SENAR e ABC juntos na ajuda ao Haiti

28.01.2010 | 21:59 (UTC -3)

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), firmaram nesta quinta-feira (28/01), protocolo de intenções que vai permitir a execução de ações diretas de ajuda ao Haiti.

O documento foi assinado pela presidente do Conselho Deliberativo do SENAR e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, e pelo diretor da ABC, ministro Marco Farani.

A principal ação será a elaboração de modelos de unidades agrícolas que garantam o sustento das famílias haitianas. “Vamos elaborar propostas de fazendas-modelo para o Haiti. Fazendas que tenham uma quantidade de terra razoável para que uma família produza, consiga se alimentar e garantir o seu sustento”, disse Kátia Abreu. Nesse projeto, a equipe do SENAR vai estudar os tipos de solos e biomas do Haiti, assim como as culturas mais propícias para a região e vai preparar a metodologia de repasse de todo esse conhecimento para garantir a implantação dessas fazendas. O objetivo é minimizar a fome do povo haitiano e ajudar na reconstrução daquele país. “Essas fazendas-modelo vão servir de exemplo para as comunidades locais”, concordou o ministro Farani.

Com a parceria, fica aberta também a possibilidade de repasse ao povo haitiano de toda a gama de conhecimentos e tecnologias desenvolvidas pelo SENAR, ou seja, ações de capacitação de agentes para difusão de informações dos setores de saúde, alimentação, produção, serviços de apoio a comunidades e execução de projetos sociais. Uma possibilidade cogitada é a de oferecer capacitação para o cultivo de canteiros de hortaliças no entorno das vilas emergenciais que estão sendo implantadas no Haiti. O SENAR também está pronto para repassar técnicas alternativas para a construção de moradias, de forma a suprir a falta de habitações.

O Haiti foi abalado por um terremoto de alta magnitude em 12 de janeiro, o qual atingiu principalmente a capital do país, Porto Príncipe. Autoridades contabilizam mais de 150 mil mortos e a população sobrevivente sofre com a falta de infra-estrutura, exposição a riscos de saúde e escassez de alimentos. Com a capital devastada, grandes contingentes da população têm seguido rumo ao interior do país. O SENAR vai auxiliar na redução do grau de precariedade. Serão implantados programas e projetos especiais, focados principalmente no enfrentamento da fome e da extrema pobreza.

O SENAR já realiza ações internacionais no Paraguai, Moçambique e Angola. Está em execução, por exemplo, a capacitação de 80 técnicos do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), órgão do governo angolano. Em uma segunda fase, 15 profissionais angolanos virão ao Brasil para receber treinamento na área de produção de grãos.

Fonte: Assessoria de Comunicação da CNA - (61) 2109-1419 /

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025