Tecnologia em máquinas é uma das armas no campo

Tecnologias embarcadas em tratores e pulverizadores aumentam eficiência e reduzem custos

24.06.2025 | 15:55 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Flavia Amarante

O campo mudou. O trator, outrora símbolo de força bruta, virou cérebro. A agricultura agora se movimenta sob o comando de satélites, sensores e softwares. A meta não é mais só plantar. É prever, corrigir e decidir — com exatidão.

Segundo Lucas Zanetti, gerente de marketing produto da Massey Ferguson, cinco tecnologias já embarcadas nas máquinas agrícolas ajudam a transformar o trabalho rural. Menos erro, menos gasto, mais produtividade.

O piloto automático deixou de ser luxo. Corrige rotas, evita sobreposições e reduz a fadiga. O operador ganha fôlego. A máquina, precisão. Consome menos combustível. Executa tarefas repetitivas sem distração. Em um cenário de hectares e limites invisíveis, errar um metro custa caro.

A taxa variável aplica insumos onde é necessário — e apenas ali. O solo, antes invisível, agora fala. Mapas detalhados guiam a correção, linha por linha, palmo por palmo. O desperdício diminui. A precisão aumenta.

O corte de seção atua como bisturi. Durante o plantio, interrompe a distribuição de sementes nas áreas já cobertas. Evita replantio. Na pulverização, interrompe o bico ao reencontrar um ponto tratado. Evita contaminação, economiza produto, respeita o ambiente.

A telemetria conecta. Com o sistema MF Connect, o gestor acompanha de longe: consumo, localização, falhas. Tudo em tempo real. A máquina envia alertas, sussurra relatórios, pede manutenção. Decide com base em dados. E quem os lê, também decide melhor.

A automação cresce em níveis. Começa com ajustes simples. Evolui para trajetórias autônomas. Chega a manobras independentes. A máquina observa, aprende, age. Reduz custos. Amplia eficiência. Trabalha mesmo quando o operador se ausenta. Ou cansa.

Zanetti aponta para o horizonte: comandos por voz, inteligência artificial integrada. Mas resta um obstáculo: a internet rural. Menos de 40% das áreas têm conexão. A expansão da rede deve ser o catalisador da próxima revolução.

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