectares); juntos, correspondem a 76,6% da área de trigo estimada para a região.
De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira, 18 de julho, a área cultivada com trigo nesta safra é de 739,4 mil hectares, sendo as maiores produtoras as regiões de Ijuí, que engloba os Coredes Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, e de Santa Rosa, Coredes Fronteira Noroeste e Missões, com 30 e 27% da área de trigo no Estado. Em alguns municípios na região de Ijuí, o zoneamento para plantio do trigo se estende até o dia 20 de julho para cultivares tardias. O clima nos últimos períodos foi favorável ao desenvolvimento da cultura, coincidindo com o estágio inicial de perfilhamento.
O plantio da canola está encerrado no RS e nesta safra atinge 32,7 mil hectares, sendo o rendimento médio projetado em 1.258 quilos por hectare. As principais regiões da Emater/RS-Ascar produtoras do grão são Santa Rosa (34,2% da área com canola no Estado), Ijuí (22% da área no Estado), Santa Maria (16% da área de plantio no Estado) e Bagé (13,4% da área no Estado).
Na região de Santa Rosa, 18% das lavouras de canola estão em desenvolvimento vegetativo, 49% em floração e 33% em início de formação do grão. Algumas lavouras foram atingidas por geadas, provocando o abortamento das flores, o que poderá trazer uma redução no rendimento. Alguns produtores relataram que não realizaram adubação de cobertura devido à baixa umidade e outros informaram não terem obtido o resultado esperado em função da ausência de chuva após essa prática.
Na cevada, a área estimada no Rio Grande do Sul é de 42,4 mil hectares, com rendimento médio de 2.073 quilos por hectare. Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí (22,4% da área no Estado), a cultura apresenta bom desenvolvimento inicial e boa densidade de plantas. A maioria das lavouras encontra-se em estágio vegetativo e uma pequena parte delas, em início da floração. De modo geral, as lavouras apresentam boa sanidade.
A área estimada para o plantio de aveia branca para grão no RS é de 299,86 mil hectares, com produtividade prospectada de 2.006 quilos kg por hectare. Na região de Ijuí, responsável por 37,1% da área cultivada com aveia branca no Estado, a cultura entra para o estádio reprodutivo. Há preocupação dos produtores com as áreas em início de formação de grãos, devido a possíveis danos ocasionados pelas fortes geadas ocorridas, mas até o momento as plantas não apresentaram sintomas de danos. O tempo frio e seco contribui para a redução do ataque de lagartas.
Na região Serrana, o frio intenso favoreceu a sanidade e o vigor das frutas, desde o campo até o mercado. Intensificou-se a colheita, com frutas de melhor coloração e sabor. O ataque de moscas, que vinha desde o início de outono e com forte intensidade, teve seu percurso interrompido. O consumo das frutas, que é muito atrelado às baixas temperaturas, teve grande impulso nesta semana, refletindo-se no fluxo comercial. As variedades precoces estão em final de colheita, apresentando polpa desidratada em virtude do clima seco em junho.
A cultura está em entressafra e o período com intensas geadas foi benéfico à dormência das plantas, proporcionando brotações e floração mais uniformes após a poda das frutíferas. Na região Sul, os produtores estão mais tranquilos com os acumulados de horas de frio. Até a segunda semana de julho, são 200 horas de frio (menores ou iguais a 7,2°C). Com o avanço significativo no acumulado (até então, eram apenas 67 horas), a expectativa é de safra superior às duas anteriores, ruins em qualidade e quantidade. A ocorrência de geadas e de frios intensos não afetou os pessegueiros até o momento. Segue intensa a elaboração de projetos técnicos e de crédito para o custeio da próxima safra junto aos principais agentes financeiros. Indústrias beneficiadoras de pêssego em calda realizam reuniões com produtores/fornecedores para capacitação sobre o preenchimento do caderno de campo, preparatório para a implantação da rastreabilidade da matéria-prima.
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