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Com o objetivo de discutir as tecnologias atuais e as necessidades de avanços científicos que tornam o consumo energético no setor de transportes mais sustentável, a Embrapa Agroenergia, vinculada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), está promovendo o Simpósio Nacional de Bicombustíveis de Aviação. O evento acontece nesta quinta-feira (13) de setembro, e vai até sexta (14), no auditório da Embrapa Estudos e Capacitação, em Brasília, e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
De acordo com o coordenador de Agroenergia do Mapa, João Abreu, a produção do bioquerosene terá como base a matéria-prima agrícola. “O ministério está se preparando para viabilizar a produção de qualquer tipo de biomassa, seja ela oleaginosa, cana-de-açúcar ou residual. Estamos atentos ao desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de bioquerosene de forma a facilitar a produção agrícola e dar todo apoio necessário para o produtor”, destacou.
“A Embrapa apoia esse novo setor que está se desenvolvendo no Brasil. O bioquerosene é uma alternativa sustentável e é uma opção para reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, frisou o coordenador do Simpósio e pesquisador da Embrapa Agroenergia, Rossano Gambetta. Segundo ele, ainda existem grandes desafios para as pesquisas na linha dos biocombustíveis de aviação, como a importância de um combustível com padrão mundial independente da matéria-prima ou rota tecnológica adotada, compatível com os motores já existentes e que possa abastecer os aviões em qualquer lugar do mundo.
Para o pesquisador da Embrapa Soja, Décio Gazzoni, há alternativas energéticas para o transporte terrestre e marítimo. Mas, no caso da aviação, não há como usar eletricidade em larga escala e a adoção de energia nuclear não é viável. “O caminho é utilizar, gradativamente, biocombustíveis, para reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa”, explicou. “Para atingir esse objetivo, será necessário investir fortemente em pesquisa e desenvolvimento ao longo da cadeia, em especial na produção sustentável de matérias-primas de alta densidade energética como rotas de produção de biocombustíveis”, completou.
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