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Os avanços técnicos e científicos alcançados no estudo de genética e melhoramento de plantas no Nordeste do Brasil serão discutidos no I Simpósio de Genética e Melhoramento de Plantas do Nordeste, nos dias 28 e 29 de maio, em Fortaleza/CE.
O evento deve reunir cerca de 100 estudantes e especialistas em melhoramento de plantas, e será realizado no auditório da Embrapa Agroindústria Tropical.
O Simpósio é uma realização da Sociedade Brasileira de Melhoramento de Plantas, regional Ceará (SBMP) e da Embrapa Agroindústria Tropical, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O evento conta com o apoio do Banco do Nordeste, da Associação Brasileira de Horticultura e da Universidade Federal do Ceará.
O coordenador do Simpósio e pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, José Jaime Vasconcelos Cavalcanti, diz que um dos objetivos é fortalecer o grupo temático na região, por meio do envolvimento de professores, estudantes e profissionais. Ele lembra que novos conhecimentos e demandas vêm sendo incorporados rapidamente às atividades de pesquisa em genética e melhoramento, exigindo atualização sistemática dos profissionais.
As pesquisas com o melhoramento de plantas têm mostrado respostas à necessidade do aumento de produção de alimentos no Brasil e no mundo, oferecendo ganhos em produtividade, qualidade do produto e introdução de novos usos. Jaime Cavalcanti salienta que o melhoramento de plantas é uma das tecnologias que contribuíram para o avanço do agronegócio brasileiro, que hoje responde por mais de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do País. “O melhoramento tem possibilitado, não só atender a demanda de grãos, fibras e outros produtos da agricultura, mas produzir excedentes exportáveis que têm possibilitado saldo positivo nas exportações na última década”, completa.
O pesquisador lembra que o desenvolvimento de novas cultivares tem aumentado a produtividade de várias culturas. Nos últimos 20 anos, por exemplo, segundo Jaime Cavalcanti, há incrementos para o arroz da ordem de 132%, feijão (30%), maçã (390%), milho (109%), café (47%), tomate (107%) e soja (55%). “No caso da cajucultura, com o lançamento dos novos clones de cajueiro-anão precoce, observamos aumento de mais de 300% na produtividade e ganhos superiores a 22% no peso de amêndoas, além de considerável resistência às principais doenças que atacam a cultura”, relata.
Verônica Freire e Teresa Ferreira
Embrapa
(85) 3391 7116 /
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