Tecnoshow Comigo debateu combate à mosca-branca

01.04.2009 | 20:59 (UTC -3)

Uma das pragas que mais preocupa sojicultores é a mosca-branca, que tem capacidade de destruir, em média, cerca de 50% a 70% da lavoura. O problema e suas soluções foram tema da palestra “Manejo integrado da mosca-branca na cultura de soja”, ministrada quarta-feira (01/04), pelo engenheiro agrônomo Massaru Yokoyama, na Tecnoshow Comigo.

A mosca-branca (

) é resistente a inseticidas e se prolifera principalmente durante a seca, sendo um grande empecilho para o cultivo de soja nas regiões do Centro-Oeste. Além da soja, as lavouras de algodão, tomate e feijão são alvos fáceis deste pequeno inseto, que provoca danos inversamente proporcionais ao seu tamanho. A infestação provoca maturação irregular do cultivo, além de folhas murchas e perda de frutos, acarretando em destruição de parte da plantação.

Para combater a praga, Yokoyama explicou que devem ser feitas várias ações em conjunto, e deve se ter em mente que a melhor maneira de não se perder a lavoura é o extermínio completo do inseto. “Não há como fazer controle da mosca, já que o inseto se prolifera rapidamente, sendo capaz de cada um gerar 300 a 350 ovos por dia. Além disso, a mosca pode contaminar lavouras próximas, levadas pelo vento”, frisou o engenheiro.

Entre as maneiras de solucionar o problema, Yokoyama citou algumas formas de lutar contra o inseto, resistente a vários defensivos agrícolas. Portanto, o controle químico da praga não deve ser feito sem cuidado, ao contrário do que geralmente acontece. Neste caso, os mais viáveis são os inseticidas do grupo IRC e os juvenóides, ambos fazem o controle fisiológico da mosca-branca. Outra maneira de prevenir o ataque dos insetos é o plantio de mudas sadias e eliminação de restos. “É preciso ter carinho com a plantação”, afirmou o engenheiro.

Perfil

Massaru Yokoyama é engenheiro agrônomo, com doutorado em entomologia pela Escola Superior de Agricultura Luiz e Queiroz, ESALQ/USP e pesquisador da Embrapa desde 1976. Atuando na Embrapa Arroz e Feijão, localizada em Goiânia, possui diversos trabalhos publicados em revistas nacionais e estrangeiras e trabalha com fitossanidade há mais de vinte anos.

Fonte: Oficina de Comunicação – (62) 3225-4899

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