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Orientações sobre indicadores econômicos e gestão de risco de preço foram repassadas pelo zootecnista Fabiano Tito Rosa em palestra no CTC, em Rio Verde/GO.
O mercado agropecuário, que está em recuperação após a crise financeira que afetou diversos setores econômicos em 2009, como o agronegócio, foi tema da palestra ministrada pelo zootecnista Fabiano Tito Rosa, no dia 15 de abril, na TECNOSHOW COMIGO 2010, em Rio Verde-GO. Com previsão de crescimento de 6,8% em 2010, o setor vive um aquecimento e para que o pecuarista consiga obter mais lucros, Fabiano Tito Rosa repassou orientações sobre gestão de risco de preço, com dicas de ferramentas que podem ser aplicadas para proteção contra a desvalorização da arroba do boi gordo.
Segundo o zootecnista, existem três maneiras de o pecuarista negociar o preço da arroba do boi junto aos frigoríficos. A primeira é o boi a termo convencional, método mais praticado no mercado. Dessa forma é possível definir previamente a quantidade e a data do abate. Para Fabiano, a desvantagem dessa prática é que se o preço cair ou subir, o pecuarista terá o mesmo valor de lucro. Já o boi a termo com garantia de preço mínimo é considerado pelo zootecnista como a mais vantajosa ao produtor de gado. “Não terá um preço fixo. É descontado do pecuarista apenas o valor do seguro. Então se o preço for baixo, o desconto é no valor do seguro, mas mesmo assim é acima do valor de custo. Já se o preço for alto, o pecuarista terá um lucro ainda maior”, destacou.
Fabiano considera como pior opção para o mercado a prática do boi a termo com banda de preços. Segundo ele, apesar de não ter custo, o pecuarista tem um entrave maior nessa condição, já que fica preso entre o valor mínimo e o máximo. Se o preço for acima do teto estipulado no contrato, o produtor de gado receberá apenas o máximo. “É importante que o pecuarista tenha noções sobre os preços para poder negociar com o frigorífico um valor que seja ideal para sua propriedade, sem riscos de prejuízos”, reforçou.
Mercado
Para obter lucro na atividade pecuária é preciso ainda conhecer as tendências e saber efetuar a leitura do mercado. Fabiano Tito Rosa também orientou os visitantes sobre os mecanismos para ficar bem informado sobre o segmento. O zootecnista repassou dados que revelam a situação real do mercado, com indicadores econômicos relacionados à pecuária, além dos riscos que interferem na atividade.
Segundo Tito, existem ciclos da pecuária, que ocorrem de três a quatro anos. “Nesse período, o preço do boi gordo tem uma tendência a cair e depois, no mesmo período, a subir. É cíclico e o pecuarista precisa entender isso para se preparar quando o preço estiver em baixa”, reforçou. O palestrante disse ainda que o produtor deve ficar atento aos indicadores nacionais de aumento de renda da população. “Se a renda crescer em 10%, o consumo de carne cresce a metade, ou seja, 5%. Com isso pode ocorrer o acréscimo no valor pago ao pecuarista e, por conseqüência, um lucro maior”, finalizou.
Informações adicionais sobre o evento:
Fonte: Oficina de Comunicação – (62) 3225-4899
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