Diretrizes para FCO em 2016 são discutidas em MT
Apesar da crise econômica, o Brasil é considerado por diversos especialistas como um excelente ambiente para negócios no contexto mundial da indústria de sementes. Com um mercado doméstico que movimentou aproximadamente US$ 4 bilhões em 2014, trata-se de um país que consegue aliar a enorme vocação agrícola a um bom sistema tecnológico. Além disso, a própria característica continental do País favorece a produção de sementes de alta qualidade e de diferentes espécies. O País conta com uma indústria sementeira consolidada ao longo de muitas décadas e possui um dos maiores mercados domésticos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
De acordo com estudos da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM), nos últimos anos, a produção brasileira de sementes saltou de 1,6 milhão de toneladas, em 2001, para mais de 3,0 milhões de toneladas, na safra 2012/13.Outro destaque que merece ser observado são os setores de produção de sementes de forrageiras tropicais e de sementes de espécies olerícolas, que registraram crescimentos expressivos nos últimos anos. O setor de forrageiras saltou de 27 mil toneladas de sementes, em 2010, para 50 mil toneladas, em 2013, alcançando um faturamento de aproximadamente US$ 600 milhões, impulsionado, principalmente, pelo aquecimento do mercado de carnes. Já o setor de sementes de olerícolas movimentou cerca de US$ 208 milhões em 2013, com destaque para a produção de sementes de tomate, cebola, cenoura, melão, melancia e alface. Na área de horticultura (hortaliças e flores), o mercado de sementes conta com 850 mil hectares e movimenta mais de 2 milhões de empregos diretos.
Inserida nesse mercado em expansão, a ISLA Sementes, pioneira na América Latina no desenvolvimento, produção e comercialização de sementes de hortaliças, flores, ervas e temperos, se preocupa com todas as etapas de cultivo até comercialização de seus produtos, assim como em ser corresponsável pela geração sustentável de empregos, diretos e indiretos, rentabilidade e valor agregado para seus colaboradores, parceiros, consumidores e meio ambiente. “Queremos contribuir para que todo consumidor brasileiro venha a ter acesso à mesma qualidade e diversidade de produtos vindos da lavoura que, por exemplo, os americanos e europeus possuem”, afirma o diretor de planejamento estratégico, Andrei Santos. Para a empresa, produzir sementes é apenas o pontapé inicial na contribuição de um sistema interligado. Segundo Andrei, atingir este objetivo é sinônimo de atuação conjunta em todos os elos da cadeia, incluindo o pequeno agricultor, o varejo e o consumidor final. Desta postura, surgiu o projeto Hortaliças de Alto Valor Agregado.
Entender de maneira integrada o perfil de cada agricultor familiar e estar em harmonia com pequenos e grandes distribuidores proporciona visão estratégica da cadeia da alimentação saudável. A Isla promove a diversificação de culturas com a utilização de modernas técnicas agrícolas e a identificação da semente mais adequada para cada região. Junto ao varejo, o investimento na valorização do setor de hortifrúti aliado à participação no faturamento e diferenciação da loja junto à concorrência faz diferença na balança. “Grande parte dos consumidores decide qual supermercado ir devido à qualidade do hortifrúti oferecido”, complementa Andrei.
O resultado deste processo contribui para o grande impacto econômico do agronegócio no PIB nacional, atualmente de 23%. Dentro deste segmento, a horticultura é a ramificação que mais gera mão de obra por hectare. Estima-se que o negócio atinja uma área plantada de 842 mil hectares, gerando mais de dois milhões de empregos diretos. Além disso, a rentabilidade por área da horticultura é muito superior. Enquanto um hectare de soja rende R$ 1,5 mil, no cultivo de tomate, por exemplo, pode atingir R$ 40 mil.
A Isla está em franca expansão. A empresa investe pesado em novas tecnologias e vislumbra um crescimento de mais de 25% até o final de 2015. Dentre eles, o principal é a construção do Centro de Armazenagem e Distribuição de Sementes. O novo pavilhão de 1,3 mil m² é especialmente projetado para a armazenagem das sementes, que exige um rígido controle da umidade e temperatura do ambiente. O valor injetado nesta planta é superior a R$ 8 milhões e amplia em 40% a área construída da matriz, em Porto Alegre, além de duplicar a capacidade de armazenamento, que chegará a 2 milhões de quilos em 2016.
“Seguimos investindo nos mais modernos equipamentos de dosagem e embalagem. Em 2011, trouxemos para o Brasil a primeira 'contadora de diamantes', tecnologia mais precisa do mundo para contagem de sementes. E, até o final do ano, serão convertidos mais de R$ 2 milhões em contadoras de altíssima velocidade, também inéditas no Brasil, que permitirão ampliar a disponibilidade de sementes de alta qualidade genética em pequenas quantidades”, conta a presidente da Isla, Diana Werner.
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