RS Safra 2024/25: avança colheita de milho e arroz
Precipitações irregulares geraram um quadro de recuperação parcial em algumas áreas de soja
O prazo para a semeadura do girassol em Goiás encerra no dia 31 de março, conforme a Instrução Normativa nº 01/2022 da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). A medida busca conter plantas voluntárias de soja (tiguera) que germinam entre as fileiras do girassol, evitando a proliferação da ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi (saiba mais aqui).
O girassol é uma cultura de segunda safra no estado e sua produção tem crescido nos últimos anos. Goiás lidera o ranking nacional, e a safra 2024/2025 deve atingir 76,2 mil toneladas, um aumento de 70,5% em relação ao ciclo anterior.
A restrição de plantio faz parte de estratégia fitossanitária. A emergência da tiguera da soja nas lavouras de girassol pode favorecer a disseminação da ferrugem asiática. Não há herbicidas seletivos para controlar essas plantas na cultura do girassol registrados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o que reforça a importância da adoção das medidas preventivas.
A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, explica que a definição dos prazos de semeadura e colheita visa minimizar os riscos fitossanitários.
O calendário deve ser seguido para garantir que o período do vazio sanitário da soja seja respeitado, impedindo que plantas voluntárias sirvam de hospedeiro para o fungo causador da ferrugem asiática.
A normativa também exige a destruição de plantas voluntárias de soja nas imediações das lavouras de girassol. Somente aquelas dentro da cultura podem permanecer até a colheita.
Para lavouras semeadas após 14 de março, a norma determina o uso de cultivares de ciclo curto, com desenvolvimento de até 105 dias. A colheita deve ocorrer até 15 de julho.
Além disso, o cadastro da lavoura no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) é obrigatório e deve ser realizado em até 15 dias após o término da semeadura. A medida permite monitorar a produção e planejar ações de sanidade vegetal.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destaca que a cultura do girassol tem se consolidado em Goiás devido à sua adaptação climática e baixa incidência de pragas. O crescimento da produção reforça a importância de medidas sanitárias para preservar a produtividade e evitar prejuízos ao setor.
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