Trigo já tem 3% das lavouras prontas para colher no RS

De acordo com a Emater/RS-Ascar, nesta quinta-feira (26/09), a área estimada nesta safra para o cultivo de trigo é de 739,4 mil hectares

27.09.2019 | 20:59 (UTC -3)
Taline Schneider

No Rio Grande do Sul, 7% das lavouras de trigo encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo), 32% na fase de floração, 58% delas estão na fase de enchimento do grão e em 3% delas o grão já encontra-se maduro por colher, característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, nesta quinta-feira (26/09), a área estimada nesta safra para o cultivo de trigo é de 739,4 mil hectares.

A área cultivada com canola no Rio Grande do Sul corresponde a 92,9% da área estimada para o Brasil. E a estimativa da Emater/RS-Ascar para o plantio nesta safra é de 32,7 mil hectares, com rendimento médio de 1.258 quilos por hectare. Entre as lavouras do Estado, 12% delas se encontram na fase de floração, 46% na fase de enchimento do grão, em 20% das lavouras a canola está madura por colher, característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita, e 22% colhida. As regiões da Emater/RS-Ascar principais produtoras dessa oleaginosa são Santa Rosa, Ijuí, Santa Maria, Bagé e Frederico Westphalen, que correspondem a 93% da área cultivada com a canola no Estado.

O levantamento da Emater/RS-Ascar para a área implantada com cevada no Estado é de 42,4 mil hectares, com rendimento médio de 2.073 quilos por hectare. Em 8% das lavouras, a fase é de desenvolvimento vegetativo, 26% delas estão em fase de floração, 50% na fase de enchimento do grão e 16% maduro por colher, característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita. De modo geral, o desenvolvimento das lavouras no Estado é considerado bom. E a área cultivada com a cultura no RS corresponde a 36,6% da área estimada para o Brasil.

A área estimada pela Emater/RS-Ascar com plantio de aveia branca para grão é de 299,9 mil hectares, com produtividade esperada de 2.006 quilos por hectare. A área cultivada com aveia no RS corresponde a 78,8% da área estimada pela Conab para o Brasil. No Estado, 2% das lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 14% em floração, 63% na fase de enchimento do grão, em 12% delas a aveia está madura por colher, característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita, e 9% das lavouras foram colhidas.

Milho

A estimativa da Emater/RS-Ascar para safra de milho 2019-2020 indica uma área de 771.578 hectares, um aumento de 1% em relação à safra anterior e uma produção estimada de mais de 5,9 milhões de toneladas. Isso resulta em produtividade de 7.710 quilos por hectare. Segundo o zoneamento agroclimático para o milho, o período de plantio ocorre entre o início de agosto e o final de janeiro. De acordo com o zoneamento, as regiões onde o plantio mais avançou na última semana foi Santa Rosa, Frederico Westphalen, Ijuí, Soledade, Passo Fundo e Erechim.

Olerícolas

Na região Nordeste, as condições climáticas no geral foram favoráveis ao bom desenvolvimento da cebola. No entanto, algumas lavouras foram afetadas por granizo, mas ainda não se pode dimensionar os danos. Na última semana choveu 19 milímetros em Ibiraiaras. As lavouras estão em estádio de desenvolvimento vegetativo.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, está em andamento o plantio de novas áreas de aipim, beneficiado pela boa umidade do solo; as primeiras lavouras implantadas apresentam boa brotação. Produtores buscam trocar materiais propagativos visando melhor adaptação dos genótipos e variedades mais resistentes a doenças. O plantio da cultura deve se estender até o próximo mês, já que alguns produtores preferem fazer o plantio quando o solo está mais quente, diminuindo o tempo de permanência do material no solo exposto a animais e doenças que possam causar danos e diminuir a emergência de plântulas. Os produtores seguem colhendo mandioca madura; porém, o descasque é mais oneroso e o cozimento está mais difícil. Segue a colheita também para produção de polvilho doce e azedo em agroindústria.

Na região Nordeste, as lavouras de batata seguem em desenvolvimento vegetativo. Produtores realizam monitoramento, tratamentos fitossanitários e preventivos. Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, que correspondem ao regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, segue o plantio; as lavouras implantadas estão em germinação e as primeiras apresentam bom desenvolvimento vegetativo.

Na grande região Metropolitana, as lavouras de batata doce encontram-se em enchimento de tubérculos e estão sendo colhidas, totalizando 94% da área na Costa Doce. Produtores percebem queda no consumo.

Na região Sul, prosseguem as atividades de transplante de mudas de tomate para estufas. O preço subiu novamente na semana. No Litoral Norte do Estado, estão sendo replantadas áreas atingidas pelo granizo. Na região Sul, continua sendo realizado transplante de mudas de pimentão para estufas. O preço do pimentão aumentou.  

Frutícolas

No Litoral Norte, os principais municípios produtores de banana são Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras, Mampituba, Dom Pedro de Alcântara e Torres. A produção está em colheita; no entanto, a produtividade, que já era menor em razão da nebulosidade, reduziu ainda mais com a ocorrência de granizo. Com isso, reduz a oferta da fruta, elevando os preços.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, produtora de maracujá amarelo azedo, finalizou o vazio sanitário e foi iniciada a implantação de novos pomares. Com isso, a safra é antecipada, tendo em vista nova forma de produção de mudas.

Na região Sul, a cultura do pêssego encontra-se principalmente em fase de frutificação; algumas cultivares ainda estão em florescimento e entram em finalização as atividades de poda. Em pomares localizados em áreas baixas, com concentração de frio e cultivares mais precoces, cuja frutificação está mais adiantada, produtores relatam danos ocasionados pela geada do final de semana, que provocou a queima interna do fruto em início de frutificação. Esses danos devem ser avaliados nas próximas semanas.


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