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A ministra Tereza Cristina (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta quinta-feira (30) da celebração do 30° aniversário da Embrapa Territorial, em Campinas (SP).
No evento, foi assinado um protocolo de intenções para a implementação de sistemas espaciais de sensoriamento remoto, pertinentes aos interesses do setor agropecuário, da proteção ao meio ambiente e da defesa. O protocolo foi assinado pela ministra Tereza Cristina e os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Defesa, general de Exército Fernando Azevedo e Silva.
Para Tereza Cristina, o sistema será uma ferramenta importantíssima de inteligência estratégica para o agronegócio brasileiro. “Vai ser muito importante para trazer dados de mais qualidade e também atualizados todos os dias”, disse.
O ministro da Defesa, general de Exército Fernando Azevedo e Silva, destacou a importância do protocolo assinado e das ações da Embrapa Territorial. “Será possível controlar uso do solo, barragens, mineração, produção agropecuária. Estamos no limiar de um novo período da Defesa com agricultura e meio ambiente”, diz.
“Com tecnologia e objetividade, estamos fazendo o que determinou o presidente da República: trabalhando em união com a agricultura”, disse o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O evento foi prestigiado por mais de 300 pessoas, entre autoridades e representantes de setores como café, cana, algodão, milho e pecuária.
Durante o evento, foi inaugurada a sala de situação na Embrapa Territorial em Campinas. A criação desse espaço tem como objetivo a apresentação dos dados de toda agropecuária brasileira. Segundo a ministra Tereza Cristina, em dois meses será inaugurada uma sala de situação no Ministério da Agricultura.
“Para que a gente possa reunir essa enormidade de dados que temos e às vezes não conseguimos juntar e tirar as informações de inteligência estratégica que precisamos para a nossa agropecuária”, disse a ministra, agradecendo a colaboração da CNA para a inauguração da sala. A ministra também participou de uma exposição sobre o projeto com uso de satélites Carponis, que permite controle desde segurança urbana até a produção agropecuária.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, destacou a criação do departamento de promoção do Agronegócio no Itamaraty e disse que a agropecuária pode ajudar a defender os interesses do Brasil no exterior. “O Itamaraty está pronto para ser parte integrante e entusiasmada do agronegócio”.
O presidente da Embrapa, Sebastião Camargo, lembrou que a empresa foi criada em 1973 e que naquela época o Brasil importava alimentos. E hoje exporta alimentos de qualidade para 160 países. “A Embrapa é hoje estratégica para a pujança da agricultura brasileira e a segurança alimentar global”, disse. O chefe da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, disse que ninguém preserva mais o meio ambiente do que o produtor rural.
Tereza Cristina entregou uma medalha a dois líderes de associações do agronegócio, considerados exemplos de empreendedorismo e parceiros históricos da Embrapa. Receberam a homenagem o presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antônio Melo de Alvarenga Neto e o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, que representou o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins.
A ministra viajou acompanhada do secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, do diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto e do assessor especial Francisco Basílio Freitas de Souza.
Também participaram do evento o prefeito de Campinas, Jonas Donizete, o secretário de Agricultura de São Paulo, Gustavo Junqueira, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária e a superintendente federal de Agricultura em São Paulo, Andréa Figueiredo.
No discurso, a ministra lembrou que na época da elaboração do Código Florestal era secretária de agricultura em Mato Grosso do sul e acompanhou a dificuldade para fechar o texto. “Sei como foi difícil aquela discussão toda para se chegar a esse Código. E não agradou aos dois lados, por isso ele tem equilíbrio, por isso ele é bom. E agora ele precisa de ajustes que é o que a Câmara e o Senado têm que fazer”, referindo-se à Medida Provisória (MP) 867/2018, que prorroga o prazo máximo para proprietários rurais aderirem ao programa governamental de regularização ambiental.
No fim do evento, ela disse aos jornalistas que a MP não é uma revisão da legislação. “Não é verdade que estamos revendo o Código Florestal. Muita coisa é falada que falseia a verdade e isso é muito ruim para o nosso setor. Essa Medida Provisória tem o CAR e PRA, que não tinha na época, ela coloca as pessoas a poderem resolver seus problemas ambientais e também resolve o problema de quem lá no passado tinha uma outra legislação. A lei não volta para prejudicar as pessoas”, explicou.
Tereza Cristina também voltou a dizer que não acredita que haja adiamento na liberação do Plano Safra, marcada para o dia 12 de junho. “Espero que o Congresso vote isso, se não o Brasil para. E a agricultura tem uma janela, ela tem data para acontecer”, disse, sobre a votação do projeto de crédito suplementar (PLN 4/19), que inclui R$ 10 bilhões em recursos para equalização dos financiamentos do Plano Safra.
Sobre o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre do ano, que apontou taxa negativa de 0,2 % em relação ao trimestre anterior, a ministra disse que isso demonstra que o Brasil precisa votar o mais rápido possível as reformas necessárias para a retomada do crescimento. “Tenho certeza de que será revertido, vamos ter um Plano Safra bom e temos os agricultores entusiasmados em produzir e uma oportunidade enorme para o Brasil exportar”, disse.
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