Jovens de projeto social produzem carrinhos de rolimã na fábrica da CASE
Ação foi organizada por colaboradores da fábrica de Sorocaba
As inovações tecnológicas e científicas para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária brasileiras foram celebradas por parlamentares e convidados na sessão especial do Senado em homenagem os 45 anos da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) nesta quinta-feira (24). O presidente da empresa defendeu um aumento nos investimentos em pesquisa.
Para Alexandre Pontes, secretário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), uma das maiores conquistas da empresa é o monitoramento por satélite. As imagens disponibilizadas fazem mapeamentos e monitoramentos do uso das terras e servem de indicadores de sustentabilidade e competitividade.
— Isso tem sido extremamente útil para mudar a opinião de pessoas que muitas vezes se utilizam de questões ambientais para denegrir a produção brasileira. Hoje se consegue demonstrar com muita clareza, com muita eficiência, essa questão. Isso colocou o Brasil, obviamente, num novo patamar — opinou.
Segundo Celso Luiz Moretti, presidente em exercício da Embrapa, as atividades agrícolas, pecuárias e florestais ocupam 30% do Território brasileiro e a produção de alimentos ocupa 7,8% da área do Brasil.
— Não podemos aceitar que desinformados ou mal-intencionados acusem o Brasil de predador do meio ambiente. Com ciência, tecnologia e inovação, sabemos produzir fibras, alimentos e energia de forma sustentável, preservando o meio ambiente — criticou.
Falta de recursos
Apesar dos avanços, Moretti salientou que o Brasil ainda investe pouco em pesquisa, desenvolvimento e inovação agropecuária. É investido apenas 1,16% do PIB, sendo a maior parte do setor público. Em 2016, o Brasil estava na 36ª posição do ranking de países que mais investem em pesquisa.
— A inovação gera emprego e renda e garante avanços em áreas sensíveis e de menor interesse comercial. As restrições orçamentárias atingem as instituições dependentes do Tesouro Nacional, como é o caso da Embrapa. Em momentos de crise, sob pressão, raciocinamos no curto prazo, o que pode ser extremamente prejudicial à pesquisa. Muitas vezes, ela só produz resultados a partir de investimentos financeiros e humanos realizados por décadas — ressaltou.
A Embrapa conta com 17 unidades centrais e 46 descentralizadas em todas as regiões do país. Possui 3 escritórios internacionais, na América Latina e na África. São cerca de 9,7 mil profissionais, entre pesquisadores, analistas, técnicos e assistentes administrativos.
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