​Simpósio sobre Defensivos Agrícolas destaca resistência de pragas, regulamentações e análise de resíduos

Evento ocorreu nos dias 26 e 27 de abril em Piracicaba (SP)

08.05.2017 | 20:59 (UTC -3)
Stefanie Archilli

O Simpósio sobre Defensivos Agrícolas, realizado nos dias 26 e 27 de abril, na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), em Piracicaba (SP), discutiu aspectos técnicos e científicos dos defensivos, análise de resíduos, regulamentações e o avanço da resistência a pragas e organismos não-alvos: efeito sobre polinizadores.
Os temas que causam maior preocupação entre os produtores rurais do Brasil foram apresentados e debatidos por autoridades de diversos setores, como MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal), Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal), IRAC, HRAC, FRAC, e outros.
O coordenador do evento, o professor da Esalq José Otavio Menten, afirmou que o debate contribuiu para o avanço do conhecimento sobre manejo das pragas, respeitando o meio ambiente e a saúde dos consumidores. “O Simpósio proporcionou a oportunidade para harmonizar informações, socializar novidades e contribuir para que a nossa agricultura seja altamente sustentável. Apesar de tudo o que é feito hoje, ainda há perda de cerca de 40% da produção por causa das pragas”, relata.
Menten ainda destacou a discussão fomentada no evento sobre a mistura em tanque de defensivos em propriedades agrícolas do Brasil. “Há necessidade de se tomar uma decisão, seja através da regulamentação dessa prática ou através de uma informação clara para que os engenheiros agrônomos e órgãos fiscalizadores possam garantir a receita adequada que controle bem as pragas, mas respeite o meio ambiente e a saúde dos consumidores e dos aplicadores”, afirma.
Outro tema de grande relevância, que chamou a atenção dos participantes, foi a relação entre a polinização e a tecnologia de defesa vegetal. Iniciativas como do Sindiveg, por meio do Projeto Colmeia Viva, incentivam o uso racional e responsável dos defensivos agrícolas para que seja garantida a proteção das culturas, sem causar a perda de abelhas e colmeias.
“Aplicados corretamente nas culturas agrícolas, na quantidade e frequência indicadas nos rótulos, bulas e materiais informativos obrigatórios por lei, os defensivos agrícolas são seguros para pessoas e para o meio ambiente”, diz a coordenadora do projeto Paula Arigoni.
O diretor executivo da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio) Luiz Cornacchioni lembrou que há critérios rigorosos de avaliação, aprovação e controle no uso da tecnologia de defesa vegetal. “Os defensivos são fundamentais para o agronegócio brasileiro, porque lidamos com um clima tropical e uma produção de duas a três safras por ano. O uso dos defensivos evoluiu bastante e contamos com mecanismos eficazes de fiscalização. Porém, ainda temos que dar mais agilidade ao processo de aprovação de novas tecnologias e desmistificar a ideia que se tem sobre os defensivos”, avalia.
Realizado pelo Pecege, o Simpósio teve patrocínio da Andef, Albaugh, Kleffmann, FRAC, UNIFITO, IRAC, Basf, HRAC-BR e Syngenta e contou com o apoio da CNA, Andav, Sindiveg, Aenda, CCAS, Esalq Jr. Consultoria, Abifina, SRB, GAPE e GEBPD.

Mais informações em defensivos.pecege.com

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