Stara e Yara firmam parceria no Brasil
O SindiTabaco (Sindicato da Indústria do Tabaco) encomendou pesquisa junto à PriceWaterhouseCoopers para conhecer os números consolidados de produtividade na safra 2010/2011, além do volume exportado de janeiro a dezembro de 2010 e a estimativa de exportação pelas empresas consultadas para 2011. A pesquisa também permitiu mapear os principais destinos do tabaco brasileiro.
A produtividade estimada, indicada pela PriceWaterhouseCoopers, situa-se em torno de 2.200 kg/ha no tabaco Virgínia e de 2.150 kg/ha se considerados os três tipos de tabaco (Virgínia, Burley e Comum). Esta produtividade está acima da média histórica na produção de tabaco.
Já a exportação de tabaco brasileiro apresentou queda em relação a 2009. O volume embarcado em 2010 foi de 503 mil toneladas e US$ 2,73 bilhões (MDIC/SECEX). De acordo com Iro Schünke, presidente do SindiTabaco, a taxa cambial foi, e continua sendo, responsável por um dos maiores entraves à venda de tabaco ao mercado externo, o que resultou em uma queda na exportação brasileira do produto.
“A valorização do Real afetou a competitividade brasileira no mercado mundial. Nosso produto tornou-se o mais caro do mundo e, mesmo mantendo qualidade e integridade, internacionalmente reconhecidas, as empresas brasileiras perderam clientes pelo fator preço”, enfatiza. O declínio das exportações também deve ser atribuído ao aumento da produção de tabaco em países concorrentes.
O principal destino dos embarques continua sendo a União Europeia (45%), seguida do Extremo Oriente (20%), África/Oriente Médio (13%), América do Norte (10%), Leste Europeu (8%) e América Latina (4%). Para 2011, a expectativa de exportação da PWC apontou uma variação estável (de -2,0% a 2,0%) no volume e uma redução ou desaceleração leve (de -2,1% a -6,0%) em dólares embarcados.
Para Schünke, em 2011, é imprescindível uma política econômica que restabeleça as condições de competitividade das empresas exportadoras para que o tabaco continue sendo um importante produto ao agronegócio brasileiro e líder no ranking mundial de exportação. Atualmente, 85% do tabaco produzido no Brasil é exportado.
Eliana Stülp
Andreoli / MS&L
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