Seminário ANCP destacou genética e sustentabilidade

03.05.2010 | 20:59 (UTC -3)

O 16° Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores, que ocorreu no dia 23 de abril, em Ribeirão Preto/SP, contou com a presença de aproximadamente 350 pessoas.

Um dos pontos altos do evento foi o lançamento do 16º Sumário de touros das raças Nelore, Guzerá, Brahman e Tabapuã, denominado “Sumário de Outono”. Para essa publicação, foram avaliados 1,65 milhões de animais. A cerimônia contou com a participação de representantes das quatro raças e cerca de 150 criadores.

“Contamos com a presença maciça de formadores de opinião e cumprimos nosso objetivo de levar informações atuais aos pecuaristas, contribuindo para que eles produzam em menos tempo, com menor custo e maior rentabilidade”, explica Raysildo Barbosa Lôbo, presidente da ANCP, promotora do evento. As palestras foram divididas em dois painéis: Melhoramento e Ambiente e Tecnologias e Resultados.

José Aurélio Garcia Bergmann, da UFMG, foi convidado para a palestra de abertura. O especialista trouxe a tona informações sobre a evolução das pesquisas e do conhecimento agregados nos últimos séculos, nos quais o Brasil vem apresentando crescimento acima da média.

No painel 1, Daniel Biluca, da Conexão Delta G, discorreu sobre os critérios e objetivos para uma pecuária de ciclo curto, característica fundamental para a rentabilidade e preservação do meio-ambiente.

Argeu Silveira, da Genética Aditiva, abordou questões sobre a necessidade da valorização da avaliação genética, transformando as DEPs em instrumentos de agregação de valor.

As questões ambientais também nortearam as apresentações. Maria Lúcia Pereira Lima, diretora geral do Instituto de Zootecnia, fez apresentação com foco na emissão do metano gerado no processo digestivo dos ruminantes. De acordo com a pesquisadora, um indivíduo tratado em regime de pasto emite em média 57 quilos desse gás por ano. Com esse dado em mãos, estima-se que a pecuária brasileira seja responsável por apenas 2,5% das emissões mundiais, valor que não parece ser representativo, considerando emissões mundiais – cerca de 75 milhões de toneladas/ano. “Temos condições de reduzir a emissão individual em até 30%, mas é preciso entender se esse alto investimento realmente impactará nesse total”, ressalta a diretora do Instituto de Zootecnia.

Daniel Lôbo, da Ecolog Consultoria Integrada, falou sobre as características que determinam uma produção sustentável e as ações da ANCP na vanguarda dos desafios sócio-ambientais. A Ecolog e a ANCP estão empenhadas na certificação Global G, inédito na pecuária, que objetiva a qualidade das informações recolhidas dentro das propriedades, que também devem estar atentas às questões sócio-ambientais que garantem a produção sustentável.

Encerrando o primeiro painel, Pablo Paiva, da Pfizer Saúde Animal, falou sobre a expectativa da pecuária no cenário mundial. Ele deu ênfase nas tecnologias disponíveis para a melhoria da qualidade da carne e também das pressões impostas pelo mercado. “A produção de um animal geneticamente superior influencia em toda a cadeia produtiva da carne, gerando ganhos em todas as pontas da cadeia produtiva. Com isso, conseguiremos atender os mercados mais exigentes de forma sustentável”, afirma.

No período da tarde, Newton Pégolo, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de São Paulo, tratou do melhoramento genético de precisão, seguido por Carina Ubirajara Faria, da Universidade Federal de Uberlândia, com o tema: “Indicadores Genéticos dos Programas de Melhoramento Genético da ANCP” e Raysildo Barbosa Lôbo, da ANCP, “Estresse e Espiritualidade no Mundo Corporativo”, com uma apresentação bastante descontraída e focada em uma das maiores preocupações do empresariado atualmente.

Informações adicionais: Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores - (16) 3877-3260 ou

Fonte: Pec Press - (11) 3717-5639

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025