Syngenta investe no mercado pecuário com tecnologias para pasto

12.11.2014 | 21:59 (UTC -3)

Como parte da estratégia para expansão de seu portfólio de proteção de cultivos, a Syngenta iniciou a comercialização de tecnologias voltadas ao cultivo de pasto. Primeiramente focada no Cerrado, a proposta da empresa é fomentar o aumento da tecnificação das áreas de pastagem com novas opções de defensivos e tratamento de sementes. O Brasil, apesar de ser um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, investe pouco nesse segmento. Esse fator contribui para uma baixa produtividade: em média, menos de uma cabeça de gado é criada por hectare no país.

Esse é justamente um dos principais entraves do sistema de pecuária extensiva, responsável por cerca de 93% do rebanho: a baixa qualidade das pastagens, principal fonte de alimentos dos animais, e, consequentemente, um baixo aproveitamento de área. Uma das principais razões são as pragas, entre elas, a cigarrinha-das-pastagens, um inseto sugador que se alimenta apenas de gramíneas e pode destruir até 100% do pasto.

O inseto injeta uma toxina que interfere na síntese da clorofila, atrapalhando o crescimento da planta e gerando uma pastagem amarelada e com menos nutrientes para o gado. “A cigarrinha cria um problema que atinge diretamente o bolso do pecuarista, já que com uma pastagem danificada, é necessário investir em suplementos para a dieta animal”, explica o gerente de Novos Negócios da Syngenta, Tulio Teodoro.

A aposta da empresa é o inseticida Engeo Pleno, já usado em culturas como soja e milho, que teve seu registro estendido para pastagens. O produto tem como principal diferencial o efeito residual, que protege as plantas contra as cigarrinhas ninfas (fase intermediária entre a larval e a adulta) e adultas, aumentando o controle e qualidade da gramínea.

O Brasil segue como o segundo principal exportador de carne bovina do mundo, com mais de 172 milhões de hectares de pastagem e cerca de 209 milhões de cabeças de gado, mas segundo Teodoro, há potencial para ir além. “Existem mais de 50 mil pecuaristas no Brasil. Todos têm em comum o cuidado com o gado e nós queremos mostrar que tratar o pasto faz parte disso”, conta o executivo.

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