Produção de trigo no RS cai 55,56% em relação à safra passada
Embora a produtividade média obtida este ano (1.693 kg/ha) fique 19,48% maior do que a do ano passado (1.417 kg/ha), a produção total cai para 1,489 milhão de toneladas
Desde o início da temporada do plantio de soja, produtores do Sul do país investem em um reforço no monitoramento da Helicoverpa armigera. O aparecimento de larvas em grande parte das lavouras da região acendeu o alerta para um possível retorno da pressão da praga, que causou grandes prejuízos às lavouras em 2013 e 2014, principalmente nas culturas de soja, milho e algodão.
Alex Luvisetto, gerente da filial da Agrofel de Passo Fundo, está preocupado com o rápido avanço da Helicoverpa. Segundo ele, existe a possibilidade de um novo surto, com as mesmas proporções do anterior. Por isso, na tentativa de evitar o alastramento da praga, a companhia, em parceria com a Ihara, tem instalado armadilhas nas fazendas da região, para garantir o monitoramento preventivo e o controle eficaz da praga. “São cerca de três armadilhas por propriedade e, em cada uma, estamos encontrando uma média de 10 mariposas. Dentro de 20 a 30 dias esses insetos produziriam novas larvas”, explica.
Para Adriano Laggagio, consultor da filial da Agrofel de Passo Fundo, essa análise feita a partir do monitoramento tem sido essencial para barrar os efeitos da Helicoverpa, já que, a partir dela, é possível prevenir com produtos biológicos a lavoura recém-plantada ou emergida. “Esse acompanhamento direto evita que se façam muitas entradas na lavoura, atingindo diretamente o alvo e fazendo também com que o inimigo natural trabalhe em favor do produtor”.
A afirmação é atestada pela produtora Celi Webber, de Coxilha (RS), que encontrou, recentemente, larvas em sua plantação. “Depois que a Helicoverpa se instala e cresce não conseguimos controlar. Por isso, considero muito importante a parceria com a IHARA para o monitoramento preventivo e a aplicação da dosagem correta para a quantidade encontrada”, diz.
Interferência do clima
No ano passado, as chuvas foram um inimigo natural para a praga, que não conseguiu se desenvolver com tanta força como nos anos anteriores. Porém, em 2015 as precipitações chegaram com atraso no país e ainda há dúvidas se a temporada será tão chuvosa quanto a anterior. Sem contar com a sorte, e com o início da incidência de casos, a precaução tem sido a melhor saída.
Como a fase de plantio começou há poucos meses, o controle prévio da larva faz com que os danos ainda sejam pequenos ou nulos. “A Helicoverpa traz problemas na época de folhagem, mas os prejuízos são muito maiores na frutificação”, afirma Alex. “Por isso, a importância da parceria com a IHARA é extrema, pois a empresa fornece ferramentas para que haja estratégias de combate às pragas no campo, como está acontecendo nesses casos. O que traz benefícios ao meio ambiente, produtores e também ao consumidor”, finaliza o gerente da Agrofel.
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