Diesel comum e S-10 iniciam março em queda
Reduções foram de 0,15% para o tipo comum e de 0,45% para o S-10 na comparação com o mesmo período de fevereiro
O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e suas empresas associadas, com o apoio das entidades representativas dos produtores de tabaco (Afubra, Fetag-RS, Farsul, Faesc, Fetaesc, Faep e Fetaep) realizam nos próximos meses uma campanha nas áreas produtoras de tabaco, visando aumentar a conscientização sobre o uso de sementes certificadas na produção de tabaco.
Uma série de materiais sobre o tema estão sendo preparados e serão distribuídos no formato de card, folder, vídeo e spot. “O primeiro material que vamos divulgar é um card que será enviado aos produtores por whatsapp, ferramenta muito utilizada no campo e que tem um alcance muito bom e rápido. Também teremos um folder e um vídeo com mais informações sobre o que são sementes piratas e quais os prejuízos que esses produtos representam para a produção de tabaco”, comenta a assessora técnica do SindiTabaco, Fernanda Viana Bender.
Segundo ela, a reputação do Brasil no mercado do tabaco vem de longa data e o controle sanitário é extremamente importante nesse sentido, especialmente para evitar a introdução de doenças. A segurança e as garantias ao produtor também ficam prejudicadas sem o uso de variedades certificadas porque sementes piratas podem afetar a qualidade e a produtividade do tabaco brasileiro e não estão cobertas pelo suporte técnico oferecido pelo Sistema Integrado de Produção.
“Por não serem fiscalizadas e não passarem por rigoroso controle de qualidade e sanidade, trazem o risco de disseminação de pragas e doenças para as regiões onde o tabaco é produzido. Além disso, por não serem produtos legais, os produtores devem se atentar para possíveis penalidades pelos órgãos fiscalizadores, uma vez que o comércio de sementes sem o certificado é uma infração tanto para quem comercializa quanto para quem adquire”, acrescenta Bender.
Ainda segundo a assessora técnica, as sementes piratas impactam negativamente a produção, seja por prejuízos financeiros ao comprometerem a produtividade e qualidade, mas também na quebra do contrato de integração e risco de não comercialização do tabaco. “Em casos de problemas de germinação, o produtor não terá garantias ou suporte técnico”, reforça.
Para o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, a proliferação irregular de insumos não registrados e não certificados pode gerar danos à reputação do produto brasileiro. “Somos o líder mundial de exportação de tabaco em folha há mais de 30 anos. Na área de sementes certificadas, o Brasil, que costumava importar sementes de outros países, atualmente é um exportador do produto. Para oferecer uma semente qualificada, que cumpre todas as exigências legais e sanitárias, são necessários vários anos de investimento em pesquisa e inovação. Temos acompanhado, com preocupação, o avanço das sementes piratas na produção de tabaco, o que traz diversos riscos ao produtor e ao setor como um todo. Recomendamos a todos os produtores de tabaco a não utilizarem sementes sem a devida procedência e a conversarem com o orientador agrícola em caso de dúvidas”, sugere Thesing.
As sementes certificadas passam por um processo rigorosos de controle de produção, que assegura boas taxas de germinação, resistência e tolerância a doenças, bem como uma lavoura mais uniforme, com maior qualidade e produtividade.
As sementes certificadas possuem informações obrigatórias no rótulo da embalagem, como o número de registro Renasem/Mapa. Além disso, as sementes peletizadas são uniformes, como o mesmo tamanho e cor, e sem sinais de mofo ou contaminação com materiais estranhos.
Canais de denúncia podem ser importantes para intensificar a ação contra as sementes piratas em estabelecimentos agropecuários. Entidades de controle sanitário e vegetal dos três estados do Sul se uniram às entidades representativas da cadeia produtiva para auxiliar na fiscalização e conscientização sobre o tema. No Paraná, a Adapar possui uma ouvidoria que pode ser utilizada como canal de denúncia, pelo site: www.adapar.pr.gov.br/Pagina/Fale-com-o-Ouvidor. Em Santa Catarina, a Cidasc recebe denúncias pelo 0800 644 6510. Já no Rio Grande do Sul, denúncias podem ser feitas pelo sementesemudas@agricultura.rs.gov.br.
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