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Os preços dos produtos agrícolas acumulam mais uma queda para o mês de março. O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, caiu 0,53% na segunda quadrissemana do terceiro mês de 2012, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O recuo foi puxado pelo índice de produtos de origem vegetal (baixa de 2,44%), já que o grupo de produtos de origem animal subiu 4,58%.
Entre os produtos analisados, 12 apresentaram queda nos preços (nove do segmento vegetal e três do setor animal), enquanto sete produtos tiveram alta (quatro da área vegetal e três do segmento animal). A laranja para indústria está sem cotação de preços devido à entressafra.
As quedas mais expressivas ocorreram nos preços do tomate para mesa (27,48%); da batata (22,85%); do feijão (19,02%); do café (11,98%) e da banana nanica (6,37%). O tomate prossegue com a boa oferta nas lavouras, levando a contínua redução das suas cotações, segundo os analistas do Instituto.
Já no caso da batata verifica-se reversão dos preços, que num primeiro momento tende a se manter. Mas os pesquisadores alertam que num segundo momento, o aumento do consumo poderá refrear essa tendência de baixa.
As secas que provocaram o atraso do plantio do feijão das águas nas principais regiões produtoras elevaram os preços recebidos pelos produtores, de acordo com os especialistas do IEA.
Quanto ao café, os preços internacionais, associados à valorização cambial, indicam tendência de queda nos próximos movimentos tanto internos quanto externos.
No caso da banana, o fim do verão e a perspectiva de entrada em maior quantidade de outras frutas (como a maçã) levaram ao recuo dos preços na principal região produtora paulista, mostram os pesquisadores. Na avaliação do grupo de pesquisadores, as dificuldades de colocar a fruta em tradicionais mercados do exterior também aumentaram a oferta interna estimulada pelo câmbio.
As altas mais acentuadas foram observadas nos preços da carne de frango (16,29%); dos ovos (10,87%); da laranja para mesa (2,83%) e do amendoim (2,72%).
"A ascensão dos preços da carne de frango reflete a relação com os períodos anteriores, que apresentavam valores reduzidos. No geral, a demanda interna está relativamente firme e os granjeiros adequaram a oferta do produto face aos custos de produção que estavam maiores que a remuneração recebida", analisam os pesquisadores do IEA.
Sobre os ovos, o menor consumo de carne no período da quaresma aumenta a preferência pelo produto. Além disso, a volta às aulas e o retorno de alto percentual de trabalhadores das férias de verão também aquecem o consumo.
A íntegra da análise está disponível no site
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