Divisão Agrícola da DowDupont se tornará Corteva Agriscience como parte do progresso rumo à uma empresa independente
Corteva Agriscience representa o propósito da empresa de enriquecer a vida daqueles que produzem e daqueles que consomem
Apesar de ter sido um ano ruim para o setor triticultor nacional, o trigo paulista fechou 2017 com números otimistas. A produção do estado registrou um crescimento da safra na casa dos 10%. Em 2017, o volume produzido foi de 266 mil/ton de trigo, número acima de 2016 que registrou 240 mil/ton.
O cenário nacional não foi tão positivo. Segundo números da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, o país registrou uma queda de 36% na produção do grão em relação aos números de 2016, fruto de problemas climáticos registrados no período.
“O estado de São Paulo é hoje o terceiro maior produtor de trigo no país e a expectativa é crescermos ano a ano, não só em volume produzido, mas também em qualidade”, afirma o presidente do Sindustrigo – Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo, Christian Saigh.
De acordo com Christian, o trigo paulista tinha uma presença pequena no mercado por conta da baixa qualidade apresentada no produto final, cenário que foi alterado com a retomada da Câmara Setorial há três anos que, supervisionada pela Secretária da Agricultura do Estado de São Paulo, reúne todos os elos de produção do grão e conseguiu, por meio do diálogo, reduzir a quantidade de variedades cultivadas e elevar a qualidade do trigo paulista.
“Conseguimos conscientizar os produtores do estado de que é preciso plantar melhor e, com isso, atender a demanda de qualidade da indústria. Com a melhora na qualidade do trigo paulista, as indústrias não precisaram importar grandes volumes do grão, por terem encontrado no próprio estado a matéria-prima que procuram”, afirma o presidente do Sindustrigo.
“O produtor de São Paulo, mais uma vez, acreditou na cultura do trigo e produziu grãos de alta qualidade e com ótima liquidez, por isso a safra obteve um dos melhores preços do Brasil e com ótimo escoamento do produto. Essa visão de optar por um número menor de variedades e com grande aptidão industrial está demonstrando ser o caminho certo”, destaca o presidente da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, Maurício Ghiraldelli.
Trigo paulista e o futuro
O mercado de São Paulo atualmente tem cerca de 80% de sua produção concentrada em quatro grandes cooperativas, que fornecem o trigo diretamente para os dez grandes principais moinhos do estado.
“Essa concentração do mercado, aliado à melhora da qualidade do trigo, ao baixo frete e ao fato de não precisar pagar ICMS são vantagens grandes para o mercado, pois a indústria moageira consegue consumir toda a produção de trigo paulista, diminuindo a necessidade de compra externa”, afirma Maurício.
“O produtor de São Paulo está mais consciente que pode plantar melhor e que isso acarretará em melhor remuneração. Podemos dizer que, com os esforços da Câmara Setorial e a conscientização do setor, o relacionamento entre o produtor e a indústria melhora a cada ano, fortalecendo assim a cadeia do trigo no estado”, ressalta Saigh. “Esperamos alcançar as 400 mil/ton com essa união dos setores no estado”.
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